terça-feira, 11 de dezembro de 2018

POESIAS DE NATAL!






NOITE DE NATAL!

Do seu barraco no alto de um morro um garoto olhava lá embaixo as casas todas iluminadas, carros  luxuosos chegando com certeza traziam lindos presente, a ceia deveria ser regada com as mais finas iguarias, e as crianças, sem duvida todas brincando em volta da enorme árvore decorada com luzes e presentes.
Era noite de Natal, mas o garoto não tinha nada, vivia com a mãe muito pobre, mas ele tinha um sonho e assim seguindo para o local mais alto do morro sentou-se, com os olhos presos no céu fez o seu pedido:
- Papai Noel, eu sei que está muito ocupado entregando presentes a tantas crianças e não vai nem notar que aqui no alto do morro tem um garoto que também queria ganhar um presente, não um daqueles caros e bem grande, pode ser bem pequenino e baratinho, aquele esquecido que as crianças não quiseram, ou pode  ser usado eu vou amar do mesmo jeito.
Então Papai Noel  eu vou deixar embaixo dessa árvore o meu pedido, desculpa eu não tenho sapato somente essa sandália emendada de arame, é a única que tenho, mas está lavada e faz de conta que é um sapato bem bonito daqueles de cadarços a espera de um singelo presente.
Sabe Papai Noel, a mamãe disse que Jesus era tão pobre como eu e que morava também num lugar bem humilde, mas é tão ruim ver tantas coisas lindas e não poder nem chegar perto.
Mas eu não tenho inveja, mesmo vivendo com a minha mãe num barraco com o telhado todo esburacado é lindo dormir vendo as estrelas, ruim é quando chove e ficamos encharcados, mas lá tem amor e sempre dormimos abraçados pedindo a Deus um futuro melhor, um trabalho para a minha mãe e uma escola onde eu possa estudar.
Sabe Papai Noel, brinquedo eu faço de lata, manda um pão assim eu e a minha mãe teremos uma ceia e com certeza comeremos como se fosse o maior banquete na mesa dos ricos.
Acredite vamos ter o melhor Natal das nossas vidas.
Obrigada Papai Noel.

                      Garoto sem nome...


Autoria- Irá Rodrigues




CARTINHA PAPAI NOEL!

Já coloquei meu sapatinho
Não esquece o meu presente
Escuta o que vou te pedir
Traz meu amigo ausente...

Não quero presentes caros
Quero uma cesta recheada
De amor caindo dos lados
Carinhos bem recheados...

Quero também sentimentos
Um pouco de luz não faz mal
Não esquece Papai Noel
Meus presentes de Natal...

Não quero presentes caros
Nem embrulhos caprichados
Quero paz e o amor abraçados
Quero família com gostinho de abraços...

autoria- Irá Rodrigues.



  
BILHETINHO PARA PAPAI NOEL

Papai Noel eu não tenho sapato
Para colocar com o meu bilhetinho na janela
Mas tenho uma sandália velha
Vou pedir um presente bem barato...

Pode ser uma bola ou um carrinho
Pode até ser velho eu não ligo
É que a gente aqui do abrigo
Deixa os brinquedos para os menorzinho...

Eu sei Papai Noel que tem muitas crianças para visitar
E se por  acaso o senhor se esquecer
Mesmo assim vou agradecer
Olhar feliz para o céu e ver o senhor passar...

Quem sabe no ultimo  momento
Vai se lembrar daquela sandália na janela
É aquela velhinha de tira amarela
Será que pode ver lá do firmamento?

Ah! Eu já ia me  esquecer de assinar
Esse bilhetinho que escrevi com o coração
Que todo o dia pede em sua oração
Uma família para esse menino sem lar...

Assina: Natal da Esperança










OS SÍMBOLOS DO NATAL

O galo com seu canto anuncia
O nascimento do menino Jesus
O fim das trevas, começo de um novo dia.

O sino com suas badaladas
Falam da alegria da vida
O sino que Jesus nasceu.

