quinta-feira, 7 de julho de 2022

CORDEL DOS BICHICHOS

 


LITERATURA POPULAR

 

Rabiscar um cordel

É história para contar

Trazendo em cada estrofe

A beleza de rimar

Falar da vida de um povo

Retratando o seu lugar.

 

Em livrinhos pequenos

Com boa reprodução

Descreva bem engraçado

As andanças do cidadão

Exponha bem arrumado

Pendurados num cordão.

 

 A capa em xilogravura

Se não sabe procure que faça

Ou desenhe do seu jeito

Importa é o verso com graça

Daqueles bem animado

Sem querer fazer pirraça.

 

O cordel atrai a atenção

Se falar do acontecido

Da vivência de um povo

Seja alegre ou entristecido

De amor ou de mistério

Que deixe o leitor entretido.

 

Viajar nos versos do cordel

É buscar lá na inspiração

Assuntos que o povo gosta

Seja mistério ou assombração

Todo mundo gosta de um caso

E daquela boa aglomeração.

 

Autora- Irá Rodrigues

 

 

 

 

 

O BAILE

 

Certa vez aconteceu

Um baile lá na floresta

Quando chegou a formiga

Com uma estrela na testa

Querendo naquela noite

Ser a rainha da festa.

 

 

Lá pra meia noite

O urubu chegou apressado

Foi antes fazer faxina

Estava muito cansado

Vestia uma calça branca

E o paletó quadriculado.

 

O gambá não foi convidado

Mesmo assim apareceu

Soltou um pum fedorento

E dali correndo se escafedeu

Com medo do macaco

No telhado se escondeu.

 

O rato muito guloso

Foi dá uma espiada

Destampou a panela

Justo da feijoada

No feijão quente caiu

Ficou de canela esticada.

 

Autora-Irá Rodrigues

 

 

 

O PORQUINHO COMILÃO

 

 O porco era conhecido

Como gorducho comilão

Tudo que achava comia

Não fazia digestão

Já pesava umas arrobas

Era mesmo um porco sem noção.

 

Guloso nada sobrava

Com toda a sua ganância

Comia e se lambuzava

Era muita extravagância

Nada sobrava aos irmãos

Sem estilo e ignorância.

 

Quando colocavam a tigela

Era o primeiro a aparecer

Com aquela barriga grande

Tudo queria comer

Ele era fora do comum

E não parava de crescer.

 

 

Autora-Irá Rodrigues

 

 

 

 

 

 

 

 

O GALO DESTRAMBELHADO

 

Tabaréu foi pra cidade

Achou que lá podia cantar

Do jeito que era na roça

Que podia se esguelhar

O coitado se deu mal

Foi obrigado a se calar.

 

Com seu topete emplumado

Acordava de manhãzinha

Ficava impaciente

Cutucava a galinha

Que no seu cocoricó

Despertava a vizinha.

 

 

Sem dar corda no despertador

O galo muito triste dizia

Quero voltar pra roça

Preciso despertar o dia

Essa é a minha função

Perdi a minha alegria.

 

Nem vontade sentia

De sair do seu poleiro

Sentia tanta saudade

De ciscar pelo terreiro

Melhor ficar por ali

E dormir o tempo inteiro.

 

 

Até as penas perdiam a cor

Não usava sua espora

A crista andava caída

Não saia mais lá fora

Vida de galo era na roça

E resolveu ir embora.

 

 

Autora- Irá Rodrigues

 

 

 

 

 

 
TUDO ACONTECE NA NATUREZA

 

O pobre já é desdentado

Todo metido a valentão

Se acha dono do pedaço

Ao rosnar é uma gozação

Quando chega o Totó

Ele perde sua posição.

 

 

Já não chove faz dias

Até o açude secou

O sapo entristecido

Bem cedo viajou

Foi morar no rio

E nunca mais voltou.

 

Era seca pra todo lado

O urubu marcou viagem

Sairia sem destino

Buscando outra paragem

Nas costas levou o saco

Com toda a sua bagagem.



A tartaruga lerdada

Sem ter outra solução

Andava pela estrada

Em busca de proteção

Quando viu o coelho

Correndo sem o calção.

 

 


Balançou a cabeça e seguiu

Logo ficou assombrada

A pobre da pardoca

Pelo gavião foi atacada

Sem nenhuma compaixão

A bichinha foi devorada.

