terça-feira, 30 de agosto de 2016

O JARDIM


O cheiro de flor se espalhou
A menina na madrugada despertou
Era o beija-flor da floresta ...
Entrando pela janela. ..

Na meiguice da flor uma canção
Balbuciava a brisa em movimento
O que rondava o pensamento
Era a primavera no coração. ..
O beija-flor batia palmas
Hipnotizava com a sua magia
Do sono o despertar do dia
Enquanto o sol espreguiça num suspiro
Todo vestido de sorriso. ..
Autoria- Irá Rodrigues

A LAGARTIXA II






Sempre mal humorada
Não para de reclamar
Tenho pena dos amigos...
Obrigados a suportar...

De longe a cobra gargalhava
Sem precisar perguntar
Pela cara de agonia
Bem podia adivinhar...

A coitada da lagartixa
Cutucava se contorcia
O bem ti vi assanhado
Resolveu ir perguntar
Mas a mal humorada
Não queria conversar...

Animais se aproximavam
Queriam mesmo saber
O que acontecia
Para ela tanto gemer...

Saiam todos daqui
Seus amigos traiçoeiros
Querem mesmo saber
Então eu vou dizer...

Estou com dor de barriga
Engoli uma mosca nojenta
Maldita mosca
Amaldiçoada e rabugenta...
A lagartixa I

Andava tranquilamente
Quando de repente
Chega um pobre besouro
Com medo de ser devorado
Passou apressado...

Mas a lagartixa
Queria mesmo era almoçar
Uma sopa de besouro
E bem devagarinho
Iria abocanhar...

E continua a lagartixa
Se arrastando de levinho
Esperando a hora certa
Para o besouro ela pegar...

O besouro que era bem sabido
Tratou logo de sumir
Foi se esconder bem longe
Com medo de ser engolido...

Mas se por descuido a lagartixa o pegasse
Iria fazer tanta bagunça
Que ela se arrependeria
De ter lhe colocado na pança...




Autoria- Irá Rodrigues

A BARATA FOI AO BAILE


Colocou fita azul na cabeça
Uma faixa amarela na cintura
Levou um leque para se abanar...
Quando começasse a dançar...

Saiu apressada encontrou a formiga
Toda animada com pulseiras coloridas
Era o casamento da lagartixa
E queria ficar bem bonita...

E logo adiante encontram dona aranha
Na sua teia fazendo renda
Não poderia ir dançar
Precisa mesmo era trabalhar...

As duas saem cantarolando
A centopeia calçou seus sapatinhos
Um vermelho de bolinhas
Outro amarelo com lacinhos...

E todas bem arrumadas
Foram a festa para dançar
Mas a lagartixa coitada
Pelo noivo foi abandonada...

A noiva inconformada não parava de chorar
O noivo era um moço rico havia perdido o juízo
E com sua irmã havia fugido
O que será da lagartixa com esse prejuízo...



Autoria- Irá Rodrigues

A ABELHA E A BORBOLETA


Era manhã de primavera as flores com seus melhores trajes cada uma mais elegante se faziam presente para receber a primavera mais esperada. A abelha começou a discutir com a borboleta dizia a abelha ser a mais inteligente e conhecedora de cada flor. A borboleta com sua meiguice dizia:
- Sou muito educada respeito às flores e nunca faço nada para machuca-las, ao contrario de você com seu maldoso ferrão não liga para os sentimentos das nobres flores. Disse a borboleta Zezé.
A abelha revoltada respondeu:
- Eu sugo as flores, pois esse é o meu trabalho, levar o néctar para produzir o melhor mel da região, e você uma borboleta metida e fraca que até o sopro da brisa pode esmagar.
- Eu sou uma singela borboletinha inocente indefesa e só faço bondade nunca machucaria uma flor nem um mosquitinho. Respondeu a borboleta.
- As abelhas são protetoras da natureza além de contribuir para o desenvolvimento das flores como os passarinhos polonizamos os campos, e ainda fabricamos mel que com certeza não sabe as mil utilidades dele. Sua borboletinha insignificante.
- O jardim só tem beleza se tiver borboletas esvoaçando entre as flores, nós que trazemos o colorido voando no ar.
- Uma lagarta muito da metida que virou uma borboletinha e fica se exibindo. Saia da minha frente ou receberá uma ferroada, Disse a abelha furiosa.
Oras! Oras! Deixem disso as duas são importantes para embelezar o nosso jardim, agora tratem de ficarem em paz e continuarem com as suas tarefas, Retrucou a rosa chateada com aquela discussão boba. Saibam sem vocês o jardim fica desanimado. Olhem que céu lindo de borboletas multicoloridas, vejam que alegria o zun zun das abelhas. Completou a rosa sorrindo.
As duas fizeram as pazes cada uma cuidando das suas tarefas.
- Verdade disse a abelha, concordou a borboleta e assim, se despediram amigas e felizes..



