sábado, 29 de março de 2014

ESPANTO!



Um garoto espantado
De olhar encantado
Senta-se na praia
Desconfiado
Olha um lado
Olha o outro...
Coloca os pés na água
Envergonhado
Com medo
Levanta
 Senta
Brinca na água
Pega um peixinho
Brinca feliz
Solta o bichinho...
E se solta cai no mar
Era seu dia feliz
Um menino
Que via o mar
Pela primeira vez
Sem família sem lar
Ali  resolveu ficar...


MEIO PALHAÇA............




Amo fingir ser criança
Brincar na rua
Correr descalça
Lamber um sorvete
Fazer pirraça...

No algodão doce me lambuzar
Ri sem medo de errar
Brincar na roda gigante
Esquecer-se de ser gente grande...

 Soltar balões coloridos
Sentir o vento bater no rosto
Nem ter pressa de ir embora
Deixar a vida lá fora...

 Deitar na grama comer pipoca
 O leite condensado derramando
Abusar de refrigerante
Deixar o dia radiante...

Pular corda na praça
Ir ao zoológico
Encantar-me com os macacos
Distribuir alegria
Ser criança
Ser palhaça...

MENINO DE RUA............



Tenta mudar a vida
Entre faróis ele vaga
Nas noites frias malvadas
Sem identidade sem nome
Verde e fraco de fome...
Um novo dia o sol desponta
Lá está o menino
Sujo faminto parado
Já não suporta mais ser humilhado...
Na ânsia  do desespero
Cara suja  assustado
Ninguém lhe dava um tostão
Com ódio daquela gente
Rouba num carro um presente...
O coração saltitante
Abraça o embrulho
Corre assustado
Buzina estridente
Só ouve a gritaria
-pega é ladrão – pivete!...
No esconderijo do esgoto
Senta sem força
A fome dominando
Abre o pacote se assusta
Só tinha doces e fruta...

Código do texto: T3975533
Classificação de conteúdo: seguro

PRECISO DE PROTEÇÃO..........




Sinal fechado...
Humilde pede um trocado
Sempre não
Vidro fechado
Olhar desconfiado...
Menino vadio
Sem casa
Sem comida
Dorme no chão
No meio da multidão...
Tanta gente
Ninguém lhe estende a mão
Nem um trocado
Nem um pão...
Seu nome é José
Mas pivete é chamado
Vive vagando tapeando a fome
Com restos de lixo
Imagina se deliciando
Com pastel coca cola
Sanduíche de mortadela
Bolo de chocolate
Até hambúrguer
Ele finge que é...
E assim vive pivete
Sua realidade
Fuga
Necessidade
Incompreensão
Só quero um pedaço de pão...
Menino sem culpa
Sem oportunidade
Solidão
Marginalização
Grito na noite
Só acusação...
Sociedade
Hipocrisia
Vergonha
É minha nação
Sou apenas um garoto
Preciso de proteção.....

HOJE É DIA..................



 De  brigadeiro
Fazer bagunça
O dia inteiro...
Pegar panela
Fazer pipoca
Ver saltitando
Caindo no chão...
Sentar na sala
Misturar na tigela
Pipoca chocolate
E leite condensado...
Ligar a tevê e ver um filme
De comédia nada melhor
Esquece-se de tudo
Vira criança...
Quando a gente
Ri da bagunça
Come com a mão
Lambuza-se...
Sair correndo
Para não limpar
E nesse barulho todo
Sente um cheirinho gostoso
Que vem da cozinha
E agora que será?
É só correr
E se deliciar
Correr para o quintal
Soltar balão
Deixar a vida de adulto
Ser criança que é legal

sexta-feira, 28 de março de 2014

O BEIJA FLOR.....


Certo dia voltando da escola o beija flor pousa na mais linda flor que ver do alto do seu voo.
Mas ao tocar seu bico comprido na flor  solta um grito:
--Ai, ai, aiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii quem tá ai dentro que me deu essa horrível ferroada?
E sai da flor uma abelha com cara de poucos amigos, empina suas antenas e diz:
-- Sou eu sim senhor beija flor intrometido de uma figa, aqui nunca foi seu espaço então trate de sumir antes que leve outra ferroada...
--Você não pode ser dona de toda essa floresta de todos os campos de todas as flores, gritou esfregando a cabeça num galho seco para aliviar a dor da ferroada...
--Sou sim e posso provar: quem alimenta as colmeias, quem fornece o melhor mel da região, quem poloniza as florestas? Por acaso é você seu intrometido?
--Oras! Eu também colaboro com a natureza e também tenho as cores mais exuberantes que encanta o mundo, meu voo suave se exibiu o beija flor sacudindo suas asas azuladas... Acrescenta e você sua minúscula... Eu sou bem maior....
--RÁ, RÁ, RÁ... Grande coisa, ninguém se alimenta dos seus encantos de mim sim tenho serventia na vida, sou pequena no tamanho e grande no meu valor diz a abelha fazendo zum, zum, zummmmmmmmmm...
---Eu posso voar mais alto e mais rápido, posso até levar você onde desejar assim não se cansa...
Desdenhando do beija flor a abelha começou a zumbi a sua volta deixando irritado...
--A deus é tarde preciso chegar em casa antes do escurecer, um dia ainda vamos nos encontrar disse o beija flor alçando o mais suave voo, enquanto a abelha voltava a sugar o néctar das flores para alimentar sua colmeia...