Os presentes representam o grande presente
Deus – aquele que se fez nosso irmão
Que nos uniu na oração
Na paz na fé e na união...

A árvore ou pinheirinho sinal de vida
O verde alimenta a esperança
Os enfeites significam bons frutos
Oferecidos por Jesus à humanidade...

A estrela serviu de guia para os magos de Belém
Símbolo de Cristo- luz do mundo
E assim disse Jesus: eu sou a luz
Quem me segue não andará nas trevas...

O presépio estrebaria ou curral
Ajuda a preparar o nascimento de Jesus
O estábulo demonstra a grandeza de Deus
Representada pela fragilidade de uma criança..

autoria- Irá Rodrigues









UM PEDIDO ESPECIAL

Meu amigo Papai Noel

Sei que vai me ouvir ai do céu
Estou aqui com meus dois irmãozinhos
A espera de um presentinho...

Eu sei que é difícil você me ouvir

Mas vou falar baixinho bem baixinho assim
Sabemos que a noite de Natal
É uma data muito especial...

Sapatos eu não tenho para colocar na janela

Não tenho nem porta para passar por ela
A nossa casa é sem parede sem luz
Mas no nosso coração mora o menino Jesus...

Aqui de cima eu olho as luzes piscando

E ai Papai Noel eu fico imaginando
Naquelas casas deve ter ceias tão gostosas
Com doces e comidas bem saborosas...

Papai Noel eu queria fazer uma ceia

Nem precisa ter de tudo nem mesa cheia
Uma fruta um doce e um pão
Seria um banquete para os meus irmãos...

Depois Papai Noel eu olharia o céu e agradeceria

Sentados aqui mesmo sem teto só o chão
Encantaria com as estrelas piscando e diria:
Obrigada Papai Noel pelo saboroso pedaço de pão....

autoria- Irá Rodrigues-


CHEGA O NATAL


Natal!
Data que deveria ser diferente
Que olhassem para essa gente
Que soubessem o verdadeiro significado
Do Natal do menino Jesus...

Quantas crianças abandonadas
Pela família pela vida e pela sociedade
Que vive coberta de maldade
Sem um olhar nas frias madrugadas...

Quantos corações sem esperança
De sonhos esquecidos
Sonos mal dormidos
Na vida de muitas crianças...

Quantas injustiças nessa  vida
Muitos com tanto luxo na noite de Natal
Outros sem um pedaço de pão
Só tristeza no coração...

Chega o Natal – pedimos Senhor
Quando o sino da capela badalar
Estende tua luz para amparar
As crianças que tanto precisam de amor...

Quantos velhos em asilos abandonados
Sem ter a família para desejar Feliz Natal
Quantos precisam  de um abraço e proteção
apenas uma visita um carinho faz bem ao coração...





 Autoria- Irá Rodrigues


PAPAI NOEL

Na noite de Natal
Vou me ajoelhar
Fazer meu pedido
E te esperar...
Eu sei Papai Noel
Que a fé e a esperança
Nunca há de morrer
No coração de uma criança...
Vou colocar meu sapatinho
Mesmo assim bem velhinho
Lá na janela do meu quarto
Assim Papai Noel
Tu podes ver lá do céu...
Mas não se esquece das criancinhas
Que moram nas ruas
Sem um lar sem carinho
Traz apenas  um presentinho...
Sabe Papai Noel
Se não sobrar presentes
Pode enviar o meu
Vou ficar aqui pedindo
A quem nunca teve família
Que o bom velhinho nesse  Natal
Traga um pouco de alegria... 



NATAL DO MEU PASSADO

Como falar sem relembrar meu passado
A minha infância onde era tudo tão simples
A árvore era um galho forrado de algodão
Luzes só das estrelas no céu
E a espera do velhinho Papai Noel...

A noite de Natal a família se reunia
Primeiro na igrejinha
Onde era feito as orações
O amor e a paz inundavam os corações...