Autoria- Irá Rodrigues

REALIDADE


A menina da rua
Não tem nome
Não tem alegria...
Passa o dia
Com frio e com fome...
Chora por dentro
A realidade
É o seu lamento.
Aos olhos de todos
É invisível
Dorme perdida
Sem ter guarida...
E quando amanhece
Outro dia padece
Conta as horas para acabar
E outra vez poder deitar.
Num canto qualquer
No lixo da rua
Ali poderia sonhar
Tendo a lua
Para lhe escutar...
A menina sozinha
Pra o céu sorri feliz
Canta e dança
Para enganar a fome
Que lhe consome. ...
Assim é a realidade
De uma pobre menina
No meio de uma cidade...



autoria- Irá Rodrigues

A PRIMAVERA...





Chega abre o jardim
Chama todas as flores
Salpicando suas cores
Com seiva de alecrim...


Dona chuva que viajou
Antes de o dia raiar
Prometeu a noitinha voltar
Para as sementes regar...


O GALO JANJÃO





Gritava e pulava no terreiro
Que queria se casar
Mas como iria arranjar
Uma noiva  assim tão ligeiro...


O pavão com fama de rei
Oras isso é fácil  arranjar
Uma galinha que queira se casar

Logo o galo preocupado
Cismado com tal  intenção
Disse para o pavão
Não quero você como aliado...

As galinhas todas assanhadas
Debruçavam nas janelas
Enfeitadas de fitas amarelas
As cabeças enfeitadas...


Um laço de paz e de união

Nosso mundo precisa de paz
Com respeito e dignidade
Infelizmente é incapaz
De enxergarem essa verdade...

Queremos um mundo sem judiação
Sem violência e sem tanta dor
Que todos se unam numa só oração
De mãos dadas clamando o amor...


 Pensem nas crianças nesse mundo de dor
Crescendo em meio a tanta maldade
Busquemos de volta a nossa felicidade
Num laço de paz e de união...



Autoria- Irá Rodrigues

A MENINA SAPECA








 Numa vila  perdida no meio da floresta morava uma menina com apelido de sapeca. Ela nunca parava quieta estava sempre correndo de cá para lá. Acordava bem antes que o galo cantasse e pulava da cama gritava o gato manhoso o cachorro esperto e juntos corriam pelos campos acordando os passarinhos que sonolentos dormiam em seus ninhos assim passava os dias na maior felicidade em meio à natureza.
Um dia enquanto assistia a uma aula de geografia ouviu a professora falar que ela era hiperativa, nada respondeu, mas ficou matutando aquela palavra, deveria ser um elogio e foi até em casa repetindo eu sou uma menina imperativa! Canto, corro, danço  e nunca me canso.
- Mas será que ser hiperativa era mesmo isso que ela  pensou. E quando chegou a sua  casa foi logo perguntando para sua mãe que ocupada não deu muita atenção, fazendo com que a menina repetisse e repetisse...
Filha agora eu estou muito atarefada para um pouco, respira e vá tomar banho. Disse a mãe impaciente.
Mãe! Gritou a menina batendo os pés no chão... - Eu só quero saber o que é ser hiperativa?
A mãe parou um pouco olhou a filha e disse calmamente:
- Hiperativa é isso nunca ficar quieta parece ter um bicho formigando no corpo. Assim como você. Concluiu a mãe...
Agora mocinha sapeca hora de tomar banho daqui a pouco ir para a cama.
Ora mamãe é tão cedo, quero aproveitar a luz do sol e brincar pelos campos com meus amiguinhos. Prometo quando a lua espantar o sol ai sim eu  me recolho dentro de casa.
Não sua sapeca, você já pulou demais, parece uma pipoca, precisa dormir cedo e seus amiguinhos também cansam você os obriga a correrem tanto que até sinto pena, o gato então coitadinho.
Inconformada a menina obedeceu a sua mãe.


Autoria- Irá Rodrigues
http://www.recantodasletras.com.br/contos-infantis/5715841

AS PIPAS