Animais e plantas
estavam agitados devido a um boato espalhado pelo vento sobre uma festa que
iria acontecer do outro lado do rio lá no recanto do jacaré...
Tudo naquele lugar
era motivo para festejar, dessa vez seria diferente, apareceu um águia vindo de
outro reino apresentando-lhe como contadora de histórias.
Todos queriam ir e
assim o dia foi pequeno para tanto alvoroço, todos os bichos estavam sendo
avisados com antecedência, assim teriam tempo para chegarem de papo cheio sem
pressa para saírem em busca de presas para se alimentarem.
À tardinha
chegavam passarinhos e logo os galhos se enchiam com as mais lindas cores de
penas esvoaçantes, beija-flores sugavam gotas do orvalho caindo ao anoitecer
assim afinavam os bicos, enfim todos os bichos chegavam ocupando os seus
lugares.
A águia toda
imponente saúda todos e começa a narrar uma das suas historinhas.
Nem um bico se
abria, nem um sussurro se ouvia, todos de olhos e ouvidos atentos.
- Era uma vez num
reino bem longe daqui apareceu um casal muito estranho, uma cobra e um jacaré
dizendo-se apaixonados.
A história
continuava os olhos se esbugalhavam a curiosidade em saber o final fazia com
que todos ficassem em silêncio, sem conseguir segurar a língua o tamanduá
falou:
- Não estranho
mais nada vivemos em uma floresta onde as rochas se movem de um lugar a outro e
se esticam ou encolhem. As flores reclamam se o sol está muito quente exigindo
um guarda-sol, todos reclamaram da audácia do tamanduá em interromper a
história.
A águia a pedido
dos passarinhos continuou.
- A cobra era uma
serpente de manchas escura muito vaidosa fazia de tudo para aparecer a mais
bela, o jacaré era discreto pouco falava e vivia de cara feia, derreteu-se de
amor pela cobra e chega o belo dia do casamento.
Antes que a cobra
falasse sim o jacaré deu uma bocada engolindo a pobre sem ao menos dar chance
de se defender.
Moral da história-
jamais confie em quem não conhece
Irá Rodrigues
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