CERTA TARDE AS OVELHAS

 

 

Foram pra beira do rio

Uma saiu despercebida

Encantada com o verde

Pela mata foi perdida

Sem perceber caiu

No arame foi ferida.

x

As outras voltaram

No curral foram abrigar

Só na manhã seguinte

Lembraram de procurar

E seguiram pelo caminho

Sem nada encontrar.

x

 

Num canto a ovelha gemia

Não conseguia caminhar

A perna estava ferida

Teria que se arrastar

Só não tinha certeza

Se em casa iria chegar.

x 

Do outro lado as amigas

Não perdiam a esperança

Encontrariam a ovelhinha

Indefesa feito criança

Mas a noite chegou

E nada de mudança.

x

 E assim todos os dias

Voltavam pra procurar

Uma hora com certeza

Elas iriam encontrar

E foi aquela agonia

Todas começara a berrar.

x

Do outro lado do rio

A ovelha ferida ouviu

Respondeu com berro fraco

Do lado de cá se aplaudiu

E foi aquela alegria

Até o carneiro sorriu.

x

A amiga foi encontrada

Fizeram uma festança

Com cuidado foi levada

Não morreu a esperança

Já segura no curral

Era hora da comilança.

 

Irá Rodrigues

 

 

ERA UMA VEZ.

Três amigos fofinhos

O urso, o gambá e o guaxinim

Um era o amor

O outro só gentileza

E o outro cheio de carinho.

Moravam juntos na floresta

Adoravam se divertirem

Tudo era motivo

Para fazerem festa.

O pequeno gambá

Gostava de traquinagem

Corria até o formigueiro

Para brigar com o tamanduá.

A coruja gritou: Bem feito!

Quando o gambá se deu mal

Levou um bofetão

E saiu insatisfeito.

O guaxinim só queria brincar

Se escorregava nas folhas

Brigava com o urso

Que só queria passear.

Certo dia os três

Atravessaram o rio

Ouviram uma voz suave

Que dizia: Era uma vez...

Se sentaram para ouvir

Aquela linda história

Falavam de três amigos

O autor era o colibri.

Autoria-Irá Rodrigues

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A FESTA DA FLORESTA

 

 

 

Aproximando o Natal

A arvore estava armada

A animação era grande

Em toda a bicharada

A união era perfeita

A ceia foi preparada.

 

Todos começam a chegar

Entra dona coelha

Vestido branco felpudo

Com uma bolsa vermelha

Flores na cabeça

E brincos na orelha.

 

A tartaruga como sempre

Só chega atrasada

Passou dia se arrumando

É mesmo uma coitada

Dormiu pelo caminho

Coitada da lerdada.

 

A banda era organizada

Pelo tatu e o porco espinho

Tamanduá no pandeiro

O canto era do passarinho

O grilo não era bem vindo

Saiu dali de fininho.

 

 

Autoria- Irá Rodrigues

CORDELZINHO DO RIO

 

 

 

No rio Paraguaçu

Seu José vai pescar

O caminho é longo

E precisa caminhar

Melhor sair cedinho

Antes do peixe acordar.

 

E chega todo animado

Começa a preparar

Na água joga o anzol

Espera o peixe chegar

Logo ele morde a isca

E hora de segurar.

 

Só era um lambari

Que pra ele olhou tristinho

Seu José ficou com pena

E soltou o pobrezinho

Queria pegar peixe grande

Esse era tão miudinho.

 

Outra vez jogou o anzol

Não podia desanimar

A isca foi fisgada

Precisava logo puxar

Com certeza esse era grande

Mas quem ia lhe ajudar.

 

Seu José tava sem sorte

Veja que decepção

O que veio no anzol

Foi um saco de ração

Com certeza alguém jogou

Por pura gozação.

 

Autoria-Irá Rodrigues.

FOLIA DA BICHARADA.

 

 

Lá no reino da floresta

Ficava bem distante

Ou será bem pertinho

Com um amigo gigante

Não falo do macaco

E sim do elefante.

