quarta-feira, 13 de agosto de 2025

A LAVADEIRA

 


Joaquina era muito engraçada

Foi ao rio lavar roupas

Enquanto secavam na grama

Deitou-se muito cansada.         

 

O céu estava azulado

O Sol laranja brilhava

Sorriu a lavadeira

Revivendo o passado.

 

O rio parecia o oceano

De tão azul como o céu

A lavadeira sonhava

Que estava num rio de pano.

 

O vento chegou apressado

Levou a roupa pelo ar

A lavadeira deu um pulo

Viu seu vestido sendo levado.

 

Resolveu então salvar

Nas ondas do rio entrou

Na frente seguia as roupas

Ela lutava para resgatar.

 

Cansada ficou olhando

Sem nada para vestir

Enrolou-se numa manta

Desesperada chorando.

 

O vento por um instante

Gritou venha comigo

Monte em minhas asas

Será contagiante.

 

A lavadeira sem nada entender

Ouvindo a voz do vento

Perdeu as suas roupas

O que iria fazer...

Ira Rodrigues

 

SEMENTINHA SONHADORA

 

  

 A sementinha repetia que o sonho não era tão sonho se não pudesse realizar.

E assim a sementinha vivia sonhando de que um dia seria uma linda árvore, viveria em um lindo pomar sendo admirada pelos passarinhos, borboletas e até formigas desfilando em seu tronco. Ela seria a mais formosa de todas as árvores frutíferas da região.  Com toda a sua formosura pensava a pequena sementinha sonhadora, - Seria visitada pelas crianças e admirada pelos adultos.

Sua família não acreditava em seus sonhos, ela era a única que alimentava o desejo de ter a sua própria família e sempre era criticada e chamada de sonhadora.

Quando a fruta mãe ficou madura não esperou ser colhida e foi devorada por passarinhos e até morcegos atraídos pelo cheiro adocicado, algumas sementes foram engolidas, a sementinha sonhadora se salvou e agora estava ali no solo sonhando e sonhando...

 

Não houve um só dia em que a sementinha não se pegasse sonhando e foi nesses sonhos que um dia ela foi germinada pela chuva que caia.  Era agora uma linda menina com duas folhinhas e não tardaria a crescer e ficar forte.

O tempo não tardou. A chuva que caia fez com que as suas canelinhas engrossassem, novas folhinhas brotaram.

O sol com a força da sua luz engrossava as suas raízes. Hoje a sementinha sonhadora é uma linda árvore carregadinha de belas graviolas.

E como ela sempre dizia: admirada por muitos que chegavam para retirar os seus suculentos frutos e os que não eram colhidos caiam de maduros e logo chegavam um batalhão de insetos dispostos a degustarem aquela fruta tão deliciosa.

As crianças adoravam sentarem as suas sombras para brincarem mesmo em época em que não estava dando frutos. 

Os passarinhos esses tornaram da árvore sonhadora o local mais seguro para construíres seus ninhos e criarem seus filhotes.

Irá Rodrigues

 

 

SABIÁ SEBASTIÃO

 


 

O sabiá só sabia reclamar, acordava bem antes do Sol espreguiçar, sacudia as asas estufava o peito e no seu canto sonolento reclamava:

- Onde foram todos os passarinhos que não vejo para começar a sinfonia. Oras! oras!  O jardim está sem cor as flores ainda dormem, falta o som do canto das cigarras e dos nobres companheiros passarinhos.    

Nessa manhã o céu estava nublado, gotinhas de chuva se misturavam com a neblina e nem mesmo as borboletas se atreviam a molharem as suas asinhas deixando o sabiá cheio de curiosidades.

Tudo parecia ainda dormir, aquele silêncio, apenas um atrevido sabiá querendo mandar até no tempo.

