segunda-feira, 25 de agosto de 2025

AVENTURAS DO RATO GUI


 

Certa manhã o rato resolveu sair para encontrar os amigos que moravam do outro lado do jardim, como era um rato cheio de aventuras se encheu de coragem e foi até o parque, pensou ele:

- Vou tentar descobrir o mundo além dos muros, quem sabe lá fora encontro outros motivos para fazer uma viagem bem longa.

 E assim o rato nem parou na casa dos amigos, passou por um buraco no muro, do outro lado começa uma nova história cheia de travessuras.

Ao chegar do outro lado seus olhos esbugalharam diante daquela imensidão, era um parque infantil que naquele dia estava todo fechado e assim o Gui teve liberdade de percorrer cada canto, subir na roda gigante, entrar e todos os brinquedos e dormir nos carrinhos.

O rato passou tantos dias sem voltar para casa que perdeu a noção de tempo e de direção. Não sabia onde ficava a sua casa, estava muito feliz e quando conheceu uma ratinha sua felicidade foi tanta que esqueceu até dos pais e dos amigos. Agora teria a sua própria família.

Os dias se passaram, os dois não se separavam.

Uma noite chuvosa, nasceu seus seis filhotes, para proteger das enxurradas procuraram um local bem alto onde a água não chegasse e foram construir a casa dentro de um dos brinquedos.

O rato sorria aliviado e dizia:

- Não preciso de mais nada, aqui tenho tudo para ser feliz. Esse mundo é maravilhoso.

O tempo foi passando, os filhotes ficaram adultos e resolveram cada um seguir um caminho diferente, Num certo dia já era verão, enquanto Gui passeava com a ratinha, ouviram uma gritaria era um corre, corre de bichos de todos os lados, logo o parque se enchia de gente arruando para abrir, o rato viu que ali não era mais seguro e resolveu partir com a ratinha. E juntos começaram uma nova jornada,

 Autora Irá Rodrigues

http://iraazevedo.blogspot.com/

 

 

OS ENCANTOS DE UMA ÁRVORE

 

No parque da cidade uma árvore florida dava cor e leveza aquele lugar fazendo do lugar o as lindo cenário. 

Um beija-flor que fazia festa todas as manhãs, borboletas que pareciam pétalas aveludadas de flores sendo levada pela brisa, abelhas com seus pezinhos dançavam balé enquanto sugavam o néctar e perfumavam o ar.

Os passarinhos eram admirados por quem parasse ali para observar aquela grandeza. Crianças se sentavam para ouvirem a sinfonia no entardecer.

Em tempo de primavera o parque se transformava no mais belo espetáculo de cores e vida que por ali perambulavam, como bichinhos que voavam, se arrastavam e até os preguiçosos que só sabiam comer e cochilar.

Em meio aquele cenário encantado o caramujo sonolento se aventurava a subir no tronco da árvore mais alta e logo era impedido pelas lagartas que se aglomeravam disputando as folhas mais suculentas e á noite buscavam os troncos para dormirem.

Indiferente aos desmandos das lagartas comilonas, o caramujo continuava e por onde passava se arrastando deixava uma marca prateada como se marcasse o seu percurso.

E assim era a movimentação naquela árvore encantada.

 

Autora Irá Rodrigues

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TRISTEZA DO PASSARINHO

 

Houve uma ventania, o ninho com os filhotes foi arremessado ao chão, dois nada sofreram os papais logo correram para ensinar a voar, infelizmente um teve a perninha machucada e foi abandonado tendo que se virar sozinho se quisesse sobreviver. Com muita dificuldade ele conseguiu voar e pousar na árvore onde pelo menos estaria em segurança longe dos predadores.

Certo dia viu seus irmãozinhos ali na mesma árvore saltitando felizes e ficou triste sem poder brincarem juntos, enquanto os dois voavam ele ficava ali preso sem poder se movimentar além daquele galho onde fazia dias que não saia, por sorte um sabiá por piedade lhe trazia frutas frescas todas as manhãs e vez ou outra uma lagartinha para matar a sua fome. Seu passatempo era olhar os outros passarinhos que chegavam todas as tardezinhas em busca de agasalho para passarem a noite, as vezes conversavam outras nem uma palavra trocavam e assim o pobre passarinho passava os dias sozinhos.

Certo dia enquanto chorava de tanta saudade da sua família uma lágrima caiu bem no duende que passava e ao olhar para cima viu a tristeza do passarinho. O duende penalizado disse:

- Não tenha medo, pule vou pegar você e poderá viver em nossa casa junto com outros passarinhos que vivem livres em nosso pomar.

