sexta-feira, 21 de março de 2025

DESCOBERTA

  


 

Era uma dessas ruas onde moravam muitas crianças, todas eram amigas, se começava uma aventura a turminha logo se animava. Certo dia ouviram um velho falar que no final do bairro, bem pertinho da floresta onde passava um riachinho tinha uma casa assombrada, há muitos anos suspeitavam de que ali moravam uma família que foram escorraçadas deixando para traz uma filha que por ser muito feia era considerada uma bruxa.

As crianças ao ouvir aquela história se reuniram atrás da capelinha e combinaram que iriam investigar aquele mistério onde diziam que ninguém até hoje teve coragem de passar perto. Como era segunda-feira teriam que ir à escola e ainda fazer as tarefas de casa, então combinaram que seria no sábado logo de manhãzinha. Antes das oito da manhã engoliram o café e se encontraram no mesmo local onde realizavam as suas reuniões. Os mais corajosos seguiam na frente levando apenas água.

- Como vamos entrar se a casa estiver trancada? Perguntou Zezinho o mais medroso de todos.

- Isso não é problema, já planejamos tudo ontem à noite, aqui está o nosso melhor guia: Falou alisando a cabeça do seu fiel amigo o cachorro vira-lata.

Os outros seguiam o líder Marquinhos que era o maior e mais corajoso do grupo.

Ao chegarem na porteira em frente à casa, perceberam que estava com um cadeado já enferrujado, então, resolveram passar por entre os arames que se encontravam quebrados em um ponto da cerca.

Ao chegar do outro lado o mato estava alto, seguiram por um caminho estreito que dava bem ao lado de uma porta com vegetação encobrindo.

De repente todos pararam, o medo fez com se arrepiassem, as pernas começaram a tremer, o pobre do cachorro se encolheu nas pernas do dono. Quando ouviram um estalo do outro lado da porta, nem esperaram para saber do que se tratava, foi uma correria que só pararam quando estavam sentados na pracinha com o corpo tremendo e um palmo de língua de fora.

Por muitos dias não voltaram a falar daquela aventura. Mas quem afirma que eles irão desistir?

 

 

Autoria- Irá Rodrigues




DONA ONÇA

 


 

Resolveu se mudar para uma floresta do outro lado das montanhas, ao chegar viu que era um paraíso, logo cedinho saiu em busca de um lugar onde pudesse construir a sua casa, pretendia criar uma família bem longe dos perigos.

Oba! Encontrei o local ideal, irei limpar, cortar cipós e levantar minha casa com madeiras, cobrirei com folhagens assim a noite poderei olhar as estrelas, pensou dona onça toda animada.

E assim, com toda coragem começou a construção, as paredes fez de taipa, a água era bem ao lado onde corria um riachinho, as madeiras e folhagens não precisou andar muito para conseguir.

Na frente deixou uma porta larga e duas janelas, nos fundos apenas uma janela onde poderia ver o alto da montanha.

A casa estava pronta, hora de colocar os móveis. Uma cama grande feita de troncos de bambu, uma mesa e um uma rede tecida com cipó.

Certo dia, enquanto dormia tranquila em sua rede, apareceu um atrevido macaco dizendo:

- A partir de hoje resolvi morar aqui com dona onça. Vem aí um pé de vento, quem estiver desabrigado será levado sei lá para onde.

Dona onça deu um salto.

- Que história é essa? Trabalhei sozinha, não vou aceitar você seu macaco atrevido ocupando o meu espaço.

O macaco, no entanto, se mostrando valentão retrucou: Preciso de um lugar seguro ou serei levado pelo pé de vento. A floresta é de todos, a senhora é forasteira, ou me aceita ou iremos destruir sua casa e expulsar da nossa floresta. Gritou o macaco furioso.

Dona onça, temendo a fúria do macaco disse:

- Tudo bem, ajudarei a levantar outra casa, eu fico na minha, você na sua. O macaco muito malandro e preguiçoso deitou-se na rede e ordenou que dona onça fizesse todo o trabalho.

Dona onça, estava cansada e com medo de que o macaco chamasse seu grupo e destruísse a sua casa, estava com tanto medo, saiu na carreira deixando o macaco sendo o dono da sua casa.

O macaco sem vergonha além de ocupar a casa da onça, ainda amedrontava a pobre fazendo com que fugisse para outra região.

 Irá Rodrigues...

 

 

 

UMA COR PARA CADA SENTIMENTO

 


 

De branco bordo a paz

O amor e esperança

Pinto de dourado

Meu sonho de criança.

 

De amarelo pinto meus dias

De azul a amizade

Das cores das estrelas

A nossa felicidade.

 

De rosa pinto meus sonhos

De verde o amanhecer

Colorido pinto as flores

De laranja, o entardecer.

 

De vermelho faço arremates

De sonhos e fantasias

Em cada sentimento

Bordo cores de poesias.

 

 Irá Rodrigues

LILICO O RATINHO GULOSO

 


 

O ratinho Lilico era muito guloso, tudo que encontrava, comia depressa sem ao menos descansar.

Dona ratinha sua mãe, sempre alertava:

-            Não seja tão afobado, uma hora dessas vai se engasgar com a sua própria gula.

O malandrinho do ratinho nunca ouvia os conselhos da sua mãe e continuava com as suas aventuras.

 

Certo dia, o ratinho foi ao parque. Era domingo, estava cheio de crianças;

-            Oba! Onde tem criança, têm muitas gostosuras: Pipoca, biscoitos, queijos e bombons. Pensou o ratinho salivando.

 

Ao ver pedaços de queijos bem ao seu lado, o ratinho não resistiu, afobado como era, não parava para mastigar e com toda a sua gula devorou e ainda lambeu os farelos.

 

Irá Rodrigues

NO JARDIM

 

 


 

O beija -flor

Baila sem pressa

Espalha amor.

 

 

As abelhinhas

Sugam o néctar

Satisfeitas

Batem as asinhas.

 

Com o mais puro mel

Enchem o baldinho

Pinta a colmeia com seu pincel.

 

Sai vagando

Na tarde primaveril

As belas flores

Vai sugando.


Irá  Rodrigues

 

 

AMIZADE

 

 


 

É como flor

Sendo abraçada

Pelas borboletas.

É como café quentinho

Com bolo de fubá.


É um abraço apertado

Deixando a gente contente

Trazendo no coração

Aquele abrigo

Nos deixando tranquilo.


É sabor de chocolate

Ternura de um cafuné

É sentir aquela leveza

Na troca de palavras.

 

 

Autoria- Irá Rodrigues

 

A BRISA

 


 

Voa feito passarinho

Vira ventania

Pousa faz redemoinho

Bagunça gravetos

Na beirada do caminho.

 

Sobe em árvores

Bagunça as folhas

Derruba raminhos

Que protegem os ninhos.

 

Mergulha no lago

Faz acrobacia

Espanta os peixinhos

Ah! Que folia.

 

Autoria- Irá Rodrigues

 

CONVERSA NO JARDIM

    Chega à joaninha Pousa na flor do jasmim Confabula com as borboletas Falam mal do cupim.                               Con...