O curió todo enroladinho em suas asas no aconchego do ninho se sacode olha a folia do sabiá, molha o bico numa gota de orvalho e diz ainda rouco:

-  Amigo sabiá com esse friozinho só dá vontade de comer algo bem quentinho e continuar dormindo cada em sua casa. Pare de tanta folia. Veja, o jardim está vazio, nem as abelhas apareceram para coletar o néctar, lagartinhas quentinhas nas folhas, nem as formigas se atrevem a circular pelo chão frio.

O sabiá sem nada concordar viu o bem- te- vi abrindo o bico bocejando e num balançar de penas indagou:

-  O que está acontecendo?

- Oras! respondeu o sabiá. Não vê o atraso de todo o jardim, Até o senhor Sol anda preguiçoso sem querer acordar.

O curió resolveu entrar na conversa, - Vejam lá na roseira duas bobas lagartinhas picotando as folhas sem se importarem com a chuva que tá engrossando,

De lá as lagartinhas responderam:

- Não temos medo de chuva e precisamos comer e ficar bem fortes, logo estraremos no casulo e vamos sair lindas borboletas fortes e sadias para voarem livres por esse jardim.

O sabiá então pensou: Se o tempo hoje é de chuva e frio, vou tomar banho, escovar o bico, comer boas sementes fresquinhas e voltar para o aconchego do meu ninho.  E aviso, hoje não terá cantoria palavra do mestre sabiá. Enquanto o jardim continuava enroladinho no silêncio.

 

Irá Rodrigues

TARTARUGA BELINA

 

 


Era uma vez uma tartaruga metida que vivia debochando de todos os outros que moravam na sua região um quintal arborizado onde moravam com seus irmãos, amigos e seus pais. Só tinha uma diferença a Belina sempre foi metida e se achava a mais linda e poderosa entre todos ali...

Certo dia chega ao cercado um macho todo empolgado e logo Belina fica interessada pelo garboso visitante e querendo puxar conversa pergunta:

-O que traz ai nessa mala enorme?

O garboso moço com ar sisudo vira-se para Belina:

-Para que quer saber? Se nem ao menos sei quem é você.

Belina furiosa virou-se e foi se aquietar num canto bem longe de onde o moço estava.

Balançando a cabeça cascuda ela diz: Se não quer mostrar com certeza é estrume de vaca que pegou no curral. Coisa boa não deve ser. Zombou ela do moço.

- O moço que não gostou mesmo da cara daquela tartaruga metida responde com voz grave: - Vá se danar não te devo satisfação sua metida a besta, fedida e nojenta.Você só sabe debochar sempre tratando mal quem nem ao menos sabe de quem se trata que interesse é esse agora? Concluiu o moço.

Ao falar assim Belina empinou a cabeça de curiosidade e se mostrando dócil deu uma bela corrida parando ao lado do moço garboso...

Soltando uma bela gargalhada o moço se afasta dela deu uma cambalhota e diz desdenhando:

- Você quando jovem esnobou de todos a sua volta até de mim, agora que está velha cascuda e rejeitada fica querendo garrar um idiota, comigo não sua metida eu tenho minha companheira e você fique ai abandonada sem ninguém para te esquentar no inverno...

Furiosa Belina tenta outra investida e fingindo grita:

Ai, ai, ai, acho que machuquei minha perninha. E quando o moço se aproxima para tentar ajudar ela se agarra a ele e taca-lhe um beijo deixando-o tonto e sem folego...

O moço que havia ido embora só voltando anos depois reencontra sua amada, mas ela continuava egoísta e metida, mas ele iria reconquistar pois parecia que ela não o reconheceu.

Ali renascia o mais doce caso de amor vivido na adolescência entre duas tartarugas uma metida e o outro humilde e garboso.

Moral da história- hoje aprendi uma grande lição:

Melhor tentar entender a vida do outro que criticar e se arrepender...

 

Irá Rodrigues

TARTARUGA QUEIMADINHA

 

 

No meio da caatinga, lá no interior do nordeste vivia uma pobre tartaruga com o casco todo torto queimado pelo fogo das coivaras feitas pelo homem sem pensar nos pobres animais que vivem naquele local.

