quinta-feira, 7 de dezembro de 2017

ÚLTIMO DIA DE AULA- CONTO DE NATAL






Como era de costume todos os anos acontecia à festinha de Natal onde os comerciantes da cidadezinha contribuíam com presentinhos para as crianças do vilarejo vizinho. Mas cada um escolhia uma criança a ser presenteada  pelo Papai Noel.
Juca era seu primeiro ano na escola e como nunca havia ganhado presentes ao ouvir seu nome e o Papai Noel segurando um embrulho o menino arregalou os olhinhos olhou para todos sem entender, pois não seria ele o menino que estava sendo chamado, mas era ele mesmo a professora olhou e disse:
-Vamos Juca é você mesmo levante e vá receber seu presente.
- O menino correu com seu corpinho franzino abraçou o seu presente todo embrulhado em papel vermelho com laçarote azul. Nem ficou mais na festinha saiu em disparada em direção a sua casa, ele descia a estradinha de terra correndo como um raio parecia ter medo que tomassem seu presente de volta.
Ofegante entrou na casa gritando: Mãe irmãos pai olhe eu vi Papai Noel ele chamou meu nome e me deu esse presente. Olhem! Vejam!
Todos correram para a porta sentaram no batente e juntos abriram a caixa. Os olhos do menino brilharam ali dentro tinha um sapato preto com cadarços, era seu primeiro sapato. Pensou: será que meu pé vai gostar de ficar aqui dentro sufocado?
Mas a alegria era tanta que não tinha tempo para falar nada apenas enfiando seu pé magrinho dentro do sapato.
Seus pés calçados o menino corria parecia flutuar enquanto a família ria de ver o contentamento do menino, sabiam que nunca teriam dinheiro para dar um par de sapatos Juca só tinha velhas alpercatas que recebiam em caridades na igrejinha.
 O menino não tirava o sapato do pé, a mãe dizia: Juca assim vai gastar tanto que na noite de Natal ele vai está velho e furado de tanto ficar andando por ai. Mas Juca nem ligava estava muito feliz em ver seus pezinhos calçados, o cheiro de coro novinho já não existia, todas as noites quando ia se deitar retirava os sapatos limpava com um pano velho e enrolava como se o sapato fosse sentir frio.


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AS PIPAS