  

Pra alegria da coruja

E de toda a bicharada

O céu logo escureceu

Armou uma trovoada

A floresta se alegrou

Quando caiu a chuvarada.

 

 


Autora- Irá Rodrigues



BATE PAPO DOS AMIGUINHOS

 

Fica o macaco pensando

Se o homem acabar a floresta

Árvores e rios vão morrer

 Não haverá mais festa

E para todos os moradores

Fugir daqui é   o que resta.

 

O sabiá triste falou

E se isso acontecer

Coitado dos passarinhos

Onde vamos viver

Aqui somos felizes

Deus vai nos proteger.

 

Com tanta maldade assim

E se acabar com as flores

Não haverá borboletas

Viveremos os horrores

A floresta fica triste

Se perder as suas cores.

 

 

 

 

CORDELZINHO DA RATA


No paiol de milho morava

Uma rata chamada lindeza

Assim foi batizada

Pela sua esperteza

Ela era muito querida

Pois defendia a natureza.

 

Era muito vaidosa

Se metia em aventuras

Junto com o primo

Faziam grandes loucuras

Invadiam as cozinhas

Quando estavam as escuras.


Um dia se deram mal

Comeram, esqueceram a hora

Quando ouviram um barulho

Vindo do lado de fora

Debaixo da pia se enfiaram

Até o gato ir embora.

 

As perninhas tremiam

O primo apavorado

A rata prometeu

Agora teria mais cuidado

O primo tremendo dizia:

Não quero ser devorado.

 

 


CORDEL DA GALINHA

 

A galinha desobediente

Com medo de ir pra panela

Era só a dona chamar

Ela fugia pela janela

Mas também tinha que ser

A galinha magrela.

 

 A galinha queria liberdade

Dali poder escapar

Não queria ser servida

No almoço nem jantar

Por isso ela planejou

Do terreiro escapar.

 

 

Autora- Irá Rodrigues 



FESTA NA FLORESTA

 

A chuva quando cai

A floresta é uma beleza

Os bichinhos se reúnem

Pra aplaudir a realeza

E tem sarau poético

No encanto da natureza.

 

Cada um traz o seu verso

E não falta inspiração

Na mais perfeita harmonia

Começa a programação

Os passarinhos chegam

Na maior animação.

 

Cada bichinho faz a sua parte

E não falta cantoria

Até o sisudo gavião

Entra declamando poesia

A coruja madrugadora

Colaboram com sua alegria.

 

A chuva com pingos dançantes

Com a Lua armam um esquema

Também querendo declamar

Pede ao Sol um tema

Que envia pelas nuvens

O mais belo poema.


E a chuva engrossando

O riacho começa a cantar

No embalo das águas

Também querem festejar

Convidando os peixinhos

Para virem dançar.


A chuva cansada foi embora

E agora o que resta

Para encerrar o sarau

Agradeceu a floresta

Em belas revoadas de pássaros

O tempo encerra a festa.

 


 Autora -Irá Rodrigues.


 O MACACO MALANDRO

 

Precisava preparar um bom jantar

Para impressionar a namorada

Mas como péssimo cozinheiro

Fez uma grudenta macarronada

Ficou um nojenta gororoba

Então fez uma salada.

 

Deixou queima a carne

Nada saiu como esperava

Derramou caldo quente na mão

O pobre corria e gritava

Enquanto os macaquinhos sorriam

Mais o pobre ele esperneava.

 

 

 

A noite estava chegando

O que servir a sua namorada,

Já sei! - Vou usar da minha esperteza

Servir banana caramelada

Esqueceu no forno assando

Ficou toda estorricada.

 

O pior de tudo aconteceu

O macaco não tinha solução

As bananas Esturricaram

Jogou tudo pelo chão

Só não arrancava os cabelos

Por amor e devoção.

 

 

Então pensou rapidinho

Vamos visitar a vizinha

Com certeza seremos recebidos

Com a mais saborosa comidinha

E ainda apresento a todos

A minha doce queridinha.

 

 

 

E assim o esperto fez

Quando a macaca chegou

Adiantou logo dizendo

A vizinha nos convidou

Vamos com eles jantar

A macaca nem estranhou.