Morreu toda a sua família sobrando apenas ela que agora andava sozinha na maior tristeza, os bichos que voltaram passavam por ela e nem olhavam tão feia que ficou, a tartaruga sentia falta de um dedo de prosa e lamentava a falta que sentia de todas as outras tartarugas.

Certo dia um velho que morava por perto encontrou a tartaruga e sentindo pena da situação levou para sala casa colocando-a num cercado junto com as galinhas, todos os dias trazia folhas frescas e nunca faltava água, assim ela foi se sentindo protegida e quando foi solta não afastava de perto, ali estava segura e gostava do carinho que receba recebendo até o nome de Queimadinha. Era só chamar seu nome e logo ela aparecia no terreiro, bebia água, comia folhinhas verdes e logo tirava um soneca na sombra de um gravatá que o velho plantou para servir de sua casinha, enquanto cochilava o velho lhe contava casos acontecidos naquela região.

Queimadinha parecia entender e tranquila fechava os olhinhos. O velho que também vivia sozinho voava na sua imaginação enquanto inventava suas histórias.

Ao ouvir os causos logo chegavam alguns animais como a coruja Dandara que nem piscava seus olhos esbugalhados, o coelho José que só colocava as orelhas fora da toca para escutar e até as galinhas chegavam apressadas para não perderem a prosa, e não poderia faltar seus fiéis companheiros, o cachorro Farofa e o gato Zangão.

E assim Queimadinha ganhou uma nova família.

 

Irá Rodrigues

UBALDO E SEUS SONHOS

 

 

 

Muito pobre filho de uma lavadeira, todos os dias sua mãe descia o morro para levar a roupa lavada para a casa da patroa. O menino sempre estava ao seu lado, na descida ia sonhando acordado que um dia iria crescer trabalhar e ter dinheiro e sua mãe não iria mais subir e descer o morro carregando pesados fardos de roupa na cabeça.

Chegava o mês   de dezembro e com ele o Natal, o menino queriam dar um presente para sua tão querida mãezinha e ficava planejando: entregaria a ela um lindo ramalhete de flores, uma casa com jardim e na varanda uma cadeira de balanço assim ela ficaria as tardes se balançando enquanto ele saia para trabalhar e a noite, os dois felizes sentariam na mesa da cozinha degustavam um saboroso jantar e depois iriam sentar na varanda para ver a lua que sorria lá pertinho do morro. Por que dali do morro ele não queria sair.

- Chegamos vou entrar e você trate de ficar ai fora bem quietinho, a patroa não gosta de ver você perambulando pelo jardim- disse a mãe tirando o menino dos seus devaneios.

O menino ficou ali fora, mas a curiosidade de criança fez com que abrisse uma frestinha da porta da cozinha e olhasse, em cima da mesa uma cesta de frutas, pães fresquinhos, jarras de suco bolos e muitas outras iguarias as quais o menino só via nas vitrines das lojas quando passava com sua mãe. Os olhinhos do menino estavam grudados naquela mesa, mas seus pensamentos estavam voando. Ao ouvir a voz grave da patroa da sua mãe ele deixa os olhos passearem pelo fogão onde saia um cheiro bom das panelas que ferviam, passeou os olhos pela geladeira ao ser aberta, parecia uma imagem daquelas de revistas tantas coisas coloridas que sentiu a boca se encher de água.

Seus olhos brilharam quando a patroa pega um doce e vem em direção à porta ele se encolhe feliz sabia que ela iria lhe entregar, com certeza havia visto ali e com pena lhe daria um doce, mas virou-se seguindo em direção a sala.

Triste abaixa os olhos e só enxerga seus pés empoeirados dentro de uma sandália velha e remendada.

 

 

Irá Rodrigues

 

 

SEMENTINHA SONHADORA

 

 


 

 A sementinha repetia que o sonho não era tão sonho se não pudesse realizar.

