terça-feira, 17 de outubro de 2017

O PATINHO DIFERENTE






O patinho azul era muito solitário, por ter a cor diferente vivia sozinho e excluído por todos da sua família.
O patinho azul nasceu igual aos seus irmãozinhos numa casinha feliz na beira do lago,

Cada peninha que nascia era de cor diferente seus irmão ficavam lindos em suas cores brancas, a sua ficava cada vez mais azul  e se tornava mais solitário devido a diferença em que passaram a lhe tratar.

Um dia não aguentando mais tanta tristeza ele falou:
- Eu quero que pintem minhas penas elas são branquinhas deve ter derramado alguma tinta lá do céu, por isso estou ficando azul. Disse triste...
Nem a mãe e nem seus irmão responderam nada, o patinho azul resolveu procurar ajuda, colocou um chapéu e foi andando pelo bosque, em algum lugar encontraria a resposta para a sua cor diferente.
Andava triste de cabeça baixa quando o coelho pulou a sua frente.
- Bom dia patinho azul... Aonde vai assim nessa tristeza?
- Estou indo a algum lugar encontrar um sábio pato que me explique porque eu sou diferente dos meus irmãos, respondeu o patinho.
- Não vai encontrar quem possa te ajudar, não fique triste sua cor é da cor do céu e é o único pato azul, deveria está muito feliz por ser diferente de todos os outros patos e não ficar assim tão tristinho. - Concluiu o coelho...
O patinho azul continuou seu caminho. Um pouco adiante pulou na cerquinha um passarinho que falava todo contente.
-Bom dia lindo patinho azul, o que está procurando nesse bosque tão cheio de animais famintos?
- Já falei para o coelho, vou procurar quem possa me ajudar a ficar branco.

- Oras, oras! Quanta bobagem, todos da minha família são amarelos com peito escuro e penacho alaranjado, veja eu sou todo de uma cor cinzenta e nem por isso fico triste. Disse o passarinho, nem penacho eu tenho! E acha que isso me faz ser diferente? Engano seu. – Concluiu o passarinho  balançando a cabeça e sacudindo o rabinho.
O patinho não se dava por vencido e continuava o seu caminho, entrou no  bosque disposto a só retornar quando descobrisse porque era diferente. Atravessou um riachinho do outro lado encontrou uma galinha de penas todas arrepiadas. Achou estranha de todas as outras que conhecia, mas nada disse e continuou, quando chegou a uma estradinha viu uma cabana, como estava cansado resolveu ir até lá.
Ao entrar viu em um canto baldes de tinta de todas as cores, parou de repente em frente a um que estava bem aberto  e exclamou: - Eu já sei, descobri o que procurava, vou entrar nesse balde de tinta e sairei branquinho como todos os meus irmãozinhos. Ninguém vai perceber. Pensou o patinho azul todo empolgado.
E assim fez, mergulhou na tinta e saiu todo branquinho com seu bico alaranjado, voltaria para casa feliz e ninguém iria lhe rejeitar por ter a cor diferente.
Feliz da vida voltou para casa cantarolando:
- Eu sou um patinho feliz.... tão feliz e todo branquinho como floquinhos de algodão...
De tão feliz nem percebeu que o dia foi engolido pela noite, tudo escureceu a lua não apareceu. – E agora o que faço sozinho nessa escuridão? Como é que vou encontrar a minha mãe e os meus irmãozinhos?- Pensava o patinho ficando apavorado.
Resolveu pedir  ajuda aos passarinhos eles com certeza do alto dos galhos poderiam avistar a sua família. Mas como? - se àquela hora todos dormiam em seus ninhos ou em algum galho.
Desanimado abaixou-se em um canto e de repente um bando de vaga-lumes se aproximava imediatamente pediu ajuda. Os bichinhos de bundinhas acesas rodearam  o patinho e pediram que seguisse seu caminho que  iriam iluminar até a sua casa e assim o fizeram.
 Encontrou sua mãe dormindo com seus irmãozinhos entre as asas, com medo de acordar encolheu-se em um canto, estava tão feliz que a noite foi pequena para abrigar seus sonhos.
No dia seguinte acordou antes do galo cantar e o sol colocar o olho de fora, ficou impaciente a espera do que todos iriam dizer quando encontrasse com ele assim todo branquinho.
Os irmãozinhos foram os primeiros a abrirem os olhos, veja mamãe ele voltou todo branquinho. Exclamaram juntos demonstrando a felicidade em rever o irmão assim tão feliz...
A mãe não se continha de felicidades e queria mostrar a todos o seu lindo e feliz filhote.
Hoje vou dar uma festa no lago, vamos convidar todos os patos que criticavam  por ser diferente. A mamãe toda feliz cuidou de escrever os convites assim os passarinhos se encarregavam de entregar todos até o meio dia.
Chegavam patos, gansos e marrecos de todos os lados querendo saber o milagre que aconteceu para que o patinho azul voltasse a ser branco...
A festança estava animada todos cantavam dançavam, brincavam e riam felizes, era chegada a hora de batizar o patinho que não era mais azul. Todos preparados começaram a entrar no lago, era a vez do patinho que todo feliz entrou e começou a nadar, resolveu mergulhar com seus irmãozinhos e quando subiu à surpresa, a tinta saiu e ele voltou a ser o patinho azul.
O patinho ao ver seu reflexo azul na água começou a chorar e todos entenderam  que não importava ser branco, preto marrom ou azul, o mais importante era o amor.
A felicidade reinou naquele lugar e ninguém mais se importava com a cor diferente do patinho, a partir daquele dia ele não mais se sentiu diferente e vivia feliz com sua família e os seus novos amigos.
Ser diferente não é defeito...

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