E logo que terminavam
Era hora de degustar doces fritos
Criança não tomava vinho
Mas tinha os sucos e bolinhos...

Antes de dormir era hora de correr até a janela
Cada um escolhia onde colocar o seu sapatinho
E quando o dia raiva era aquela correria
Todos queriam ver o seu presentinho...

Dentro daquela simplicidade tinha amor
O presente era uma fita uma meia
 Uma boneca-  Que alegria
A gente feliz e a tudo  agradecia...




 Vivida na fazenda
Tudo ali era singelo
Não tinha maldade
Só reinava a bondade...

A noite chegava
Era aquela alegria
O sapatinho se colocava
E com  ansiedade esperava...

Natal era um sonho encantado
Sapato novo vestido engomado
Tudo cheirava alegria
Era pura magia...

E quando a noite chegava
Olhávamos para o céu
Queríamos avistar
O bom Papai Noel...

A casa se enchia de luzes
Os amigos iam chegando
Era tudo tão lindo
Crianças brincando e sorrindo...

Ao deitar fazia orações
Pedindo ao Menino Jesus
Que nos guiassem unidas
Cobrindo-nos de luz...

Lembro-me até hoje do meu primeiro presente
Era uma bonequinha de pano
Daquela bem simplesinha
Mas foi meu melhor presente...

E assim é um dos meus Natais
O que lembro e nunca esqueço
Hoje recordo feliz
Momentos assim nunca mais...

No presépio o menino Jesus
 Dormia  sereno na manjedoura
A sala ficava festiva
Uma paz acolhedora...





                                                                    





 Vivida na fazenda
Tudo ali era singelo
Não tinha maldade
Só reinava a bondade...

A noite chegava
Era aquela alegria
O sapatinho se colocava
E com  ansiedade esperava...

Natal era um sonho encantado
Sapato novo vestido engomado
Tudo cheirava alegria
Era pura magia...

E quando a noite chegava
Olhávamos para o céu
Queríamos avistar
O bom Papai Noel...

A casa se enchia de luzes
Os amigos iam chegando
Era tudo tão lindo
Crianças brincando e sorrindo...

Ao deitar fazia orações
Pedindo ao Menino Jesus
Que nos guiassem unidas
Cobrindo-nos de luz...

Lembro-me até hoje do meu primeiro presente
Era uma bonequinha de pano
Daquela bem simplesinha
Mas foi meu melhor presente...

E assim é um dos meus Natais
O que lembro e nunca esqueço
Hoje recordo feliz
Momentos assim nunca mais...

No presépio o menino Jesus
 Dormia  sereno na manjedoura
A sala ficava festiva
Uma paz acolhedora...




NATAL
Como falar sem relembrar meu passado
A minha infância onde era tudo tão simples
Cartinhas penduradas em árvores
Luzes só das estrelas no céu
E a espera do velhinho Papai Noel...

A noite de Natal a família se reunia
Primeiro na igrejinha
Onde era feito as orações
O amor e a paz inundavam os corações...

E logo que terminavam
Era hora de degustar doces fritos
Criança não tomava vinho
Mas tinha os sucos e bolinhos...

Antes de dormir era hora de colocar os sapatinhos
E quando o dia raiva era aquela correria
Todos queriam ver o seu presentinho...

Era tudo muito simples
Uma fita uma meia
Tudo que recebia
A gente agradecia...



PAPAI NOEL


Tantas crianças com sapatos
Nem uma alpercata nova eu tenho
Então vou colocar na minha janela
Essa velhinha, mas está bem limpinha.

Amanhã bem cedinho voltarei aqui
Quem sabe encontro um presente
Pode ser usado e bem baratinho
Meu pai conserta e vou brincar feliz...

Olha Papai Noel,
Eu fico aqui de cima olhando as luzes
Que enfeitam as casas e as ruas
Fico imaginando como deve ser lindo
Brincar nos jardins todos iluminados...