 

 

 

O macaco não tinha vergonha

Vai mesmo se achegando

E sem nenhuma cerimônia

Na casa da vizinha foi entrando

Todo empolgado e saliente

A namorada foi apresentado.

 

 Autora -Irá Rodrigues.

 

 

O PUM DO GAMBÁ

 

Toda roça tem esse bichinho

Certo dia o tal gambá

Com toda sua estripulia

Foi passear com o tamanduá

No caminho ele soltou um pum

E começou a gaguejar.

 

O tamanduá quase cai

O pum saiu sem avisar

Dessa vez eu não percebi

Da próxima vez vou afastar

Desculpa ai camarada

Já que não posso segurar.

 

O tamanduá ficou zonzo

Ao ver que o amigo iria desmaiar

O gambá sacudiu as calças

Se anime vamos continuar

Foi uma fruta podre que comi

Culpa do macaco que foi me levar.

 

O tamanduá achou desaforo

Que falta de respeito

Oras! Oras! Seu fedorento

Soltar pum é seu direito

Mas bem ao meu lado

Quanto descaramento.

 

O gambá soltou outro

O tamanduá fugiu fumaçando

O gambá solta outro pum

Sacode a cauda, esse tá cheirando

É ruim eu prender meu pum

E segue cantarolando.

 

 

 

 

 

ASSEMBLEIA NA FLORESTA

 

A bicharada reunida

Começou a reunião

O macaco ficou calado

O tatu pediu atenção

Prefiro me retirar agora

Estou sem inspiração.

 

O guaxinim se levantou

Tenho uma reclamação

Eu estou bem chateado

Com os desmandos do leão

Quando vou colher sementes

Ele me chama de ladrão.

 

O gambá logo exclamou

Ele pega o que come

Isso do leão é ofensa

 Chama o amigo desse nome

Nós pegamos o que precisa

Para matar nossa fome.

 

Todos se levantaram

O macaco franziu a testa

O leão merece uma lição

Ele não é dono da floresta

Com seu ar imperioso

Acha que só ele presta.

 

A girafa olhou pra baixo

Dizendo o que ela sente

Precisa dizer ao leão

Orgulhoso e insistente

Que a floresta é de todos

E não seja intransigente.

 

Balançando o seu chocalho

Gritou temido cascavel

Ele que não seja bobo

Posso ser bem cruel

Quem merece ofereço doce

 O esnobe conhece meu fel.

 

Outros bichos falaram

Encerrando a reunião

O papagaio gritou

Vocês todos têm razão

Manda aquele metido

Tomar outra direção.

 

O macaco deu um pulo

Caindo na gargalhada

De todos eu sou mais esperto

De ruim não faço nada

Pulo de galho em galho

Com a minha macacada.

 

 

 Autora -Irá Rodrigues.

 

 

 

 

 

 

 

 

NO SITIO DE GUMERCINDO

De tudo ali acontecia

O dia acordava cedinho

Lá vinha o quero, quero

Desfilando pelo caminho

Para alimentar os filhotes

Pega o pobre do besourinho.

 

Tinha o galo Adamastor

Que esquecia de acordar

E se era dia de chuva

O obre só sabia roncar

Assim o dia despertava

Sem o galo cantar.

 

No alvorecer da passarada

Nunca faltava alegria

O bem-te-vi atrevido

Era canto pra todo lado

Dizia declamar poesia.

 

Tinha uma galinha tonta

Que vivia assustada

Tinha medo até da sombra

E corria destrambelhada

Saia gritando socorro!

Estou sendo atacada.

E a pobre da ovelha

Quando era tosquiada

De vergonha se escondia

E não saia pra nada

Dizia ter vergonha

De viver assim pelada.

 

Na casa grande morava

Seu tempo era fazer doces

Nunca saia daquela cozinha

E no dia da feira na vila

Entregava tudo numa vendinha.

 

 

 

Tinha porco, peru e pavão

Um burro e dois jumentos

Que declamavam versos

Falando dos sentimentos

Quando um falava da felicidade

O burro só tinha ressentimentos.

 

Seu Gumercindo. Há seu Gumercindo

Vivia levando tropeço

Com a memória falhando

Voltava lá do começo

Recontava essa história

E dizia! Ser feliz eu mereço.

 

Autora- Irá Rodrigues

 

 

 

 

 

 

 

O BAILE

 

Certa vez aconteceu

Um baile na floresta

Chegou a formiga

Com uma estrela na testa

Querendo naquela noite

Ser a rainha da festa.