E assim a sementinha vivia sonhando de que um dia seria uma linda árvore, viveria em um lindo pomar sendo admirada pelos passarinhos, borboletas e até formigas desfilando em seu tronco. Ela seria a mais formosa de todas as árvores frutíferas da região.  Com toda a sua formosura pensava a pequena sementinha sonhadora, - Seria visitada pelas crianças e admirada pelos adultos.

Sua família não acreditava em seus sonhos, ela era a única que alimentava o desejo de ter a sua própria família e sempre era criticada e chamada de sonhadora.

Quando a fruta mãe ficou madura não esperou ser colhida e foi devorada por passarinhos e até morcegos atraídos pelo cheiro adocicado, algumas sementes foram engolidas, a sementinha sonhadora se salvou e agora estava ali no solo sonhando e sonhando...

 

Não houve um só dia em que a sementinha não se pegasse sonhando e foi nesses sonhos que um dia ela foi germinada pela chuva que caia.  Era agora uma linda menina com duas folhinhas e não tardaria a crescer e ficar forte.

O tempo não tardou. A chuva que caia fez com que as suas canelinhas engrossassem, novas folhinhas brotaram.

O sol com a força da sua luz engrossava as suas raízes. Hoje a sementinha sonhadora é uma linda árvore carregadinha de belas graviolas.

E como ela sempre dizia: admirada por muitos que chegavam para retirar os seus suculentos frutos e os que não eram colhidos caiam de maduros e logo chegavam um batalhão de insetos dispostos a degustarem aquela fruta tão deliciosa.

As crianças adoravam sentarem as suas sombras para brincarem mesmo em época em que não estava dando frutos. 

Os passarinhos esses tornaram da árvore sonhadora o local mais seguro para construíres seus ninhos e criarem seus filhotes.

Irá Rodrigues

RATINHO QUE MORAVA NO PINICO

 

 

 Tonico era um ratinho travesso e muito do atrevido, discordava de todos e nem aos pais obedecia. E assim com as suas teimosias gostava de infernizar o pobre do gato que dormia tranquilo na sua casinha ou mesmo quando o pobre sentava na janela para olhar a rua, o rato subia puxava o rabo e saia em disparada se escondendo em seu pinico, lugar onde o gato se recusava a chegar perto pois ficava bem ao lado da toca da onça que sempre protegia aquele sem vergonha.

Os pais Dom Ratão e dona Ratinha estavam cansados de alertar o filho para não provocar o gato, uma hora ele cairia nas garras afiadas e não conseguiriam salvar. O atrevido do rato gargalhava confiando em sua esperteza e dizia mexendo seu nariz arrebitado:

- Nenhum gato vai conseguir pegar esse ratinho esperto.

A mãe não se conformava com as estripulias do filho e cansada de falar ameaçava a jogar fora o pinico onde ele dormia e se sentia seguro, o ratinho implorava que fizesse tudo menos tirar o seu cantinho seguro. A mãe se retirava deixando que ele resolvesse as suas encrencas.

Certo dia o gato dormia com o rabo pendurado na almofada e logo o rato pensou:

- Vai ser bem divertido dar uma mordida nesse rabo peludo e sair correndo. Jamais o gato vai conseguir me pegar. Tenho as canelas pequenas, mas são ligeiras. Gabou-se o rato.

Quando chegou bem pertinho quase morre de susto, sua sorte foi a chuva que caiu e como o gato não gostava de molhar seus pelos macios ele saiu em disparada com a língua de fora até se sentir seguro em sua casinha.

Antes de respirar aliviado o pai pegou pela orelha dizendo;

- Se não parar com as suas malandragens você vai morar com seus avós no reino das ratazanas e de lá só vai sair acompanhado. E sem ter o seu pinico- Ameaçou.

O rato malandro prometeu não ser mais desobediente, pois não queria se afastar da sua casa vivendo ao lado dos pais.

Depois daquele alerta o rato aprendeu que a desobediência só pode trazer problemas e que deveria ter cuidado e não ficar infernizando o pobre do gato.