Crianças bem vestidas correndo
Mesa farta com uma ceia gostosa
E os doces.  Hum! Deve ser deliciosos...

Sabe Papai Noel, - Eu não fico triste,
Daqui do alto fico pertinho das estrelas
E quem sabe posso até ver o menino Jesus...





ÁRVORE DE NATAL

Resolvi montar uma árvore
Toda ela especial
Descartei tudo de velho
Quero algo bem legal...
No ouro das estrelas
Colei beijinhos e brigadeiros
As bolas trocadas por bombons
Todos com sabores e cheiros...
E fui arrumando
Docinhos de todo tipo
Não aguentava e comia
Um só nem percebia...
E no final que delicia
Minha árvore toda perfeita
Confeites de chocolate
Meu Natal enfeitado de magia...
E assim lembrei os amigos
Com guloseimas
Amor
Chocolates
Fiz aquela festança
Fiz bagunça fui criança...






NATAL DE JESUS

Quando chega a época natalina
Tanta reflexão nos rodeia
A importância da ceia
Das lições que a bíblia nos ensina...

Na sala a manjedoura incompleta
Falta amor falta alegria
Falta amor e harmonia
A união que Jesus decreta...

Jesus Cristo era modesto
Sem pensar em vida de riqueza
Dele só tinha um gesto...

De amar a todos sem distinção
Na simplicidade em que nasceu
Mas da nobreza em seu coração...




Autoria-Irá Rodrigues

terça-feira, 4 de dezembro de 2018

NA HORTA






A berinjela estava roxinha de raiva, sem saber o motivo de tanta chateação, sentindo-se ofendido o quiabo foi tomar satisfação.
- Ora, ora! – Você com essa cor de dar inveja fica ai resmungando, olhe pra mim magrelo, comprido e sem graça e mesmo assim não reclamo da vida, se sou colhido é bom se me esquecem melhor assim posso espalhar minhas sementes e novos pés nascerão.
A berinjela muito vaidosa, diz isso porque não é você que vai ser colhida daqui a pouco e acabar no forno sendo gratinada naquela quentura toda. Só em lembrar fico roxa roxinha.
O tomate que ouvia a conversa espichou-se nos galhos e disse:
- Conforme-se! É o nosso destino pior somos nós pobres tomates que seremos processados transformados em molho e preso em um vaso até que resolvam nos usar em suas gordurosas macarronadas ou nas saborosas lasanhas e até nas pizza onde garotos ficam todos lambendo os dedos.
- Quem nasceu conformado, morre conformado. Gritou a berinjela irritada e roxinha de raiva,
Enquanto o pimentão gritava: - Nunca ouvi tantas bobagens juntas, parem de reclamar, ou seremos colhidos ou comidos pelos bichos.
O maxixe arrepiou-se e disse baixinho na ponta da rama:
- Nunca pensei assim, sou espinhento quase ninguém aprecia e nem por isso vivo reclamando,
- Cale a boca não se compare ao meu estilo de dama, Gritou a berinjela cada vez mais roxa.
A cenoura enfiada na terra não poderia se manifestar, começou então a planejar: assim que fosse retirada daria a sua opinião.
E assim a discussão durou até a hora da colheita onde cada um teve o seu destino.