Moral da história: nunca subestime o valor do próximo, cada um traz dentro de si as suas qualidades...





UM ESQUILO METIDO A SUFISTA



E não é que esse sem vergonha é tirado a sufista, entrava no mar era jogado fora, retornava e outra vez atiçado bem longe, mas teimoso como era se infiltrou num barco de pesca e lá foi ele para alto mar.
Eram dias perdidos no mar nem podia esquiar nem podia conversar o medo de ser jogado no mar era bem maior e a monotonia começava a dominar aquele esquilo espertalhão, mas nem tudo estava perdido e lá se foi o sem vergonha deitado na proa tomando sol, quando ouve uma voz grave gritando:
--Hei seu vagabundo você nunca desiste, pois bem se pensas que vai curtir a viagem como se fosse férias engana-se... Venha já trabalhar ou te jogo na boca dos tubarões...
Tremendo de medo o bicho seguiu o capitão que o levou direto para a cozinha, onde ordenou que fizesse tudo que o cozinheiro ordenasse.
E num vai e vem de tarefas o canguru se empanturrava de tanto comer, era um lambe de dedos que deixava o cozinheiro irritado.
No certo entardecer avermelhado, o esquilo todo folgado sobe na proa e avista milhares de baleias no meio do mar e se meteu numa roupa de nadador e lá foi ele ver de perto as monstruosas coisas que jogavam agua em esguichos,
Já escurecia quando resolveu retornar para o barco e qual é a surpresa o capitão o esperava bufando de raiva e segurando-lhe pelas orelhas levou até o salão onde gritou em brandos: você seu pivete desobediente vai ficar preso em correntes até retornarmos para casa assim nunca mais entra de penetra em barcos de pescadores. Passavam horas, dias e nada dele conseguir desembarcar numa ilha onde pudesse ficar e esquiar sem que ninguém atrapalhasse e num solavanco estrondoso o barco encalhou numa pedra foi uma correria, pega caixa daqui corre e salva coisas de lá e ele ali acorrentado gritando sem ninguém querer ajudar, o barco iria afundar e todos já entravam num bote deixando o pobre do esquilo ali amarrado.
--Socorro! Socorro! Gritava já sentindo a agua tomar o barco, perdendo as forças de se esguelhar para ser salvo ele desmaia e quando acorda está no meio da vegetação todo ensopado, levanta assustado olha de lado olha do outro e não ver que havia salvado...
Só sabia que se conseguisse retornar para casa nunca mais se metia a ser sufista...
E assim aprendeu a lição que lugar de animal não é se meter a gente nem querer  competir com as artimanhas do homem nem com a fúria do mar...

Enviado porIirá Rodrigues em 18/10/2012
Código do texto: T3939514
Classificação de conteúdo: seguro

segunda-feira, 17 de março de 2014

RINDO ATOA


Criança tem tudo isso
Deita na grama
Encara o céu
Conta estrelas
Se sente voando
Entre nuvens
Nas asas de um passarinho
No balanço de um barquinho...
Rindo atoa
Grita bem alto
Esticam os olhinhos
Querem ver bem mais
Subir ao céu
Penetrar as nuvens
Agarrar floquinhos
Feito algodão branquinho...
Somos criancinhas
Não faz mal ri atoa
Olhando uma nuvem que voa...

O CÃOZINHO E A BORBOLETA



O cãozinho da Ritinha
Comeu a comida
No jardim foi brincar
Uma ousada borboleta
Em seu focinho foi pousar...
A borboleta atrevida
Fez bailado
Fez cosquinha
Deixando o pobre cãozinho
Achando ser uma pulguinha...
Au au auuuuuuuu
Latia o pobre bichinho
Remexendo sacudindo
Mas nada que fazia
A borboleta fugia...
O melhor então seria
Ser amigos
E a vida assim continua...

