quarta-feira, 5 de outubro de 2022

CORDEL DOS BICHINHOS..


 

O BAILE

 

Certa vez aconteceu

Um baile lá na floresta

Quando chegou a formiga

Com uma estrela na testa

Querendo naquela noite

Ser a rainha da festa.

XX

 

 

Lá pra meia noite

O urubu chegou apressado

Foi antes fazer faxina

Estava muito cansado

Vestia uma calça branca

E o paletó quadriculado.

 XX

O gambá não foi convidado

Mesmo assim apareceu

Soltou um pum fedorento

E dali correndo se escafedeu

Com medo do macaco

No telhado se escondeu.

XX 

O rato muito guloso

Foi dá uma espiada

Destampou a panela

Justo da feijoada

No feijão quente caiu

Ficou de canela esticada.

 XX

Autora-Irá Rodrigues

 

 

XXXXXXX 

O PORQUINHO COMILÃO

 

 O porco era conhecido

Como gorducho comilão

Tudo que achava comia

Não fazia digestão

Já pesava umas arrobas

Era mesmo um porco sem noção.

 XXXXXXXX

Guloso nada sobrava

Com toda a sua ganância

Comia e se lambuzava

Era muita extravagância

Nada sobrava aos irmãos

Sem estilo e ignorância.

XXXXXXXXX 

Quando colocavam a tigela

Era o primeiro a aparecer

Com aquela barriga grande

Tudo queria comer

Ele era fora do comum

E não parava de crescer.

XXXXXX 

 

Autora-Irá Rodrigues

 

  

O GALO DESTRAMBELHADO

 

Tabaréu foi pra cidade

Achou que lá podia cantar

Do jeito que era na roça

Que podia se esguelhar

O coitado se deu mal

Foi obrigado a se calar.

 

XXXXXXXXX

Com seu topete emplumado

Acordava de manhãzinha

Ficava impaciente

Cutucava a galinha

Que no seu cocoricó

Despertava a vizinha.

 

XXXXXX 

Sem dar corda no despertador

O galo muito triste dizia

Quero voltar pra roça

Preciso despertar o dia

Essa é a minha função

Perdi a minha alegria.

XXXXXX 

Nem vontade sentia

De sair do seu poleiro

Sentia tanta saudade

De ciscar pelo terreiro

Melhor ficar por ali

E dormir o tempo inteiro.

 

XXXXXX 

Até as penas perdiam a cor

Não usava sua espora

A crista andava caída

Não saia mais lá fora

Vida de galo era na roça

E resolveu ir embora.

 

XXX 

Autora- Irá Rodrigues

 

 

 

XX 

 

 
TUDO ACONTECE NA NATUREZA

 

O pobre já é desdentado

Todo metido a valentão

Se acha dono do pedaço

Ao rosnar é uma gozação

Quando chega o Totó

Ele perde sua posição.

 XXXX

 

Já não chove faz dias

Até o açude secou

O sapo entristecido

Bem cedo viajou

Foi morar no rio

E nunca mais voltou.

XXX

 

Era seca pra todo lado

O urubu marcou viagem

Sairia sem destino

Buscando outra paragem

Nas costas levou o saco

Com toda a sua bagagem.

XXXX

A tartaruga lerdada

Sem ter outra solução

Andava pela estrada

Em busca de proteção

Quando viu o coelho

Correndo sem o calção.

 XXXX

 

Balançou a cabeça e seguiu

Logo ficou assombrada

A pobre da pardoca

Pelo gavião foi atacada

Sem nenhuma compaixão

A bichinha foi devorada.

XXXX 

 

Pra alegria da coruja

E de toda a bicharada

O céu logo escureceu

Armou uma trovoada

A floresta se alegrou

Quando caiu a chuvarada.

XXXX

 

Autora- Irá Rodrigues


NATUREZA

 

A chuva vai caindo

A natureza brotando

No encanto de cada flor

A beleza vai surgindo.