E assim o ratinho se tornou o mais obediente dos ratos em toda aquela região. Mas se a coisa o complicasse corria para seu esconderijo. o amado pinico.

 Irá Rodrigues

PEIXINHO GULOSO

 


 

O peixinho Cacá era muito guloso, comia, comia e nunca estava satisfeito, quando via algo se mexer corria depressa para abocanhar.

A peixinha Lili sempre o aconselhava:

- Cacá meu companheiro, não seja tão guloso assim, vá com calma ou uma hora é fisgado pela isca de um anzol.

O peixinho Cacá mexia a boca empinava as antenas e fingia não escutar, saia sem dar atenção aos conselhos da peixinha.

Todas as tardinhas anzóis era jogados nas águas do lago, os peixes mais apressadinhos não escapavam e pelo anzol eram fisgados.

Um dia, estava o peixinho Cacá beliscando alguns farelos de algas, quando uma bela e enorme isca apareceu à sua frente, guloso como era apressou-se e... Abocanhou.

O anzol prendeu em sua boca, o peixinho se debatia lutando para se soltar sem conseguir respirar, quando Lili vendo aquela agonia gritou os peixes maiores para socorrer o seu companheiro guloso, foi aquela correria conseguiram cortar a linha deixando o anzol preso no peixinho que gemia e se contorcia com os olhinhos lacrimejando de dor.

A peixinha Lili implorava para que salvasse o seu Cacá e agoniada partiu a procura da piranha.

- Amiga, amiguinha corra venha salvar o Cacá ele tem um anzol preso na boca e se não tirar o pobrezinho guloso morre sem conseguir respirar.

A piranha saiu em disparada, com seus dentes afiados arrancou o anzol que voou longe deixando o peixinho respirar aliviado.

O peixinho Cacá com certeza aprendeu a lição, mas será que vai deixar de ser um peixe apressado guloso?

Bom se não aprendeu com essa, azar dele. Disse a peixinha Lili.

 Irá Rodrigues

 

ODILION O JACARÉ

 


 

Animais e plantas estavam agitados devido a um boato espalhado pelo vento sobre uma festa que iria acontecer do outro lado do rio lá no recanto do jacaré...

Tudo naquele lugar era motivo para festejar, dessa vez seria diferente, apareceu um águia vindo de outro reino apresentando-lhe como contadora de histórias.

Todos queriam ir e assim o dia foi pequeno para tanto alvoroço, todos os bichos estavam sendo avisados com antecedência, assim teriam tempo para chegarem de papo cheio sem pressa para saírem em busca de presas para se alimentarem.

À tardinha chegavam passarinhos e logo os galhos se enchiam com as mais lindas cores de penas esvoaçantes, beija-flores sugavam gotas do orvalho caindo ao anoitecer assim afinavam os bicos, enfim todos os bichos chegavam ocupando os seus lugares.

A águia toda imponente saúda todos e começa a narrar uma das suas historinhas.

Nem um bico se abria, nem um sussurro se ouvia, todos de olhos e ouvidos atentos.

- Era uma vez num reino bem longe daqui apareceu um casal muito estranho, uma cobra e um jacaré dizendo-se apaixonados.

A história continuava os olhos se esbugalhavam a curiosidade em saber o final fazia com que todos ficassem em silêncio, sem conseguir segurar a língua o tamanduá falou:

- Não estranho mais nada vivemos em uma floresta onde as rochas se movem de um lugar a outro e se esticam ou encolhem. As flores reclamam se o sol está muito quente exigindo um guarda-sol, todos reclamaram da audácia do tamanduá em interromper a história.

A águia a pedido dos passarinhos continuou.

- A cobra era uma serpente de manchas escura muito vaidosa fazia de tudo para aparecer a mais bela, o jacaré era discreto pouco falava e vivia de cara feia, derreteu-se de amor pela cobra e chega o belo dia do casamento.

Antes que a cobra falasse sim o jacaré deu uma bocada engolindo a pobre sem ao menos dar chance de se defender.

