terça-feira, 2 de agosto de 2016

A VIDA DE MUITAS CRIANÇAS








NÃO SE CALE DENUNCIE



Criança tem que brincar e estudar

O tempo de trabalhar vai chegar

Cada coisa no seu tempo e no seu lugar

Então deixa de explorar...



Tem criança por ai que trabalha para sustentar

O pai que só quer beber

A mãe que não quer nem saber

Se o filho ainda é criança para esse mundo entender...



 Criança que trabalha forçado

Os estudos ficam largados

Os sonhos acalentados
E assim o tempo passa a criança só ficou no passado... 




Triste vida

Ser obrigada a ir pra rua

Vender frutas  e balas no sinal

Não importa o que fazer

Tem que ter o que comer...

Dinheiro tinha que trazer

Para minha mãe beber

Não queria ser espancado

E no frio abandonado...

Hoje nada vendi

Para não ser espancado

Durmo aqui na calçada

Sonhando acordado...

Como queria contar

Outro final

Mas na verdade

É a minha realidade...







Um garoto

Por força do destino
Entre os carros andava
Sem identidade sem nome
Com frio e com fome...
Sozinho à noite
Olhava as estrelas e sofria
Pedia ao papai do céu
Uma simples moradia...
Tentando mudar de sorte
Fugindo do frio e da morte
O menino sem nome
Só queria ser um homem...
Quem não se lembra
Daquele menino sem nome
Que muitos chamavam pivete
Mas era um menino carente...
Hoje o menino cresceu e venceu
Das mãos de Deus recebeu
Um presente cobiçado
Dr. Júlio advogado...
O menino sem nome batalhou
Com sacrifício estudou
E um dia se formou...
Ele hoje defende
O direito e respeito
Pela criança de rua
Que só tem o chão e as estrelas
E a mãe como a lua...



Um menino de rua

Não deixa de ser criança
Só não tem o que comer
Com ânsia de esperança
Vai para o sinal vender...

Ninguém entende sua dor
Fecha o vidro do carrão
Não enxerga aquela criança
Só pensa que é ladrão...

As lágrimas rolam
Tenta na fome viver
Não tem como escapar
É tratado feito cão
Ou que só sabe roubar...

Menino
Sem família
Seu pai é o céu
Sua mãe é a lua
Seu destino viver na rua...






SÓ ILUSÃO...
Não sei meu nome
Pai, mãe irmão.
Isso  eu não tenho não
Chamam-me de moleque
Aceito... Reclamo não...
Um dia parei em frente a uma loja
Fiquei imaginando
Vestindo uma roupa um sapato
Ganhando um brinquedo
Até usado servia
Para me fazer companhia...
Mais uma vez fui expulso
Sentei no meio fio
Cansado de ser humilhado
Queria um dia ser valorizado...
Quero tão pouco
Quero um lar
Uma roupa
Um sapato
Um brinquedo velho
E um pouco de amor...
A mim
Só resta a dor...    
 











Tati

Uma menina
Que vive na rua
Sai cedinho para vender maçãs
Sem ter escola
Essa é sua vida todas as manhãs...

 Não tem ninguém
Sua casa é na calçada
Sua família as estrelas
Olha e sente-se abraçada...

 Quando a noite chega
Cansada não tem o que comer
Muitos passam olham
Nem um pão para oferecer...

Tati
Nunca roubou
Mas corre da policia
Por medo da repressão
Para a sociedade
Quem mora na rua
É ladrão...

Mas Tati só quer sobreviver
E ganhar um tostão
Quem sabe amanhã
Tenha o que comer...






Quem dera

Todas as crianças
Fossem felizes
Que fossem esperadas
Com anseios de esperança...
Quem dera
Nenhuma delas fosse
Condenada escravizada
Ou mesmo rejeitada...
Que todas elas
Fossem recebidas
Com amor e oração
Que nunca lhes faltasse
O leite e o pão...
Quem dera...   







O que isso quer dizer?

Estatuto da criança
Todos dever ir à escola,
Ter carinho casa educação
Se nem comida tenho
E durmo no chão...

Não tenho nome
Só me chamam malandro
Pivete ou ladrão
Família, o que é isso?
Meu pai é o transito
Minha mãe solidão...

Morada se chama rua
Brinquedos a pistola na mão
Minha escola é rua
Professor é o trafico
Meu desejo compaixão...

Que a sociedade acorde
Quero apenas um lar
Ser criança ser feliz
Que o homem enfim concorde
Que criança merece a felicidade
Tio!
Só quero viver com dignidade...

Uma reflexão a consciência negra..





SEM ALTERNATIVA...
Quantas crianças festejam
Ganham presentes viajam
Para outras só a  ilusão
Sem mesmo entender a razão...
O que é Dia da Criança?
Se muitas só conhecem a fome
Disposta a  lhe  atacar
Tendo uma  vida sem esperança...
Quantas crianças
Só conhecem a rua
Andam vagando
No mundo da lua...
Sem alternativa
Ou quem olhe por elas
Só lhe resta roubar
Ou nas drogas entrar...








Garoto sem teto

Sem cama para dormir
Passa fome passa frio
Ver sumir a esperança
Que um dia sonhou ser criança...

Não tem escola para aprender
Tem apenas o sinal para vender
Muitos não querem entender
O que tem  para sobreviver...

A fome começa a corroer
Não tem o que escolher
Pega um pedaço de pão
Ninguém lhe estende a mão...

Garoto sem teto
Sem lar sem futuro...
Que alguém lhe joga no chão...

O dia acaba a noite vem
Sem casa mora na rua
Dorme no frio sem ilusão






DESIGUALDADE SOCIAL
Essa doença se chama
Falta de consciência
Caráter sem razão
De crianças vivendo sem compaixão...
Faça uma listagem e se assuste
Prostituição infantil
Exploração de menores
Drogas dominando tudo
Crianças perdidas no mundo...
A falta de amor de proteção
Abandonadas nas ruas
Filhos indesejados
Essa é a nossa nação...
Criança não é lixo não!
Cuidem com proteção
Ela precisa de lar
Precisa de educação...
Criança é gente
Ela passa fome passa frio
Ela quer apenas um pão
Não finge ser cego não!
Que país é esse meu Deus
Os políticos paralíticos
Só sabem levar vantagens
E as crianças?
Essas vivem em desvantagens...




CRIANÇA  DA MARQUISE

O tempo passa
 O sorriso não sabe dar
Leva a vida nas marquises
Um abraço só pode sonhar
Um lar nem param para pensar
Dia da criança!
Nunca se ouviu falar
O tempo passa
E tudo que deseja
Na vida só ver passar
Não recebeu amor
Nem teve um cobertor
O tempo passa
E ele ali ao relento
Só ver o homem que agride
O pai que fugiu
A mãe que morre de fome
Só sabe se lamentar
Passa a vida
Passa o tempo
A esperança de ser criança se vai
O amor que não viveu
Do frio que sofreu
Dos momentos de criança
Só a dor ficou
E sempre surgirão outras crianças
Sofrendo do desamor
Do descaso e do medo
Ou aquelas felizes
Que sabem sorri
E que nunca provou
A dor que nela ficou
Criança da marquise...






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AS PIPAS