 X

Pela chuva sendo regadas

Atraindo as borboletas

Lagartinhas e abelhas

Chegam juntas apressadas.

 X

 

O beija-flor lamentava

Precisou ir ao mercado

Esqueceu a sombrinha

E a chuva não passava.

 X

Autora- Irá Rodrigues

 

 

BATE PAPO DOS AMIGUINHOS

 

Fica o macaco pensando

Se o homem acabar a floresta

Árvores e rios vão morrer

 Não haverá mais festa

E para todos os moradores

Fugir daqui é   o que resta.

 X

O sabiá triste falou

E se isso acontecer

Coitado dos passarinhos

Onde vamos viver

Aqui somos felizes

Deus vai nos proteger.

Com tanta maldade assim

E se acabar com as flores

Não haverá borboletas

Viveremos os horrores

A floresta fica triste

Se perder as suas cores.

Autora- Irá Rodrigues 

 

CORDELZINHO DA RATA

No paiol de milho morava

Uma rata chamada lindeza

Assim foi batizada

Pela sua esperteza

Ela era muito querida

Pois defendia a natureza.

 X

Era muito vaidosa

Se metia em aventuras

Junto com o primo

Faziam grandes loucuras

Invadiam as cozinhas

Quando estavam as escuras.

X

Um dia se deram mal

Comeram, esqueceram a hora

Quando ouviram um barulho

Vindo do lado de fora

Debaixo da pia se enfiaram

Até o gato ir embora.

X

As perninhas tremiam

O primo apavorado

A rata prometeu

Agora teria mais cuidado

O primo tremendo dizia:

Não quero ser devorado.

X

Autora- Irá Rod 

CORDEL DA GALINHA

 

A galinha desobediente

Com medo de ir pra panela

Era só a dona chamar

Ela fugia pela janela

Mas também tinha que ser

A galinha magrela.

 A galinha queria liberdade

Dali poder escapar

Não queria ser servida

No almoço nem jantar

Por isso ela planejou

Do terreiro escapar.

 X

 

Autora- Irá Rodrigues


FESTA NA FLORESTA

 

A chuva quando cai

A floresta é uma beleza

Os bichinhos se reúnem

Pra aplaudir a realeza

E tem sarau poético

No encanto da natureza.

Cada um traz o seu verso

E não falta inspiração

Na mais perfeita harmonia

Começa a programação

Os passarinhos chegam

Na maior animação.

 x

Cada bichinho faz a sua parte

E não falta cantoria

Até o sisudo gavião

Entra declamando poesia

A coruja madrugadora

Colaboram com sua alegria.

 x

A chuva com pingos dançantes

Com a Lua armam um esquema

Também querendo declamar

Pede ao Sol um tema

Que envia pelas nuvens

O mais belo poema.

x

E a chuva engrossando

O riacho começa a cantar

No embalo das águas

Também querem festejar

Convidando os peixinhos

Para virem dançar.

x

A chuva cansada foi embora

E agora o que resta

Para encerrar o sarau

Agradeceu a floresta

Em belas revoadas de pássaros

O tempo encerra a festa.

x

 

 

 O MACACO MALANDRO

 

Precisava preparar um bom jantar

Para impressionar a namorada

Mas como péssimo cozinheiro

Fez uma grudenta macarronada

Ficou um nojenta gororoba

Então fez uma salada.

 x

Deixou queima a carne

Nada saiu como esperava

Derramou caldo quente na mão

O pobre corria e gritava

Enquanto os macaquinhos sorriam

Mais o pobre ele esperneava.

 x

A noite estava chegando

O que servir a sua namorada,

Já sei! - Vou usar da minha esperteza

Servir banana caramelada

Esqueceu no forno assando

Ficou toda estorricada.

 x

O pior de tudo aconteceu

O macaco não tinha solução

As bananas Esturricaram

Jogou tudo pelo chão

Só não arrancava os cabelos

Por amor e devoção.

 

Então pensou rapidinho

Vamos visitar a vizinha

Com certeza seremos recebidos

Com a mais saborosa comidinha

E ainda apresento a todos

A minha doce queridinha.