VEM CRIANÇADA!


Viver teu dia
Ir ao circo
Dar gargalhadas
Ver as palhaçadas...
Vem!
 Que tá esperando?
Vem ao parque
Dar cambalhotas
Ouvir lorotas
Comer pipocas...
Viver criança
Hastear bandeira
Gritar bem alto
Quero brincadeira...
Hoje é dia
De esquecer tristeza
Soltar balão
Ri e fazer baboseira...
De esquecer a escola
Viver a magia
Colorir o mundo
Ser a poesia...
Pular muro
Distribuir alegria
Brincar e brincar
De roda
Ciranda...

HOJE É DIA


 De  brigadeiro
Fazer bagunça
O dia inteiro...
Pegar panela
Fazer pipoca
Ver saltitando
Caindo no chão...
Sentar na sala
Misturar na tigela
Pipoca chocolate
E leite condensado...
Ligar a tevê e ver um filme
De comédia nada melhor
Esquece-se de tudo
Vira criança...
Quando a gente
Ri da bagunça
Come com a mão
Lambuza-se...
Sair correndo
Para não limpar
E nesse barulho todo
Sente um cheirinho gostoso
Que vem da cozinha
E agora que será?
É só correr
E se deliciar
Correr para o quintal
Soltar balão
Deixar a vida de adulto
Ser criança que é legal...

AMIGUINHOS



Plantei estrelas
Salpiquei magia
Rabisquei até uma poesia...

Distribui flores
Descrevi os amigos
Em rimas versos e canção
Preenchi meu coração...


Fiz até fantasia
Para deixar um brilho
Colhi um arco íris
Mandei todas as cores
Para servir de energia...

Com gostinhos adocicados
Pingos de mel
Bombons caramelados
E toques de algodão rosado...    



or vocês             

PEDRINHO




Morava numa casinha branca
Bem no meio da natureza
Acordava cedo e corria para ver os pássaros
Que cantavam trazendo aquela beleza...

Mas uma bela manha ele senta ver os pássaros
Mas não cantam como faziam
E Pedrinho perguntava ao sol
Por os pássaros se calam?

E o rouxinol vendo a aflição do menino
Cantou. Cantou e perto do menino posou
Pedrinho ficava triste com aquele silencio
E repetia por que nem o  rouxinol  cantou?

 E bando de  pássaros abriam o bico e cantavam
Mas o menino nada ouvia
Desencantado começou a gritar cantem
O que eu fiz a todos que pararam a cantoria...

O menino não sabia que os pássaros
Cantavam tão alto fazendo uma sinfonia
Era triste mas  Pedrinho não poderia ouvir
Estava surdo e não sabia...

JARDIM ESVOAÇANTE............



Pirilampos bailam perdidos
Borboletas saltitantes
Dançam  para encantar
Em  ritmos esvoaçantes...

 Ensaiam bailados
Girassol luminoso
Num segundo
Dão volta ao mundo...

Em campos fecundos
Dormem sementes
Invejando o sol
Em sonos profundos...

E na borda da alma
Andorinhas bordam flores
Com raminhos de rosas
Em belezas e cores...

E assim fica o jardim esvoaçante
Canta a musica encanta a canção
Faz a meninada  flutuar
No mundo da imaginação...

É A PÁSCOA CHEGANDO



Vejam que euforia acordaram esses coelhinhos
Andam todos apressadinhos
Nem sabem onde querem chegar
 Orelhudos e barrigudinhos...

Os coelhinhos esfomeados
Comem tudo com sabor
Capim vira sorvete
Cenoura o seu banquete...

Sabe que as orelhinhas compridas
É que o coelho é  inteligente
Tem dois dentões branquinhos
E o pelo todo branquinho...

Olhando o céu até penso
Que vieram lá das nuvens
Saltitando assim contente
Indo para traz e para frente...

É a páscoa chegando
Os coelhinhos ficam felizes
Sai da toca vai à horta
Colhe cenoura se empanturra
E barriguinha se estufa...

E os coelhinhos invadiram
As crianças gritam e pulam
Tragam logo meus ovinhos
Eu quero bem gostosinho...


A FORMIGUINHA...........



Andava lentamente
Carregando uma folha
De tão grande que era
A formiguinha ficava se  atropelando
E aquele  peso ela ia se  arrastando...


A folha  era  grande  pendia
E a formiguinha
Tombava, caia e levantava.
Decidida continuava...

O sol estava quente o chão fervia
E a formiguinha não desistia
Precisava carregar muitas folhas
Bem antes que o inverno chegasse
E do frio se abrigasse...

