Lá no alto de uma montanha, tinha uma casinha mágica, o
telhado era de vidro onde poderiam ver o céu pontilhado de estrelas, portas e
janelas redondas, rodeada com campos de flores e árvores majestosas que pendiam
cachos de frutas. O Sol era o mais lindo! Acordava sorrindo e clareando como se
fosse um paraíso aconchegante.
Uma garotinha de nariz arrebitado chamada Aninha, ela vivia
com sua mãe e sua avó, duas mulheres fortes que trabalhavam na lavoura e
criando cabras, galinhas, porcos e uma vaquinha de leite.
Aninha adorava deitar-se na relva para sentir o calor do
Sol, sentir o vento sussurrando e o canto dos passarinhos. Adorava se deitar em
sua cama e olhar a chuva dançando no telhado de vidro.
Nas noites escuras, era lindo olhar as pequenas estrelas
pontilhando o céu. Aninha ficava imaginando, como seria a vida das estrelas,
será que dormiam, brincavam ou nada faziam. Eram pensamentos bobos de uma
menina sonhadora.
Nas tardes ensolaradas, adorava sair correndo ao lado do
seu cachorrinho Prego.
Estava tão distraída, quando o cãozinho começou a latir ela
arregalou os olhos maravilhada. Uma luz se movia no meio da vegetação, parecia
raios de Sol brincando de esconde, esconde. Logo formavam outras imagens,
flores bailando, pássaros de luz, borboletas luminosas, até mesmo vagalumes gigantes.
Aninha estava encantada, nunca tinha visto nada igual. Era
muito mágico, um espetáculo da natureza. Mas como explicar a sua mãe toda
aquela magia. As formas divertidas eram como um presente divino que se apagaram
em minutos.
Naquela noite, Aninha não conseguiu dormir, seus
pensamentos estavam cheios de tudo que havia visto. Mesmo que não conseguisse
ver mais aquele espetáculo, ele sempre estaria colorindo os seus pensamentos,
Irá Rodrigues
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