 

E assim o esperto fez

Quando a macaca chegou

Adiantou logo dizendo

A vizinha nos convidou

Vamos com eles jantar

A macaca nem estranhou.

 x

 

O macaco não tinha vergonha

Vai mesmo se achegando

E sem nenhuma cerimônia

Na casa da vizinha foi entrando

Todo empolgado e saliente

A namorada foi apresentado.

 xxx


Autora- Irá Rodrigues 

 

 

O PUM DO GAMBÁ

 

Toda roça tem esse bichinho

Certo dia o tal gambá

Com toda sua estripulia

Foi passear com o tamanduá

No caminho ele soltou um pum

E começou a gaguejar.

 x

O tamanduá quase cai

O pum saiu sem avisar

Dessa vez eu não percebi

Da próxima vez vou afastar

Desculpa ai camarada

Já que não posso segurar.

 x

O tamanduá ficou zonzo

Ao ver que o amigo iria desmaiar

O gambá sacudiu as calças

Se anime vamos continuar

Foi uma fruta podre que comi

Culpa do macaco que foi me levar.

O tamanduá achou desaforo

Que falta de respeito

Oras! Oras! Seu fedorento

Soltar pum é seu direito

Mas bem ao meu lado

Quanto descaramento.

O gambá soltou outro

O tamanduá fugiu fumaçando

O gambá solta outro pum

Sacode a cauda, esse tá cheirando

É ruim eu prender meu pum

E segue cantarolando.

 x

Autora- Irá Rodrigues 

 

 

 

ASSEMBLEIA NA FLORESTA

 

A bicharada reunida

Começou a reunião

O macaco ficou calado

O tatu pediu atenção

Prefiro me retirar agora

Estou sem inspiração.

 x

O guaxinim se levantou

Tenho uma reclamação

Eu estou bem chateado

Com os desmandos do leão

Quando vou colher sementes

Ele me chama de ladrão.

 x

O gambá logo exclamou

Ele pega o que come

Isso do leão é ofensa

 Chama o amigo desse nome

Nós pegamos o que precisa

Para matar nossa fome.

Todos se levantaram

O macaco franziu a testa

O leão merece uma lição

Ele não é dono da floresta

Com seu ar imperioso

Acha que só ele presta.

 x

A girafa olhou pra baixo

Dizendo o que ela sente

Precisa dizer ao leão

Orgulhoso e insistente

Que a floresta é de todos

E não seja intransigente.

Balançando o seu chocalho

Gritou temido cascavel

Ele que não seja bobo

Posso ser bem cruel

Quem merece ofereço doce

 O esnobe conhece meu fel.

 x

Outros bichos falaram

Encerrando a reunião

O papagaio gritou

Vocês todos têm razão

Manda aquele metido

Tomar outra direção.

O macaco deu um pulo

Caindo na gargalhada

De todos eu sou mais esperto

De ruim não faço nada

Pulo de galho em galho

Com a minha macacada.

Autora- Irá Rodrigues 

 

 

  

NO SITIO DE GUMERCINDO

De tudo ali acontecia

O dia acordava cedinho

Lá vinha o quero, quero

Desfilando pelo caminho

Para alimentar os filhotes

Pega o pobre do besourinho.

Tinha o galo Adamastor

Que esquecia de acordar

E se era dia de chuva

O obre só sabia roncar

Assim o dia despertava

Sem o galo cantar.

No alvorecer da passarada

Nunca faltava alegria

O bem-te-vi atrevido

Era canto pra todo lado

Dizia declamar poesia.

Tinha uma galinha tonta

Que vivia assustada

Tinha medo até da sombra

E corria destrambelhada

Saia gritando socorro!