 

O urubu chegou apressado

Foi antes fazer faxina

Estava muito cansado

Vestia uma calça branca

O paletó era quadriculado.

 

O gambá não foi convidado

Mesmo assim apareceu

Soltou um bum fedorento

E dali se escafedeu

Com medo do macaco

Na cozinha se escondeu.

 

O rato muito guloso

Foi dar uma espiada

Destampou a panela

Justo da feijoada

Ono feijão quente caiu

Ficou de canela esticada.

 

A barata Josefina

Entrou com a sua cantoria

-Que quer casar comigo?

Tenho uma gorda aposentadoria

Vai viver de vida boa

Só me faça companhia.

 

Há...há...há, grita o papagaio

A barata vai viver só

Diz que é muito rica

E tem até saia de filó

Sem um tostão furado

Olha! dela eu tenho dó.

 

O galo Adamastor

Nem na festa apareceu

Disse que estava cansado

E cedo ele adormeceu

Roncava tão alto

Até o chão estremeceu.

 

Mas o galo por acaso ronca?

Perguntou o guaxinim

Dando aquela gargalhada

Lá no alto do jasmim

Respondeu a galinha Zezé

Ronca sim, sim, sim...

 

A tartaruga lerdada

Chamou a galinha Zizi

Que corria atrás

Da borboleta Lily

Quando o grilo deu um grito

Ela foi por ali...

 

A chuva resolveu cair

Molhou a casa do cupim

Que nervoso gritava

Tenham dó de mim

Chuva passa um pouco

Não faz pirraça assim.

 

A borboleta Zazá

Se nada achava graça

O vagalume apagou a luz

Só pra fazer pirraça

A formiga acendeu o fogo

Só subia uma fumaça.

 

Autora- Irá Rodrigues

 

 

 

 

 

O URSO TATAU

 

Tatau morava num frondoso bosque

Onde construiu uma casinha

Ao lado corria   o riacho

Perto de uma vilazinha

Vivendo com a sua família

Tinha a raposa coo vizinha.

 

Quando os filhotes saiam

O papai logo recomendava

Cuidado para não se perderem

A mamãe se preocupava

A raposa de longe

A tudo observava.

 

Certa manhã resolveram

Seguir por outro caminho

Quando de longe ouviram

O choro de um passarinho

Começaram a procurar

Lá estava o pobrezinho.

 

Caído entre as folhagens

Com a asinha quebrada

Pegaram com todo cuidado

E saíram em disparada

Logo a mamãe cuidou

A asinha foi enfaixada.


O passarinho melhorou

Por ali resolveu ficar

Agora tinha os amigos

A que podia confiar

E assim termina a história

Quem quer continuar?

 

 Autora -Irá Rodrigues.

 

 

 

MANHÃ DE INVERNO

 

A coruja bocejou

O cachorro atravessou a praça

Vestido de pijama

O bem-te-vi achou graça

E cantou: bem-te-vi, bem-te-vi,

Continuou fazendo pirraça.

 

O cachorro foi fazer xixi

No banco de madeira

A coruja revoltada

Não gostou da brincadeira

Avançou com toda fúria

E correu dali ligeira.

 

Bem-te-vi, bem-te-vi

Cantarolava o passarinho

Deixando o cachorro

Todo estressadinho

Com suas orelhas caídas

Seguiu o seu caminho.

 

 

 Autora -Irá Rodrigues.

 

 

 

O BEM-TE-VI

 

Queria sua liberdade

Vivia muito zangado

Dizia não ter amigos

Estava entediado

O tempo por ali

Andava muito parado.


 E começa a observar

O encanto da natureza

Se pudesse voar

No meio daquela beleza

Mas foi aprisionado

Vivendo naquela tristeza.

 

Com os olhinhos marejados

Olhava o umbuzeiro

Onde os amigos cantavam

Entretidos o dia inteiro

E ele um nobre bem-te-vi

Vivendo prisioneiro.

 

 

Uma tarde ele ouviu

O som da grande festa

Lembrou coo era bom

A vida lá na floresta

Abaixando o bico triste

A prisão era o que lhe resta.

 

 

 Autora -Irá Rodrigues.