 

Moral da história- jamais confie em quem não conhece


Irá Rodrigues

PULGA JOSEFINA

 


 

Logo chega ao bar

No balcão pede um sorvete

Fica atarantada

O sorvete derrete...

 

Foi sentar-se à mesa

Ficou toda embaraçada

Quando um pulgão

Deu-lhe uma olhada...

 

Mas quando o pulgão se levantou

Josefina se espantou

Ele andava de bengala

Era torto e mancava...

 

Sem dar ares ao pulgão

Ela se levanta rebola

Passa por ele e vai embora...

 

Se esse pulgão se acha

Imagine eu com ele

Feio baixo e manco

Só se usar meu tamanco...

 

Nem que dinheiro tivesse

Com ele não casaria

Com alguém todo gordo

 

Mas se parece um porco...

Irá Rodrigues

 

 


 

O QUINTAL

 

 


Roupa no varal

O gato

No sapato...




A cozinha

Panela no fogão

Lenha crepitando

Cheiro de pão

Assando...





A roça

O milharal

Espiga de milho

Sendo cozido...





No mato

A abelha

Fazendo zumbido

Grito de grilo

Ao pé do ouvido...

À noite

A cigarra





 

Cantando na praça...

O jardim

Cheiro de jasmim

No galho

Molhado de orvalho

O ninho

O passarinho...





Irá Rodrigues

 

 

 

 

AVENTURAS DO COELHO MINGAU

 


Mingau era um coelho aventureiro

Desceu a ladeira em disparada

O tombo seria certeiro

Passou voando pela escada.


 O cachorro tentou ajudar

Quanto mais gritava o coelho descia

Não tinha como segurar

Naquela veloz correria...


E assim o coelho foi voando

Pala porta atravessou

O ratou ficou olhando

Quando o coelho enfim aterrissou...


Irá Rodrigues

 

FOLIA DA BICHARADA


 

Era uma vez no reino da floresta

A bicharada corria gritava

Era tanta folia

Só faltava a cotovia...

 

De todo canto pulava

Bicho dando grito

O grilo de carruagem

Tocando seu apito...

 

As cobras se assanharam

Vieram logo vender

Na barraca da serpente

Tinha bolo e cachorro- quente...

 

O sapo saiu do lago

Calçou botina furada

Uma gravata listrada

A camisa remendada...

 

O que ele queria mesmo

Era saber tocar tambor

Encantar a bicharada

E arranjar uma namorada...

 

O galo chegou suado

Trazendo debaixo do braço

Uma rabeca um tambor

E um violão desafinado...

 

O leão se fazendo rei

Pegou logo a guitarra

Ele só não sabia

Que a dona era a cigarra...

 

Engraçado essa bandinha

Composta dos cinco amigos

Um tocava pandeiro

 

O cantor era o carneiro...

 

Era a maior animação

A bicharada animada

E o baile continuava

Até a madrugada...

 

Na hora da comilança

Foi aquela agonia

As formigas cozinhavam

Enquanto os outros dançavam...

 

Autoria- Irá Rodrigues

http://iraazevedo.blogspot.com.br/

Diretora Internacional da divisão de Literatura Infanto-juvenil

TAMANDUÁ FOI PASSEAR


 

Convidou o gambá

Para com ele viajar

Chegou à floresta

Encontrou o macaco

Cortando pau

Para fazer um berimbau.



O tamanduá estava com fome

Resolveu sair para caçar

Mas onde encontrar

Formigas para almoçar...


Andou e nem um formigueiro encontrou

Escorregou no rio

Ficou ali tremendo de frio...


Coitado do tamanduá

Nem sabia nadar

Os sapos queriam ajudar

Tentavam e tentavam

O tamanduá era pesado

E nada conseguiram...


E assim o tamanduá

Deixou à correnteza lhe levar

Até onde encontrasse

 

Alguém que lhe segurasse...

