terça-feira, 26 de fevereiro de 2019

CORDEL IMPROVISADO




Fui lá à minha infância
Lembrando-me de uma ovelha
A pobre não tinha lã
Mas tinha um brinco na orelha
Vivia se metendo em tudo
Um dia a coitada foi picada por uma abelha.

Inchou da cabeça ao rabo
A pobre se esfregava na terra
Parecia que a dor passava
Engraçado que ela nunca berra
Dizia o velho Zé da Cabana
Que morava no pé da serra...

Sem a ovelha melhorar
Resolveram dar caldo de aipim
Nem o milho ela conseguia engolir
Mas adorava comer ração com alecrim
Era muito folgada aquela ovelha
Parecia dizer que tudo era ruim...

Imagine se ela fosse humana
Querendo ser assim protegida


Exigindo cuidado e carinho
Aconchego lençol e comida
E assim a dengosa vivia
Curtindo essa boa vida...

Assim terminei na arte do improviso
Se gostar comenta um pouquinho
Não gostou deixa ele pra lá
Depois falo do amigo passarinho
Um atrevido parceiro  da ovelha
Que morava ali pertinho...

Autoria: Irá Rodrigues

NO MEU TEMPO


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Criança gostava de contar estrelas

Ficava olhando o céu e imaginava

Que poderia até voar

Ir até as nuvens tão belas...



Imaginava subir por uma escada

Junto das estrelas poder  brincar

Logo adormecia para sonhar...

O VELHO E O MEDO


 Imagem relacionada

Pelas estrada caminhava
Quando ouviu um assobio
Para todo lado olhava
De medo sentiu calafrio…

Achou ter visto uma fera
Não deveria ter vindo sozinho
Agoniado ficou e espera
Olhando pelo caminho…

Esperava que de algum lugar
O bicho poderia sair
E com certeza iria lhe atacar
Melhor a fazer era  fugir…

Saiu pela mata em disparada
Adiante encontrou aquela calmaria
Viu uma cabana abandonada
Por ali ficou o resto do dia…

autoria- Irá Rodrigues
Diretora Internacional da divisão de Literatura Infanto-juvenil

A CARTINHA ENGRAÇADA



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Dona Josefina começou assim

Caros pardais meus amiguinhos
Agora hospedes do meu telhado
Tenho um favor a pedir
Escutem apenas um instantinho...

 Tenho um caso de urgência
Tão urgente urgentíssimo
Deixo aqui esse meu recadinho
Por favor, tenham paciência...


Não gritem assim tão cedinho
Estou velha e preciso dormir
Leiam e respondam
Meu ilustre passarinho...

O pardal leu, releu, a resposta enviou,
Presada vizinha  dona Josefina
A senhora durma a vontade
Depois nos conte com quem sonhou...

Somos os melhores vizinhos
 E não vamos ir embora
Pois gostamos muito da senhora
Seus nobres amigos passarinhos...


Vamos mudar para o telhado do quintal
E não iremos mais cantar cedinho
Queremos-lhe tanto bem
E nunca lhe faremos mal.

Do seu amigo pardal...






AS PIPAS