Estou sendo atacada.

x

E a pobre da ovelha

Quando era tosquiada

De vergonha se escondia

E não saia pra nada

Dizia ter vergonha

De viver assim pelada.

 x

Na casa grande morava

Seu tempo era fazer doces

Nunca saia daquela cozinha

E no dia da feira na vila

Entregava tudo numa vendinha.

 x

 

Tinha porco, peru e pavão

Um burro e dois jumentos

Que declamavam versos

Falando dos sentimentos

Quando um falava da felicidade

O burro só tinha ressentimentos.

Seu Gumercindo. Há seu Gumercindo

Vivia levando tropeço

Com a memória falhando

Voltava lá do começo

Recontava essa história

E dizia! Ser feliz eu mereço.

Autora- Irá Rodrigues

 

 

 

 

 

 

 


NATUREZA

 

A chuva vai caindo

A natureza brotando

No encanto de cada flor

A beleza vai surgindo.

Pela chuva sendo regadas

Atraindo as borboletas

Lagartinhas e abelhas

Chegam juntas apressadas.

 

O beija-flor lamentava

Precisou ir ao mercado

Esqueceu a sombrinha

E a chuva não passava.

 

Autora- Irá Rodrigues

 

 

 

 

 

 

 

BATE PAPO DOS AMIGUINHOS

 

Fica o macaco pensando

Se o homem acabar a floresta

Árvores e rios vão morrer

 Não haverá mais festa

E para todos os moradores

Fugir daqui é   o que resta.

 x

O sabiá triste falou

E se isso acontecer

Coitado dos passarinhos

Onde vamos viver

Aqui somos felizes

Deus vai nos proteger.

Com tanta maldade assim

E se acabar com as flores

Não haverá borboletas

Viveremos os horrores

A floresta fica triste

Se perder as suas cores.

Autora- Irá Rodrigues 

 

 

CORDELZINHO DA RATA

No paiol de milho morava

Uma rata chamada lindeza

Assim foi batizada

Pela sua esperteza

Ela era muito querida

Pois defendia a natureza.

 

Era muito vaidosa

Se metia em aventuras

Junto com o primo

Faziam grandes loucuras

Invadiam as cozinhas

Quando estavam as escuras.

Um dia se deram mal

Comeram, esqueceram a hora

Quando ouviram um barulho

Vindo do lado de fora

Debaixo da pia se enfiaram

Até o gato ir embora.

 

As perninhas tremiam

O primo apavorado

A rata prometeu

Agora teria mais cuidado

O primo tremendo dizia:

Não quero ser devorado.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

CORDEL DA GALINHA

 

A galinha desobediente

Com medo de ir pra panela

Era só a dona chamar

Ela fugia pela janela

Mas também tinha que ser

A galinha magrela.

 x

 A galinha queria liberdade

Dali poder escapar

Não queria ser servida

No almoço nem jantar

Por isso ela planejou

Do terreiro escapar.

 

Autora- Irá Rodrigues

 

 

 

 

FESTA NA FLORESTA

 

A chuva quando cai

A floresta é uma beleza

Os bichinhos se reúnem

Pra aplaudir a realeza

E tem sarau poético

No encanto da natureza.

 x

Cada um traz o seu verso

E não falta inspiração

Na mais perfeita harmonia

Começa a programação

Os passarinhos chegam

Na maior animação.

 x

Cada bichinho faz a sua parte

E não falta cantoria

Até o sisudo gavião

Entra declamando poesia

A coruja madrugadora

Colaboram com sua alegria.

 x

A chuva com pingos dançantes

Com a Lua armam um esquema

Também querendo declamar

Pede ao Sol um tema

Que envia pelas nuvens

O mais belo poema.

x

E a chuva engrossando

O riacho começa a cantar

No embalo das águas

Também querem festejar

Convidando os peixinhos

Para virem dançar.

x

A chuva cansada foi embora

E agora o que resta

Para encerrar o sarau

Agradeceu a floresta

Em belas revoadas de pássaros

O tempo encerra a festa.

x

Autora- Irá Rodrigues

 

 

 O MACACO MALANDRO

 

Precisava preparar um bom jantar

Para impressionar a namorada

Mas como péssimo cozinheiro

Fez uma grudenta macarronada

Ficou um nojenta gororoba

Então fez uma salada.