E lá se foi o tamanduá

Não mais ouviram falar

Por onde ele deve andar?

Se alguém souber pode nos avisar?

 

*´*

(((•)))

.../¸

.._I.I_¯`:´¯ ✿☆ autoria- Irá Rodrigues

http://iraazevedo.blogspot.com.br/

O ZOOLÓGICO

 


 

A girafa e o hipopótamo são vizinhos

Cada um em sua jaula

Por um fio os dois se falam

A girafa espicha o pescoço

Tudo vira um alvoroço

O hipopótamo gorducho

Só pensa em encher o bucho...


A bicharada começa a gritar

E não deixam de espiar

A girafa e o hipopótamo

Planejando se casar...


O hipopótamo todo desconfiado

Olha de lado disfarça o espanto

A girafa era muito assanhada

Não queria como sua namorada...


Enfim o primeiro encontro

O hipopótamo todo desajeitado

Confessa estar apaixonado

A girafa malandrinha pisca os olhos...


autoria- Irá Rodrigues

http://iraazevedo.blogspot.com.br/

 

DONA MINHOCA

 


Depois da chuvarada

Saiu na praça

Não vestiu a capa

Ficou encharcada...


Saiu correndo

Pegou a sombrinha

Foi tomar café

Na casa da vizinha..

 

Irá Rodrigues

iraazevedo.blogspot.com




CERTA VEZ

 


Três amigas baratas

Uma solteirona

Que só queria casar

Mas era muito comilona...


A outra desengonçada

Só gostava de rezar

Casar era pecado

Nem pensar...

 

E tinha a Mafalda

Metida e orgulhosa

Quem quisesse sua pata

Tinha que ter ouro e prata...


As três amigas

Viviam levando a vida

Uma envergonhada

A outra metida e debochada

E a outra encalhada...

 

*´*

(((•)))

.../¸

.._I.I_¯`:´¯ ✿☆ autoria- Irá Rodrigues

http://iraazevedo.blogspot.com.br/

E O DIA NASCE!

 

Todo sorridente

Em meio ao roseiral

Bandos de bem -te -vi

Cantam para mim...

 

Mais que contente

Gritam com alegria

Macaquinhos

Saltam

Pulam...

 

Esquecida no jardim

Borboletas

Pirilampos

E até sapinhos...

Luzes de vagalumes

Lançam-se ao mar

Ao longe parecem barquinhos

Perdidos

Navegando

Sem rumo

Perde o prumo...

Irá Rodrigues

https://iraazevedo.blogspot.com/

 

 

 

FESTA A FANTASIA

 

Houve uma grande festa

Que seria em homenagem

A famosa andorinha

Principal personagem

Para trazer os presentes

Os duendes vieram de carruagem.





 

A pardoca resolveu

Se vestir de realeza

Saiu de braço dado

Parecia uma princesa

O pardal se empolgou

Nunca viu tanta beleza.







Da floresta surgiu

Um passarinho manhoso

Vestido todo a rigor

Parecia um moço garboso

Trazia no bico uma flor

Meio tímido e generoso.







Logo foi se apresentar

Sou viajante e trabalhador

Ando por ai buscando sonhos

Minha retribuição é o amor

Sou filho dessa floresta

Não nenhum galanteador.





 

 Logo aparecia a andorinha

Vestida de bailarina

O passarinho se encantou

Por aquela bela menina

Parecia mesmo uma fada

Ou quem sabe uma colombina.





E se ela fosse mesmo

Sorrindo assim pra mim

Eu com certeza seria

O seu nobre arlequim

Não lhe daria uma rosa

E sim todo o jardim.






O bem-te-vi enciumado

Abriu o bico e cantou

Outros passarinhos seguiram

O salão logo lotou

Uma bela poesia

A andorinha recitou.





 

Autora- Irá Rodrigues

A LAVADEIRA

  Joaquina era muito engraçada Foi ao rio lavar roupas Enquanto secavam na grama Deitou-se muito cansada.             O céu esta...