quinta-feira, 17 de junho de 2021

DE TUDO ACONTECE NA FLORESTA ENCANTADA

 


 

Nem bem o Sol desperta começa a sinfonia, assim é o barulho do campo, o passarinho molha o bico nas gotas de orvalho e logo outros começam e juntos acordam toda a floresta.

O galo das campinas sempre atrasado canta rouco curucucú... curucucúuuuu...

As formiguinhas saem em filinhas para a suas labutas, cortar folhinhas para descansarem no inverno.

Lagartinhas saracoteando picotam as folhas da aroeira que irritada reclama, enquanto dona abelha começa colher o néctar para encher seu baldinho e fazer o melhor mel da região.

E de tudo acontece na floresta encantada.

 

Autoria- Irá Rodrigues

ERA UMA VEZ...

 

 

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Lá numa terra bem distante, no meio de várias serras, que até o Sol chegava fraquinho, o dia sempre frio, as noites congelava, dali pouco saiam, plantavam de tudo que precisavam, criavam seus animais, tinha até um rio onde pescavam. Os mais velhos viviam tranquilos sem conhecer a cidade, pra eles ali era o paraíso, não saiam, nem recebiam pessoas por ali.

Mas um certo dia a curiosidade começou a despertar um garoto que ficava curioso para saber como era a vida fora daquelas montanhas. E começou a escalar as montanhas, mas sempre retornava ainda mais curioso, do alto só avistava arvores gigantes a perder de vista. Um dia teria coragem de descer até o outro lado e seguir para descobrir outro mundo além daquelas montanhas. E pensou:

- Mas como vou seguir sem encontrar um caminho, se por acaso se perdesse jamais seria encontrado e com certeza devorado por um animal feroz que vivia uivando as noites na escuridão da floresta. Não saberia andar sozinho sair do seu mundo em busca de outro desconhecido que ele nem sabia se existia.

Os dias se passavam, um dia o jovem se vestiu de coragem e foi falar com os pais, avós, tios e toda a comunidade. Pois ali todos viviam assim em comunidade se respeitando e tudo era compartilhado.

O velho avô se levantou e disse:

- Se é isso que deseja, vá com a benção de todos, se não encontrar o que procura retorne, aqui sempre será o seu mundo.

A mãe entre lágrimas encheu uma capanga com agua e comida entregando ao filho que partiu com o coração cheio de esperança. Do alto da montanha todos acenavam e lá seguia o garoto em busca de outro mundo.

Autoria- Irá Rodrigues

O RATO TRAVESSO

 


 

Numa floresta bem longe daqui vivia um rato muito preguiçoso. Enquanto todos os outros ratos trabalhavam ele passava as tardes dormindo entre palhas e folhas seca. Ou passeando pela floresta a procura de aventuras.

Certo dia enquanto descansava deitado na rede, apareceu dois ratões dizendo serem donos de uma queijaria e precisava de ratos para trabalhar fazendo queijos.

Ao ouvir a palavra queijo, Pitoco deu um pulo, arregalou os olhos, lambeu a língua.

Prontamente disse estar pronto para se juntar aos ratões.

E lá se foi Pitoco com os ratões, andaram até o outro lado do rio onde estava a fábrica de queijos, os donos só não contavam que Pitoco não queria trabalhar e sim se farta de queijo.

Certa noite Pitoco sumiu, em todos os cantos foi procurado e nada do sem vergonha aparecer.

Na manhã seguinte lá estava o dormindo na mesa dos queijos, onde fez a festa roendo todos os queijos até se fartar e de barriga estufada adormeceu.

Pitoco tomou tantas vassouradas que até hoje não se sabe onde ele foi parar.

 

 

 

 

Irá Rodrigues

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A MENINA QUE PLANTAVA SONHOS


 

Manu não tinha tudo o que as crianças poderiam ter, mas tinha o amor que reinava naquela família, cresceu numa casinha simples no meio da vegetação rodeada pelos pais, avós e irmãos. Ela era a mais velha de seis irmãos, e talvez por isso vivia inventando algo para entreter os irmãozinhos mais novos. Durante o dia ela corria pelos campos falando com os animais, pois é na imaginação de Manu todos os bichinhos entendia o que ela falava e sempre respondiam. Mas o que ela mais gostava era chegar à noite e no seu quartinho ficava olhando a Lua pelas frestas da janela e contava historinhas inventadas para que os irmãos dormissem.