 x

Deixou queima a carne

Nada saiu como esperava

Derramou caldo quente na mão

O pobre corria e gritava

Enquanto os macaquinhos sorriam

Mais o pobre ele esperneava.

 x

A noite estava chegando

O que servir a sua namorada,

Já sei! - Vou usar da minha esperteza

Servir banana caramelada

Esqueceu no forno assando

Ficou toda estorricada.

 x

O pior de tudo aconteceu

O macaco não tinha solução

As bananas Esturricaram

Jogou tudo pelo chão

Só não arrancava os cabelos

Por amor e devoção.

 x

 Então pensou rapidinho

Vamos visitar a vizinha

Com certeza seremos recebidos

Com a mais saborosa comidinha

E ainda apresento a todos

A minha doce queridinha.

 x

 E assim o esperto fez

Quando a macaca chegou

Adiantou logo dizendo

A vizinha nos convidou

Vamos com eles jantar

A macaca nem estranhou.

 

O macaco não tinha vergonha

Vai mesmo se achegando

E sem nenhuma cerimônia

Na casa da vizinha foi entrando

Todo empolgado e saliente

A namorada foi apresentado.

x

 Autora- Irá Rodrigues

 

 

 

O PUM DO GAMBÁ

 

Toda roça tem esse bichinho

Certo dia o tal gambá

Com toda sua estripulia

Foi passear com o tamanduá

No caminho ele soltou um pum

E começou a gaguejar.

 x

O tamanduá quase cai

O pum saiu sem avisar

Dessa vez eu não percebi

Da próxima vez vou afastar

Desculpa ai camarada

Já que não posso segurar.

 x

O tamanduá ficou zonzo

Ao ver que o amigo iria desmaiar

O gambá sacudiu as calças

Se anime vamos continuar

Foi uma fruta podre que comi

Culpa do macaco que foi me levar.

 x

O tamanduá achou desaforo

Que falta de respeito

Oras! Oras! Seu fedorento

Soltar pum é seu direito

Mas bem ao meu lado

Quanto descaramento.

O gambá soltou outro

O tamanduá fugiu fumaçando

O gambá solta outro pum

Sacode a cauda, esse tá cheirando

É ruim eu prender meu pum

E segue cantarolando.

 x

Autora- Irá Rodrigues 

 

 

 

ASSEMBLEIA NA FLORESTA

 

A bicharada reunida

Começou a reunião

O macaco ficou calado

O tatu pediu atenção

Prefiro me retirar agora

Estou sem inspiração.

 x

O guaxinim se levantou

Tenho uma reclamação

Eu estou bem chateado

Com os desmandos do leão

Quando vou colher sementes

Ele me chama de ladrão.

 x

O gambá logo exclamou

Ele pega o que come

Isso do leão é ofensa

 Chama o amigo desse nome

Nós pegamos o que precisa

Para matar nossa fome.

 x

Todos se levantaram

O macaco franziu a testa

O leão merece uma lição

Ele não é dono da floresta

Com seu ar imperioso

Acha que só ele presta.

 x

A girafa olhou pra baixo

Dizendo o que ela sente

Precisa dizer ao leão

Orgulhoso e insistente

Que a floresta é de todos

E não seja intransigente.

Balançando o seu chocalho

Gritou temido cascavel

Ele que não seja bobo

Posso ser bem cruel

Quem merece ofereço doce

 O esnobe conhece meu fel.

 x

Outros bichos falaram

Encerrando a reunião

O papagaio gritou

Vocês todos têm razão

Manda aquele metido

Tomar outra direção.

 x

O macaco deu um pulo

Caindo na gargalhada

De todos eu sou mais esperto

De ruim não faço nada

Pulo de galho em galho

Com a minha macacada.

 x

Autora- Irá Rodrigues

 

  

NO SITIO DE GUMERCINDO

De tudo ali acontecia

O dia acordava cedinho

Lá vinha o quero, quero

Desfilando pelo caminho

Para alimentar os filhotes

Pega o pobre do besourinho.