A noite chegava apressada
O formigueiro era ainda tão longe
Mesmo tão cansada ela tinha que chegar
E mais e mais folhar teria que carregar...

quarta-feira, 12 de março de 2014

O CIRCO CHEGOU!

O menino Gustavo
Visivelmente apressado
Rondando sobre os pés
Sai gritando pelas ruas
Corram! O circo vem chegando! 

Afobado quer ser o primeiro
Abre a mochila mostra o bilhete que ganhou
Era como exibir um tesouro
Mais valioso que ouro...

Um homem velho fitando-o com curiosidade
Balança a cabeça r e diz
Que linda essa sua felicidade...

E saia o menino Gustavo
Os pés rodopiando
Os olhos nas estrelas
E feliz saia  gritando...
O circo chegou! ...




BOA NOITE!


RESGATEI

Algumas estrelinhas
Para acender
À noite
E te enviar
Com o brilho do sol
Um punhado de amor
Para fazer tua noite
A mais linda
E desejada
Colhi uma flor
Para perfumar
Seu amanhecer
Resgatei toda pureza
Da mais linda amizade
Juntei tudo
Fiz esse lindo presente
Enviei para você,,,,

MAGRICELA...........



Não é menina não ela e uma lagartixa
É um réptil desengonçado
Rasteja-se pelo chão
Sobe em árvore e se acha engraçado...

Toma banho de sol  espichada no telhado
Hoje ela apareceu com sua calda cortada
Com certeza algum gato desejou lhe dar um trato...

E o ninho dessa atrevida
Faz em qualquer lugar
Ali coloca seus ovos branquinhos
Coisa nojenta são seus filhinhos...

 Branquelos de olhos pretos
Ainda pequeninos já escalam
Sobem em paredes lisas
Seus dedinhos parecem fitas...

Grudam com tanta força
Andam de cabeça para baixo
Se  ela encontra uma mosquinha
Coitada da bichinha...

Irá Rodrigues

COELHO ZECA...



Era uma vez
O coelho Zeca escapou do zoológico onde tinha comida, água fresquinha e proteção.
Resolveu fugir e na selva vai se abrigar, encontra outros da sua família e juntos saem à procura de alimentos. Zeca que nunca fez nada deita na sombra e grita: tragam água fresca estou com sede quero comida estou com fome, desliguem o sol está muito quente sinto calor quero um banho.
Os outros coelhos se olhavam espantados diante das bobagens do amigo.
- Ai meu Deus! Que vida é essa que vivem aqui? E começa a chorar quero voltar para meu abrigo lá vivia preso, mas era tratado como um rei.
Todos os coelhos se aproximam e gritam:
- Seu esnobe metido a besta e preguiçoso veja aqui somos livres podemos correr pular caçar e dormir a hora que desejar e onde preferi.
- Mas eu nasci preso e não quero ser livre, não sei caçar e vou morrer de fome.
Decidido Zeca volta correndo para o zoológico de onde nunca deveria ter escapado.


Irá Rodrigues

PEDRINHO





Morava numa casinha branca
Bem no meio da natureza
Acordava cedo e corria para ver os pássaros
Que cantavam trazendo aquela beleza...

Mas uma bela manha ele senta ver os pássaros
Mas não cantam como faziam
E Pedrinho perguntava ao sol
Por os pássaros se calam?

E o rouxinol vendo a aflição do menino
Cantou. Cantou e perto do menino posou
Pedrinho ficava triste com aquele silencio
E repetia por que nem o  rouxinol  cantou?

 E bando de  pássaros abriam o bico e cantavam
Mas o menino nada ouvia
Desencantado começou a gritar cantem
O que eu fiz a todos que pararam a cantoria...

O menino não sabia que os pássaros
Cantavam tão alto fazendo uma sinfonia
Era triste mas  Pedrinho não poderia ouvir
Estava surdo e não sabia...


VEM CRIANÇADA



Hoje é dia de folia
Chegou o circo lá vem o palhaço
Vem ver as trapalhadas
Vamos ver os macacos darem gargalhadas...

Hoje tem pipoca, tem algodão doce.
Tem gente grande sendo criança
Tem o magico contando lorotas
Tem os cãozinhos dando cambalhotas...

Vem criançada vamos gritar bem alto
Soltar balão e ver colorindo o céu
De azul, verde, amarelo, branco.
Deixar feito um arco íris
Desenhado de giz...

 Vem criançada!
Correr na praça ver a bandinha tocar
Esquecer as horas deixar a noite chegar...

Irá Rodrigues

segunda-feira, 10 de março de 2014

NO REINO DA MAGIA..........