O passarinho olhou, virou a cabeça de um lado a outro e sem pensar pulou sendo amparado pelo duende mais velho que se aproximava.

E tudo na vida do passarinho mudou. Ele agora tinha família, um lugar para viver e muitos amigos que ficaram felizes com a sua chegada.

Todas as tardes os duendes se sentavam nos troncos das árvores e começavam a contar histórias daquelas bem engraçadas de contos de fadas. A note chegava era hora de os passarinhos correrem para os seus agasalhos onde dormiam protegidos pela Lua. O passarinho que ainda se recuperava da perninha machucada dormia na rede embalado pela brisa que soprava fraquinha assanhando suas penas,

O tempo foi passando, o passarinho já estava recuperado. Era hora de aprender a voar e por mais que tentasse o medo lhe dominava. Nunca havia voado e nem sabia se iria conseguir.

Numa bela manhã o duende mais velho lhe disse:

- Vamos! Não tenha medo e por ordem do amigo ele agitou as asinhas, aprumou as canelinhas finas, na primeira tentativa caiu.

- Tente novamente, não é da primeira vez que se consegue e colocando o passarinho na mão fez u gesto impulsionando-o no ar. O passarinho flutuava no ar com a leveza de uma pluma e sorria ao olhar pela primeira vez lá do alto e o que viu foi tudo que seus olhinhos precisavam. Lá embaixo flores de todas as cores, os duendes pulando e aplaudindo a sua vitória, quando outros passarinhos surgiram ao seu lado foi a coisa mais encantada que ele poderia imaginar. Estava voando e sentindo o sabor da liberdade.

Agora precisava pousar e quando desceu os duendes gritavam de ver a felicidade nos olhinhos do passarinho. Como prometido o duende lhe devolveu a liberdade e juntos dos outros cuidou com todo carinho e isso não teria como pagar apenas a sua gratidão.

 

Autora- Irá Rodrigues.

A MALANDRINHA

 

A ratinha Fifi, com seus pelos marrons, seus olhos verdes e narizinho arrebitado, era uma verdadeira malandrinha.

Todos os demais ratos da redondeza queriam brincar e ser amigos da Fifi, mas ela os esnobava, só aceitava quem desejasse ser amigos de verdade.

Certo dia, sentia fome, se achando refinada, procurou a casa mais rica, ao entrar na cozinha, viu um enorme pedaço de queijo, escalando a perna da cadeira pulou na mesa, comeu até se fartar, quando se preparava para tirar uma soneca, um enorme gato apareceu, ao ver a malandrinha correu para avisar a velha empregada que apareceu com uma vassoura pronta para acertar a pobre da ratinha. O rato Beto, entrou no momento, passou correndo para atrair a atenção da velha, assim a malandrinha poderia fugir, o gato, muito do fofoqueiro, pensou em avisar da sua presença, o rato mais que depressa deu-lhe uma mordida na perna do gato que gritava de dor, pulou a janela com miados fortes, a velha para socorrer seu amigo, soltou a vassoura, enquanto isso, os dois ratinhos fugiram em segurança.

- Venha! Vamos subir na torre da igreja, lá poderemos dormir sossegados. Disse o rato Beto tentando ganhar a amizade da malandrinha.

Naquele momento de sufoco, a malandrinha teve certeza do quanto uma amizade é valiosa. Tornaram-se amigos inseparáveis, já descansados, resolveram morar juntos, assim um cuidava do outro. Escolheram uma casa abandonada nas redondezas, com certeza seria o lar ideal para viverem tranquilos.

No domingo, foram ao parque, quando passeavam entre os brinquedos, viram um vendedor de balões. Correram e compraram dois, amarraram nas patinhas, os balões começaram a subir, davam solavancos, com o vento muito forte, os dois foram levados para o alto.

Fifi gritava de medo, Beto querendo demonstrar segurança segurou a patinha da amiga, os dois foram subindo, subindo, de repente, ficaram presos nos galhos de uma grande árvore. O pior foi quando um exame de abelhas apavoradas avançou sobre os dois.

Coitados! Foram tantas ferroadas, ficaram cheios de pontinhos vermelhos.

Por um milagre, os balões se soltaram e continuavam a subir, a terra se afastava cada vez mais, as abelhas sumiram e os dois sabe-se lá onde foram parar.

 

Irá Rodrigues


A MENINA DO NARIZ ARREBITADO

 

Lá no alto de uma montanha, tinha uma casinha mágica, o telhado era de vidro onde poderiam ver o céu pontilhado de estrelas, portas e janelas redondas, rodeada com campos de flores e árvores majestosas que pendiam cachos de frutas. O Sol era o mais lindo! Acordava sorrindo e clareando como se fosse um paraíso aconchegante.