 

Tinha o galo Adamastor

Que esquecia de acordar

E se era dia de chuva

O obre só sabia roncar

Assim o dia despertava

Sem o galo cantar.

 x

No alvorecer da passarada

Nunca faltava alegria

O bem-te-vi atrevido

Era canto pra todo lado

Dizia declamar poesia.

 x

Tinha uma galinha tonta

Que vivia assustada

Tinha medo até da sombra

E corria destrambelhada

Saia gritando socorro!

Estou sendo atacada.

x

E a pobre da ovelha

Quando era tosquiada

De vergonha se escondia

E não saia pra nada

Dizia ter vergonha

De viver assim pelada.

x

 

Na casa grande morava

Seu tempo era fazer doces

Nunca saia daquela cozinha

E no dia da feira na vila

Entregava tudo numa vendinha.

 

Tinha porco, peru e pavão

Um burro e dois jumentos

Que declamavam versos

Falando dos sentimentos

Quando um falava da felicidade

O burro só tinha ressentimentos.

 x

Seu Gumercindo. Há seu Gumercindo

Vivia levando tropeço

Com a memória falhando

Voltava lá do começo

Recontava essa história

E dizia! Ser feliz eu mereço.

 x

Autora- Irá Rodrigues

 

 

 

 

  

O BAILE

 

Certa vez aconteceu

Um baile na floresta

Chegou a formiga

Com uma estrela na testa

Querendo naquela noite

Ser a rainha da festa.

 

O urubu chegou apressado

Foi antes fazer faxina

Estava muito cansado

Vestia uma calça branca

O paletó era quadriculado.

 

O gambá não foi convidado

Mesmo assim apareceu

Soltou um bum fedorento

E dali se escafedeu

Com medo do macaco

Na cozinha se escondeu.

 

O rato muito guloso

Foi dar uma espiada

Destampou a panela

Justo da feijoada

Ono feijão quente caiu

Ficou de canela esticada.

 

A barata Josefina

Entrou com a sua cantoria

-Que quer casar comigo?

Tenho uma gorda aposentadoria

Vai viver de vida boa

Só me faça companhia.

 

Há...há...há, grita o papagaio

A barata vai viver só

Diz que é muito rica

E tem até saia de filó

Sem um tostão furado

Olha! dela eu tenho dó.

 

O galo Adamastor

Nem na festa apareceu

Disse que estava cansado

E cedo ele adormeceu

Roncava tão alto

Até o chão estremeceu.

 

Mas o galo por acaso ronca?

Perguntou o guaxinim

Dando aquela gargalhada

Lá no alto do jasmim

Respondeu a galinha Zezé

Ronca sim, sim, sim...

 

A tartaruga lerdada

Chamou a galinha Zizi

Que corria atrás

Da borboleta Lily

Quando o grilo deu um grito

Ela foi por ali...

 

A chuva resolveu cair

Molhou a casa do cupim

Que nervoso gritava

Tenham dó de mim

Chuva passa um pouco

Não faz pirraça assim.

 

A borboleta Zazá

Se nada achava graça

O vagalume apagou a luz

Só pra fazer pirraça

A formiga acendeu o fogo

Só subia uma fumaça.

 

Autora- Irá Rodrigues

 

 

NATUREZA

 

A chuva vai caindo

A natureza brotando

No encanto de cada flor

A beleza vai surgindo.

 

Pela chuva sendo regadas

Atraindo as borboletas

Lagartinhas e abelhas

Chegam juntas apressadas.

 

 

O beija-flor lamentava

Precisou ir ao mercado

Esqueceu a sombrinha

E a chuva não passava.

 

Autora- Irá Rodrigues

 

 

 

 

 

 

 

BATE PAPO DOS AMIGUINHOS

 

Fica o macaco pensando

Se o homem acabar a floresta

Árvores e rios vão morrer

 Não haverá mais festa

E para todos os moradores

Fugir daqui é   o que resta.