Enquanto os pais e os avós saiam para fazerem as suas tarefas que era cuidar dos bichos e da roça de mandioca, feijão e milho, ela aproveitava para criar os seus sonhos, sua imaginação viajava em busca de algo que realmente ela pudesse fazer e logo corria para o curral onde fingia estar num belo teatro e ali poderia dramatizar as suas invenções, os irmãozinhos ficavam encantados com a irmã e se divertiam até esquecendo a hora de voltarem para casa.

As tarde a mãe não saia e Manu aproveitava para ficar sozinha no lugar que mais gostava, embaixo de uma amendoeira gigante onde os galhos pendiam formando um belo abrigo. Ali a menina fechava os olhos e imaginava que estava num castelo encantado, com fadas e todos os bichinhos fazendo uma grande festa. Muito curiosa e inteligente nunca parava de inventar coisas, na escola da vila onde estudava a professora ficava admirada com a menina que mesmo com os pais sem cultura ela era muito dedicada e lia tudo que encontrava.

A noite com a luz de um fifó ela devorava os livrinhos que a professora emprestava e assim ela enchia o caderninho de historinhas que imaginava viver.

Mas os sonhos da menina Manu não paravam por ai, falando com os passarinhos que apareciam no pequeno jardim de margaridas o qual ela cuidava com todo carinho ela sorriu pois disse que teve a melhor resposta para os seus sonhos.

- Se você nunca planta eles nunca brotam! Assim disse ela foi a resposta de um passarinho.

E assim começou a escolher um cantinho para construir o seu jardim e ali iria plantar seus sonhos como bem disse o passarinho.

E de manhãzinha ela acordou toda eufórica correu pegou uma enxadinha e começou a cavar o solo, em cada buraco colocava um pedacinho de papel onde trazia escrito o seu sonho.

Os dias se passavam e a menina ficava desanimada, o passarinho não falou a verdade, como plantar sonhos poderiam brotar – Pensava triste.

E assim passavam os dias com o Sol ardente, as noites a chuva caia, e com certeza as sementinhas dos sonos de Manu foram regadas e brotaram, nasciam versos pendurados em galhos, escritos nas asas das borboletas, as flores confabulavam aquele lindo mistério, os passarinhos em coro declamavam os versos perfumados. E assim, Manu batizou aquele lugar como “O Jardim que brotavam Versos.”

A menina não parou mais, queria escrever poesia para cada bichinho que vivia ali, para cada flor que brotava na maior folia. Até um jardineiro ela teve que contratar ou não daria conta de todas as tarefas.

E assim a menina da imaginação tão fértil quanto os sonhos, contava histórias para os irmãos, na escola para os colegas e até começou a participar de um concursos que os professores organizaram para incentivar a leitura. Manu trazia sempre a história da menina que plantou sonhos e colheu versos.

Dias depois o resultado saiu e Manu foi a vencedora, nessa noite ela não mais precisou plantar sonhos, agora vivia a realidade.

Autoria- Irá Rodrigues

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A LAGARTIXA QUE TINHA MEDO DE ESCURO

 


 

Era uma vez, lá no reino lagartixal, morava uma lagartixa que andava se assombrando até com a pobre brisa que passava por ali,

Imagine, a lagartixa assim que escurecia se enfiava embaixo das cobertas e de lá só saia quando o Sol dava bom dia e clareava o seu quarto.

Um certo dia andando pela floresta ela se assustou com a sua sombra e foi aquela agonia saiu correndo e a sombra lhe acompanhando. – é claro a sombra não poderia se afastar. Mas a lagartixa achava que era um monstro querendo lhe atacar.

Vivendo assombrada com esse medo de escuro a lagartixa passou a viver triste e pensou:

- Se eu crescer e crescer, ficarei do tamanho de um crocodilo, tão forte e temido que até o escuro vai fugir apavorado, assim posso viver em paz.

E assim decidida a ficar gigante e espantar o medo ela foi procurar a bruxa Keka da floresta assombrada, e foi logo fazendo o seu pedido. Senhora bondosa bruxa eu quero que me estique, estique até que eu fique gigante do tamanho de um crocodilo.

A bruxa até se assombrou com aquele pedido e balançando a cabeça respondeu:

Aceite como é, querer ser diferente pode trazer problemas que vai se arrepender.

A lagartixa estava decidida implorou pra que a bruxa a e deixasse gigante.

E seu pedido foi aceito, a lagartixa ficou tão grande, mas tão grande que nem na porta conseguia passar.

