terça-feira, 19 de julho de 2022

DONA ANDORINHA

 

 


 

Bailava por entre as flores, quando ouviu o beija-flor dizer que teria festa no jardim e todos os bichinhos foram convidados.

Ela cuidou de calçar seus sapatinhos de cetim, amarrar lencinho nas asas, assim seria a mais linda e cobiçada da festa.

Pensando em se divertir com suas pernas longas pegou a bolsa de pluma colocou na asa, amarrou um laçarote na cabeça, olhou-se no espelho das águas do lago. Se achou linda! Perfumou-se e saiu.

Voava tão baixinho quando encontrou dona pardoca desanimada ao lado do ninho.

- Que fazes ai amiga, não vai à festa? 

- Não posso, estou terminando de construir a minha casinha e logo terei filhotes.

A andorinha se despediu dizendo que se quisesse ir amanhã ajudaria na construção. Hoje é festa! Vamos nos divertir- Concluiu a andorinha.

A pardoca pensou, pensou. 

- Mas não tenho nada para me enfeitar. Não posso aparecer assim tão sem graça. 

A andorinha retirou da bolsa uma flor e com cuidado prendeu na cabeça da pardoca que se sentindo radiante seguiu a amiga pela floresta.

O calor estava intenso, com sede as duas pousaram no lago para beber água.

Lá estava a joaninha de asa baixa. Ao ver as duas todas enfeitadas foi correndo perguntar cheia de curiosidade;

- Vamos a festa no jardim! Você não foi convidada? Perguntou a pardoca.

- Sim, o vento distribuiu os convites, mas não me preparei para esse grande dia.

- Não pode perder amiga.

Agora é você que vai terminar essa história.

 

Autora Irá Rodrigues

 

 

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