 

O JARDIM

 

Naquele jardim abandonado

Morava um grande inseto

Todos eram governados

Pelo gafanhoto Felisberto

Que fazia a harmonia

Daquele lugar discreto.

 

No meio das belas flores

Moravam as joaninhas

As centopeias que apareciam

Para perturbar as formiguinhas

As abelhas trabalhavam

Ao lado das suas amiguinhas.

 

O sabiá era o rei dos pássaros

Quando era dia de festa

Trazia toda a passarada

Que morava na floresta

E todos juntos faziam

A noite da seresta.

 

 Autora -Irá Rodrigues.

 

 

CORDELZNHO DO SAPO

O sapo Janjão

Se fazendo de esperto

Encontrou uma sapinha

Que não comia inseto

Era feia e metida

E não queria por perto.


Fugiu correndo do brejo

Foi parar na beira do rio

Caiu uma tempestade

O sapo tremeu de frio

Quando de longe viu o jacaré

Irritado dando assobio.


O pobre morrendo de medo

Saiu da água, foi se esconder

Sem coragem de sair

Esperou o dia amanhecer

Nem olhou pra água

E começou a correr.


 Não conhecias os perigos

Foi criado num jardim

Sua casa com banheira

Era embaixo do jasmim

O pobre gritava agoniado;

- Tenham pena de mim.

 

 

 Autora -Irá Rodrigues.

 

 

 

ENGENHEIRO DA NATUREZA

 

Verdadeira criação de Deus

O João-de-barro engenheiro

Um minúsculo passarinho

Também é carpinteiro

Pra construir seu castelo

Trabalha o dia inteiro.

 

No bico carrega barro

Faz do piso ao teto

Com toda sua perfeição

Ele também é arquiteto

A casa bem dividida

E olha que não tem projeto.

 

 

Tem árvore com umas cinco

Encantando o ambiente

Parece até condomínio

O João-de-barro é exigente

Entra e sai sem falar com vizinhos

Parece os coronéis de antigamente.


O periquito quando invade

Se acha estar num hotel

Expulsa o próprio dono

E nem paga aluguel

Diz que agora é o dono

E registra no papel.

 

O pobre João-de-barro

Sem ter outra opção

Pega a sua companheira

Busca outra direção

Melhor construir outra casa

Evitando a discursão.

 

Autora -Irá Rodrigues.


O BEM-TE-VI


Morava numa gaiola

Só acordava zangado

Dizia não ter amigos

Vivia entediado

Reclamava até do tempo

Que andava muito parado.


E começa a observar

O encanto da natureza

Se pudesse voar

No meio daquela beleza

Mas foi aprisionado

Vivendo naquela tristeza.

 

Seus olhinhos marejados

Olhava o umbuzeiro

Onde os amigos cantavam

Felizes o dia inteiro

Ele um pobre Bem-te-vi

Obrigado a ser prisioneiro.


Uma tarde ele ouviu

O som de grande festa

Lembrou como era feliz

Vivendo lá na floresta

Baixando o bico triste

A prisão era o que resta.

 

 

CORDELZINHO DA ÁRVORE

 

Vou falar da amiga árvore

Da sua grande nobreza

Feliz de quem dela cuida

Como bem da natureza

Dela tiramos o bem

É a nossa maior riqueza.

 

É o filtro do nosso ar

E também ornamental

Uma cidade arborizada

É algo bem especial

Precisamos ter cuidado

E nunca lhe fazer mal.

 

A árvore é necessária

Para todo ambiente

Seja na cidade ou no campo

Fornece sombra pra gente

Se ela é vem cuidada

Desperta feliz e contente.

 

Imagine todas utilidades

Tem aquelas bem frondosas

Traz tantas variedades

Algumas são bem cheirosas

Carregadinha de flores

No seu porte é magestosa.

Então hoje é dia festivo

Vamos da árvore falar

Imagine os passarinhos

Onde gostam de morar

Nos seus galhos protegidos

Constroem o seu lar.

 

Autora -Irá Rodrigues.

LEI Nº 9.610, DE 19 DE FEVEREIRO DE 1998.

Altera, atualiza e consolida a legislação sobre direitos autorais e dá outras providências. Art. 1º Esta Lei regula os direitos autorais, entendendo-se sob esta denominação os direitos de autor e os que lhes são conexos.

 

 

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