Walt Disney
E até Cinderela
Mundo em cores
Pintado de aquarela...

Montanha russa
Carrossel
Show de fogos
Em frente ao castelo
Luzes piscam no céu...

Um filme em 3D
Mickey
Com suas trapalhadas
Tom e Jerry
Dando gargalhadas...

E assim foi minha tarde
Vendo filme com a meninada
Até o homem máscara
Apareceu
Fazendo palhaçada...

BOA NOITE!



Resgatei muitas estrelinhas
Soprei bem forte
Pedi ajuda da brisa
Só para enviar a todos
E dizer BOA NOITE!

Irá Rodrigues

sexta-feira, 7 de março de 2014

BONECA DE PANO..........



Quem não teve uma assim
Feita de pano vestido rodado
Lacinhos nos cabelos
Sapatinho de cetim...

Boneca de pano
Essa eu fiz para você
E se chama Lurdinha
Adora dormir agarradinha...

Boneca parece criança
Quer carinho quer atenção
Chora no escurinho
Em busca de proteção...


Que está esperando
Leva essa menina mimada
Enche de beijo e carinho
Lurdinha adora fazer biquinho...

A GALINHA DO SEU ZÉ



Nem ovo ela  quer mais dar
Mas é só a bata botar
E logo se acha dona
E o ninho quer lhe roubar...

Os ovos que a parta bota
São branquinhos e redondinhos
Onde era que uma galinha
Botaria um ovo assim...

E assim seu Zé resolveu
A galinha expulsar
Assim ela aprendia
A seus ovos ir botar...
Mas a galinha atrevida

Cuidou logo em responder
Ou me deixam aqui no luxo
Ou greve eu vou fazer...

UM RATO ESPERTINHO


Enquanto a vovó tricotava
Ele saiu do buraco
Correu, correu
No novelo de lã se escondeu...

De repente
O gato apareceu
O rato correu de lá
Escondeu-se no sofá...

E começou a correria
O gato corria atrás
O rato escapulia...

Era do sofá para o cesto
Enrolava nos novelos
Vovó nem percebia
Aquela estripulia...

E nessa bagunça toda
Ficou a tarde inteira
Até a vovó perceber
E com chinelo na mão
Acabou a brincadeira...



PERNILONGOS,,,.



Fazem a festa
Aquele zumbido
Ao pé do ouvido...

Quer ver  o pernilongo
Fazer serenata
Durma de luz apagada
Ai é aquela zuada...

Zum zum zum
Pica daqui pica dali
É palma a noite toda
Nem respeitam o ar
Só pensam em sugar...

A noite toda é uma agonia
Uma coisinha minúscula
Essa bicha  atrapalhada
Que invade a madrugada...

O dia desperta ele some
Feito vento no tempo
Com pressa para  ninguém encontrar
À noite voltam com tudo
Para outra vez batucar...

SUA PRIMEIRA VIAGEM............




O trem para na estação
Um passageiro sorridente
Com olhar admirado
Entra
Senta na primeira fila
Sacode-se para espantar
Os respingos de chuva
Olha espantado
Quando o trem faz uma curva...

Estica o pescoço
Olha na janela
Levanta-se caminha
Remexe na caixa
Pega de dentro uma bolacha...

Estava tão maravilhado
Que não sabia se comia devagar
Ou engolia sem mastigar...

Na subida da colina
O trem balançava
O sono queria pegar
Mas a ansiedade
Não deixava cochilar...

E o sono foi maior
Vencido pelo cansaço
Adormece...
Horas depois acorda
Assustado grita:
-Que raiva
Perdi metade da viagem.

O trem ficava vazio
Corre calça o sapato
Pega a bagagem
Coloca nas costas
E sai para uma nova viagem...

AS AMIGUINHAS








Três corujinhas saíram  do buraco
Nem perceberam o gavião chegar
E logo que se afastaram
Seus filhotes ele foi pegar...

E as três corujinhas ao voltarem
O buraco estava vazio
Onde foram seus filhotinhos
Nem imaginaram que o temido gavião
Devorou seus anjinhos sem ter compaixão...


Sozinhas e tristonhas saíram para passear
Foram ao parque ficaram mais agoniadas
Lá estavam suas amigas brincando
Cada uma com seus  filhotes...

E saíram as corujinhas com dor no coração
Uma chorava a outra piava
Saudade dos filhotes
Devorados pelo gavião...

Não deixarei mais meu filhote sozinho
Falou a coruja mais velha
Botaria seus ovinhos
E teria outros filhotinhos...

AS PIPAS