terça-feira, 31 de maio de 2016

TODAS AS MANHÃS


Nem bem um fiozinho de sol surgia
Ele voava ultrapassava o mar
Na janela pousava era aquela alegria
Cantava declamando versos de amar...
O passarinho tinha muitas amiguinhas
E não se contentava em cantar com exclusividade
Depois de cantar voava para as suas conversinhas
Mas o passarinho não sabia dizer a verdade...
Sua amada acostumada a ser despertada
Pelo inebriante canto do passarinho
Acorda tarde triste e desanimada
Sem mais esperar o seu carinho...
E aquilo que se dizia amor desapareceu
Feito pássaro em gaiola aberta
Tudo isso aconteceu depois que conheceu
A maldade de uma coruja velha...
Hoje fica apenas a saudade
O passarinho com certeza não volta mais
Resta a sua amada viver a realidade
Isso sim será o melhor que ela faz...
Ou quem sabe deixando a janela aberta
Um novo passarinho possa resolver cantar
É Natal tempo de ser feliz e na certa
A felicidade e o canto possam voltar...

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