Mas mesmo assim seguiu feliz cantarolando até chegar no reino lagartixal quando foi recebida com pedras e paus todas as lagartixas tinham pavor dos crocodilos e ali ele não teria lugar para ficar e nem ao menos passear.

A lagartixa tentou explicar que era ela a lagartixa sonhadora, mas não deram ouvido e espantaram dali para bem longe.

Coitada! A vida da lagartixa passou a ser muito triste, vivia sozinha, não gostava de água como os crocodilos, seus amigos tinham medo dela, sua família nem queria ver por perto achando que se tratava de um monstro das águas.

O tempo passou o medo continuava, mesmo gigante ela se assombrava e de tanta tristeza a lagartixa resolveu procurar a bruxa para desfazer o feitiço.

E lá se foi dias e dias andando às escondidas pela floresta. A bruxa antes de atender o pedido disse: Aprenda a ser o que é, quem quer tudo nada tem. E num passe de mágica a lagartixa voltou ao normal.

E assim ela aprendeu a lição quem muito quer nada tem.

 

 

 

Irá Rodrigues

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MARIAZINHA A MENINA NORDESTINA

 


 

Era uma menina que morava numa cidadezinha bem lá no interior do nordeste, sozinha aprendeu a ler através das poesias que ela criava.

Como não sabia escrever pedia ajuda ao seu avô que passava o dia na porta da casa olhando a vida passar.

E assim tudo que Mariazinha pensava logo se embaralhava em sua imaginação e virava versos. Com o incentivo do bondoso avozinho que através da neta começou a ver a vida de forma diferente, ele prometeu que ensinaria a ler e escrever e assim os dias passavam, Mariazinha aprendeu a ler com as suas próprias poesias que a velha ia rabiscando em pedaços de papel velho.

Mariazinha não gostava de brincar com as outras crianças, preferia ficar no seu humilde quarto lendo aa histórias que o avô escrevia enquanto ela ia falando de todas as suas aventuras e vivência naquele lugar.

A menina foi crescendo e seu maior sonho dessa vez era poder mostrar a sua história para o mundo além do seu humilde sertão.

E assim Mariazinha realizou seu sonho e hoje visita comunidades carentes levando as suas poesias como incentivo a outras crianças.

E mostrando que não importa o lugar em que vive, mas a vontade de aprender.

 

 

Irá Rodrigues

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REINO DAS FADAS

 

Era uma vez, no reino das fadas encantadas viviam várias famílias de bonecas de pano de todos os tamanhos, algumas de tecidos remendados outras de seda bem enfeitadas, mas todas viviam felizes, eram amigas de todos os bichinhos da floresta, mas um dia algo bem estranho aconteceu, quando seu Joaquim foi até o mar para pescar encontrou algo muito estranho, uma boneca adormecida na areia. Por ser muito pesada ele correu e pediu ajuda aos amigos que logo levaram para o reino encantado onde viviam outras bonecas.

E foi aquela confusão, todos queriam saber de onde veio aquela boneca tão gigante de cabelos azuis.

A boneca então despertou, sorriu para a plateia de bonecas assombradas e disse feliz.

Eu vim do grande oceano. Por muitos anos fiquei lá adormecida por isso sou tão grande. Meus cabelos são azuis da cor das águas do mar.

Foi aquela assombração todos curiosos querendo saber de tudo.

Quando a boneca disse:

Eu vivia muito triste sem família, mas aqui estou entre tantas outras iguais a mim,

E abriu os braços toda contente pela primeira vez na certeza de ter descoberto o seu mundo.

As bonecas se olharam desconfiadas, quando a voz de uma fada falou:

Ela é uma boneca igual a todos vocês, então recebam , ela é uma menina grande e seu tamanho não vai atrapalhar.

As bonecas obedecendo a fada correram e abraçaram a boneca gigante de cabelos azuis que feliz disse:

Agora tenho um lar, uma família onde posso viver.

E todas as bonecas viveram felizes. Formaram uma linda família.

 

Sabe o que isso quer dizer: que nem todo mundo é igual, e que podem viver felizes com as diferenças.

Imagine se todas as bonecas fossem iguais, perdia a graça. Não concordam.

 

Quem gostou batam palmas e inventem outras historinhas.


Beijos da Tia Irá e da boneca de cabelos azuis.

 

 

 

 

 

CONVERSA NO JARDIM

    Chega à joaninha Pousa na flor do jasmim Confabula com as borboletas Falam mal do cupim.                               Con...