 

O sabiá triste falou

E se isso acontecer

Coitado dos passarinhos

Onde vamos viver

Aqui somos felizes

Deus vai nos proteger.

 

Com tanta maldade assim

E se acabar com as flores

Não haverá borboletas

Viveremos os horrores

A floresta fica triste

Se perder as suas cores.

 

 

 

 

CORDELZINHO DA RATA

No paiol de milho morava

Uma rata chamada lindeza

Assim foi batizada

Pela sua esperteza

Ela era muito querida

Pois defendia a natureza.

 

Era muito vaidosa

Se metia em aventuras

Junto com o primo

Faziam grandes loucuras

Invadiam as cozinhas

Quando estavam as escuras.

Um dia se deram mal

Comeram, esqueceram a hora

Quando ouviram um barulho

Vindo do lado de fora

Debaixo da pia se enfiaram

Até o gato ir embora.

 

As perninhas tremiam

O primo apavorado

A rata prometeu

Agora teria mais cuidado

O primo tremendo dizia:

Não quero ser devorado.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

CORDEL DA GALINHA

 

A galinha desobediente

Com medo de ir pra panela

Era só a dona chamar

Ela fugia pela janela

Mas também tinha que ser

A galinha magrela.

 

 A galinha queria liberdade

Dali poder escapar

Não queria ser servida

No almoço nem jantar

Por isso ela planejou

Do terreiro escapar.

 

 

Autora- Irá Rodrigues

 

 

 

 

 

 

 

 

FESTA NA FLORESTA

 

A chuva quando cai

A floresta é uma beleza

Os bichinhos se reúnem

Pra aplaudir a realeza

E tem sarau poético

No encanto da natureza.

 

Cada um traz o seu verso

E não falta inspiração

Na mais perfeita harmonia

Começa a programação

Os passarinhos chegam

Na maior animação.

 

Cada bichinho faz a sua parte

E não falta cantoria

Até o sisudo gavião

Entra declamando poesia

A coruja madrugadora

Colaboram com sua alegria.

 

A chuva com pingos dançantes

Com a Lua armam um esquema

Também querendo declamar

Pede ao Sol um tema

Que envia pelas nuvens

O mais belo poema.

E a chuva engrossando

O riacho começa a cantar

No embalo das águas

Também querem festejar

Convidando os peixinhos

Para virem dançar.

A chuva cansada foi embora

E agora o que resta

Para encerrar o sarau

Agradeceu a floresta

Em belas revoadas de pássaros

O tempo encerra a festa.

 

 

 O MACACO MALANDRO

 

Precisava preparar um bom jantar

Para impressionar a namorada

Mas como péssimo cozinheiro

Fez uma grudenta macarronada

Ficou um nojenta gororoba

Então fez uma salada.

 

Deixou queima a carne

Nada saiu como esperava

Derramou caldo quente na mão

O pobre corria e gritava

Enquanto os macaquinhos sorriam

Mais o pobre ele esperneava.

 

 

 

A noite estava chegando

O que servir a sua namorada,

Já sei! - Vou usar da minha esperteza

Servir banana caramelada

Esqueceu no forno assando

Ficou toda estorricada.

 

O pior de tudo aconteceu

O macaco não tinha solução

As bananas Esturricaram

Jogou tudo pelo chão

Só não arrancava os cabelos

Por amor e devoção.

 

 

Então pensou rapidinho

Vamos visitar a vizinha

Com certeza seremos recebidos

Com a mais saborosa comidinha

E ainda apresento a todos

A minha doce queridinha.

 

 

 

E assim o esperto fez

Quando a macaca chegou

Adiantou logo dizendo

A vizinha nos convidou

Vamos com eles jantar

A macaca nem estranhou.

 

 

 

O macaco não tinha vergonha

Vai mesmo se achegando

E sem nenhuma cerimônia

Na casa da vizinha foi entrando

Todo empolgado e saliente

A namorada foi apresentado.