 

Lá tudo vira folia

No reino da bicharada

Chega o papagaio fofoqueiro

E a hiena engraçada

Começa então a disputa

Nessa floresta encantada.

 

Numa tarde linda de Sol

Chega apressado o gavião

Trazendo um telegrama

Do senhor rei leão

Pedia tomem cuidado

Com o macaco sabichão.

 

Na gruta de um lajedo

Dona onça morava

Tomou uma decisão

Na briga ela não entrava

Se algum amigo precisasse

Com certeza ela o ajudava.

 

A girafa do alto olhava

O rinoceronte preguiçoso

Com aquele barrigão

Degustação um jantar gostoso

Só pensava em comer e comer

Não cansava de ser guloso.

 

Autoria-Irá Rodrigues

A LAGARTIXA E A TARTARUGA

 

 

 

 

A lagartixa esnobava

Exibindo a sua beleza

A tartaruga coitada

Não tinha defesa

Melhor continuar feliz

No meio da natureza.

 

A lagartixa não tinha dó

Humilhava a pobrezinha

Que para evitar briga

Enfiou- se na casinha

Uma hora se cansava

Deixava de ser boazinha.

 

E nesse dia com certeza

Pegaria a lagartixa

Além de feia metida

Com a cara de salsicha

E adeus a exibição

Nem o rabo mais espicha.

 

Autoria-Irá Rodrigues.

CASINHA DOS SONHOS.

 

 

 

Moro numa linda cidade

Na minha rua têm flores

No meio delas uma casinha

Pintada de várias cores

Tem papai e mamãe

Eles são meus amores.

 

Tem porta e janela

Na frente a varandinha

Tem cadeira de balanço

Onde dorme a gatinha

Tem criança pra brincar

Lá na casa da vizinha.

 

No fundo tem o curral

Porquinho no chiqueiro

Tem uma vaca manhosa

E galinhas no terreiro

Um galo malcriado

Dormindo no poleiro.

 

De tudo tem aqui

Tem canto de passarinho

Borboleta perambulando

Tem até um laguinho

Tem criança brincando

Lá na beira do caminho.

 

 

Autoria-Irá Rodrigues.

CORDEL DOS BICHINHOS

 

 

Na vida dos bichinhos

Na casa do tamanduá

Chega à preguiça gritando

Corra aqui dona sabiá

O tatu está doente

Vamos fazer um chá.

 

A preguiça nem se mexeu

A tartaruga foi se arrastando

Pegou folha bem verdinha

Um chá foi preparado

O tatu gritava e gemia

Mas logo ficou curado.

 

O doutor macaco falou

Pode entrar seu jacaré

Sente e tire o sapato

Subiu um cheiro de chulé

O doutor saiu correndo

Antes que tirasse o outro pé.

 

O hospital estava lotado

O pato estava resfriado

O porco com febre alta

O peru com o pé quebrado

O tamanduá só gritava

Eu estou esfomeado.

 

Autoria-Irá Rodrigues

O MENINO EXAGERADO

José era um garoto

O que encontrava comia

O estomago era grande

Tudo nele cabia

Pior que o garoto

De indigestão vivia.

Quando chegava na escola

Comia com extravagância

Cachorro-quente, sorvete

Parecia ignorância

Se lhe chamasse atenção

Respondida com arrogância.

De tanto comer porcaria

Tinha ataque de pressão

Sua vida ficou complicada

Não aceitava intromissão

Ao descobrir seu problema

Era caso de hipertensão.

A mãe ao ser interrogada

Meu filho tem saúde de sobra

Nunca sentiu nada

Como bem toda hora

O doutor então explicou

Antes dela ir embora.

Criança que come muito

As vezes exagerada

Metesse ter cuidado

E ser mais observada

Pode ser uma doença

E rápido ser tratada.

Depois daquele dia

Tudo foi controlado

Comer na hora certa

E nada de exagerado

Com saúde não se brinca

Isso é caso complicado.

Autoria Irá Rodrigues

2Joyce Lima e Guilherme Neves Dos Santos

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