Uma garotinha de nariz arrebitado chamada Aninha, ela vivia com sua mãe e sua avó, duas mulheres fortes que trabalhavam na lavoura e criando cabras, galinhas, porcos e uma vaquinha de leite.

Aninha adorava deitar-se na relva para sentir o calor do Sol, sentir o vento sussurrando e o canto dos passarinhos. Adorava se deitar em sua cama e olhar a chuva dançando no telhado de vidro.

 

Nas noites escuras, era lindo olhar as pequenas estrelas pontilhando o céu. Aninha ficava imaginando, como seria a vida das estrelas, será que dormiam, brincavam ou nada faziam. Eram pensamentos bobos de uma menina sonhadora.

Nas tardes ensolaradas, adorava sair correndo ao lado do seu cachorrinho Prego.

Estava tão distraída, quando o cãozinho começou a latir ela arregalou os olhos maravilhada. Uma luz se movia no meio da vegetação, parecia raios de Sol brincando de esconde, esconde. Logo formavam outras imagens, flores bailando, pássaros de luz, borboletas luminosas, até mesmo vagalumes gigantes.

 

Aninha estava encantada, nunca tinha visto nada igual. Era muito mágico, um espetáculo da natureza. Mas como explicar a sua mãe toda aquela magia. As formas divertidas eram como um presente divino que se apagaram em minutos.

Naquela noite, Aninha não conseguiu dormir, seus pensamentos estavam cheios de tudo que havia visto. Mesmo que não conseguisse ver mais aquele espetáculo, ele sempre estaria colorindo os seus pensamentos,

 

  Irá Rodrigues

CASAMENTO DOS BICHINHOS

 


Certa vez, lá na floresta, aconteceu o casamento do gafanhoto e a centopeia. Tudo estava organizado, o sabiá era o cantor, o sapo batia o tambor, o grilo no tamborim, o macaco no violão, o coelho era o sanfoneiro.

E começa a festança, o vigário era o tamanduá, no caminho sentiu fome, viu o formigueiro e foi se refastelar, de tanto comer formigas adormeceu no lugar.

A noiva impaciente andava de lá para cá, o pé se encheu de calo, o vigário não aparecia, o casamento não poderia se realizar, convocaram o delegado tatu, que ao saber do acontecido saiu para procurar. As formigas cozinheiras, as lagartas ajudantes. Quando chega a lagartixa dando logo a notícia, o vigário desmaiou aqui não vai chegar, melhor chamar o besouro Totonho o casamento vai realizar.

Foi aquele corre, corre, as moscas voaram apressadas, nada de voltarem, a borboleta animada, começou a dançar. Se não tem casamento a festa não pode parar. 

O besouro chegou apressado, os noivos se animaram, todos estavam atentos esperando a noiva entrar.

Numa carruagem florida chegava à centopeia, nem esperou a pergunta olhou o noivo e disse sim.

Começou a confusão, antes que o noivo respondesse, entra dona tanajura:  - Parem esse casamento, o noivo já é casado, tem uma penca de filhos, duas mulheres para sustentar.

A noiva decidida, foi logo dizendo: saia daqui sua atrevida, esse aqui é meu noivo, já, já o meu marido.

A tanajura pensando em acabar o casamento saiu vaiada dali o noivo continuava calado, a festa continuou. Foi até o amanhecer, os vagalumes acenderam suas luzinhas, a animação contagiava a floresta e todos os bichinhos dançavam felizes.

Autoria- Irá Rodrigues

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terça-feira, 19 de agosto de 2025

A BONECA DE LOUÇA

 


 

Essa era muito chique

Ganhei de uma tia

De olhos escuros

Seu nome era Sofia.

 

Era tão delicada

Tinha medo até de pegar

Pouco com ela brincava

Assim não se quebrava.

 

Quem me deu foi dizendo

Não deixe ninguém brincar

Ela foi muito cara

E poderá se estragar.

 

A boneca ficava lá

Muito bem guardada

Era tanta recomendação

Que não servia pra nada.

 

Essa foi a mais linda que tive

Um objeto de decoração

Preferia brincar até com capuco

Bonequinhas com melhor diversão.

 

Passei a odiar a coitada

Era tanta cobrança

Hoje lembro de tudo

Não se faz isso com criança.

 

Nem lembro que fim levou

A rica boneca Sofia

Saudade eu sinto

Daquelas que eu fazia.

 

Autora- Irá Rodrigues

 

CONVERSA NO JARDIM

    Chega à joaninha Pousa na flor do jasmim Confabula com as borboletas Falam mal do cupim.                               Con...