 

 

 

 

O PUM DO GAMBÁ

 

Toda roça tem esse bichinho

Certo dia o tal gambá

Com toda sua estripulia

Foi passear com o tamanduá

No caminho ele soltou um pum

E começou a gaguejar.

 

O tamanduá quase cai

O pum saiu sem avisar

Dessa vez eu não percebi

Da próxima vez vou afastar

Desculpa ai camarada

Já que não posso segurar.

 

O tamanduá ficou zonzo

Ao ver que o amigo iria desmaiar

O gambá sacudiu as calças

Se anime vamos continuar

Foi uma fruta podre que comi

Culpa do macaco que foi me levar.

 

O tamanduá achou desaforo

Que falta de respeito

Oras! Oras! Seu fedorento

Soltar pum é seu direito

Mas bem ao meu lado

Quanto descaramento.

 

O gambá soltou outro

O tamanduá fugiu fumaçando

O gambá solta outro pum

Sacode a cauda, esse tá cheirando

É ruim eu prender meu pum

E segue cantarolando.

 

 

 

 

 

ASSEMBLEIA NA FLORESTA

 

A bicharada reunida

Começou a reunião

O macaco ficou calado

O tatu pediu atenção

Prefiro me retirar agora

Estou sem inspiração.

 

O guaxinim se levantou

Tenho uma reclamação

Eu estou bem chateado

Com os desmandos do leão

Quando vou colher sementes

Ele me chama de ladrão.

 

O gambá logo exclamou

Ele pega o que come

Isso do leão é ofensa

 Chama o amigo desse nome

Nós pegamos o que precisa

Para matar nossa fome.

 

Todos se levantaram

O macaco franziu a testa

O leão merece uma lição

Ele não é dono da floresta

Com seu ar imperioso

Acha que só ele presta.

 

A girafa olhou pra baixo

Dizendo o que ela sente

Precisa dizer ao leão

Orgulhoso e insistente

Que a floresta é de todos

E não seja intransigente.

 

Balançando o seu chocalho

Gritou temido cascavel

Ele que não seja bobo

Posso ser bem cruel

Quem merece ofereço doce

 O esnobe conhece meu fel.

 

Outros bichos falaram

Encerrando a reunião

O papagaio gritou

Vocês todos têm razão

Manda aquele metido

Tomar outra direção.

 

O macaco deu um pulo

Caindo na gargalhada

De todos eu sou mais esperto

De ruim não faço nada

Pulo de galho em galho

Com a minha macacada.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

NO SITIO DE GUMERCINDO

De tudo ali acontecia

O dia acordava cedinho

Lá vinha o quero, quero

Desfilando pelo caminho

Para alimentar os filhotes

Pega o pobre do besourinho.

 

Tinha o galo Adamastor

Que esquecia de acordar

E se era dia de chuva

O obre só sabia roncar

Assim o dia despertava

Sem o galo cantar.

 

No alvorecer da passarada

Nunca faltava alegria

O bem-te-vi atrevido

Era canto pra todo lado

Dizia declamar poesia.

 

Tinha uma galinha tonta

Que vivia assustada

Tinha medo até da sombra

E corria destrambelhada

Saia gritando socorro!

Estou sendo atacada.

E a pobre da ovelha

Quando era tosquiada

De vergonha se escondia

E não saia pra nada

Dizia ter vergonha

De viver assim pelada.

 

Na casa grande morava

Seu tempo era fazer doces

Nunca saia daquela cozinha

E no dia da feira na vila

Entregava tudo numa vendinha.

 

 

 

Tinha porco, peru e pavão

Um burro e dois jumentos

Que declamavam versos

Falando dos sentimentos

Quando um falava da felicidade

O burro só tinha ressentimentos.

 

Seu Gumercindo. Há seu Gumercindo

Vivia levando tropeço

Com a memória falhando

Voltava lá do começo

Recontava essa história

E dizia! Ser feliz eu mereço.

 

Autora- Irá Rodrigues

 

 

 

 

 

 

 



 

 

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AS PIPAS