Autoria- Irá Rodrigues

A HISTORIA DE UMA BORBOLETA





Lá no sitio do senhor José bem no alto da colina, onde até o vento pede licença para passar tudo que acontece é de conhecimento sem escapar nem se quer uma formiguinha cortando folhas sem permissão.
Uma manhã quando andando pelo pomar seu José viu de longe uma coisa estranhas, era um casulo tão grande que mais parecia abrigo de um gigante e não de uma pobre lagarta. Olhou admirado  e resolveu que era preciso olhar de bem pertinho para avaliar o tamanho  da borboleta que despertaria dali. E assim todos as manhãs e as tardinhas  ele ia observar, analisar as mudanças, mas tudo continuava igual.
Uma semana depois o dia amanheceu chovendo fazia um pouco de frio, seu José acordou mais tarde que de costume, lembrou-se do casulo, correu pegou uma capa se protegeu e correu até o pomar.
O casulo tinha se rompido, mas onde foi parar a borboleta gigante? Assim  curioso ele se perguntava.
Olhou em todas as árvores, em todas as flores, quando desanimado resolveu voltar quando ao virar viu a mais linda borboleta num tronco tentando bater as asas para voar, mas ela não conseguia, seu José até pensou em ir ajuda-la, mas resolveu ficar mais um tempo observando o papel da natureza  e sabia que aquela vitória era apenas dela. A borboleta continuava lutando e ele só sairia dali quando ela conseguisse. Horas e horas de luta sem desistir, finalmente foi o mais lindo espetáculo, a borboleta ficou na ponta dos pés, empinou as antenas, abriu suas longas asas e bateu voando pelo jardim até sumir entre as flores no meio da chuva que caia.
Seu José encantado com aquela beleza correu para casa onde contaria aquela linda história.



Autoria- Irá Rodrigues

A ÁRVORE MÁGICA






Era uma vez, alguns animais andavam pela floresta quando deparam-se com uma enorme árvore carregada de frutos vermelhos, todos os bichos ficaram encantados com aquela cor cobrindo todas as folhas, era um empurra, empurra querendo ser o primeiro a provar, mas tinha medo de ser ruim ou quem sabe venenosa, o morcego todo saliente se achando o espertinho cuidou logo de dar uma dentada e bum... caiu durinho no chão, todos os bichos assombrados corriam para longe da árvore, um gritava essa árvore é amaldiçoada seus frutos são venenosos, não cheguem perto gritavam andando de costas com seus olhos esbugalhados.
Logo pousou por ali um urubu que nem de frutas gostava, mas foi ser gentil e avisou que aquela árvore era mágica se não colhessem correto seus frutos poderia matar quem a pegasse. E pediu que ficassem longe.
- Mas como saber quando podemos comer se o pobre do morcego comeu e caiu duro no chão. Disse o sabiá com seu bico salivando diante das belas frutas.
- Esperem até o anoitecer, fiquem bem quietos assim que o sol partir uma velha chegará para colher e apenas ela saberá dar as informações. Disse o urubu batendo asas e partindo.
E assim fizeram, todos encolhidos atrás da vegetação, não se mexiam muito menos respiravam, quando depois que o sol se foi uma velha chegou e com cuidado começou a colher frutos enchendo a cestinha que trazia.
O esquilo se adiantou, correu até a velha e perguntou:
- Qual mistério dessa árvore e o segredo desses belos frutos. Queremos saber para poder comer sem cair duro como o pobre morcego.
A velha colocou a cesta no chão, pegou uma fruta entregou ao esquilo e disse que poderia comer. O esquilo deu um pulo para trás.
- Deus me livre e cuide da minha gula, coma a senhora primeiro, sou muito novo para morrer.
A velha com apenas dois dentes mordeu a fruta saboreando como se fosse a coisa mais gostosa do mundo, o suco escorria pelo canto da boca e ela degustando uma duas e outras dentadas até sobrar o caroço que jogou fora.
Aquilo animou o paladar dos bichos que se aproximaram curiosos querendo subir na árvore para tirar o maior numero de frutas e comerem até se fartarem.
A velha ao ver aquela euforia gritou: Quem subir nessa árvore cai de lá mortinho, não se atrevam.
- Então nos conte por favor, só queremos provar essa fruta tão linda e ao mesmo tempo misteriosa que pode até matar,- Gritou a tartaruga com sua cara de sono.
A velha já estava impaciente com toda aquela agitação em volta da árvore mágica.
- Fiquem todos quietos ou não tem explicação, vou falar bem devagar se fizerem errado vai se juntar ao morcego.
Todos os bichos se sentaram em volta da velha em silencio prestaram atenção ao que ela dizia:
- Essa árvore é mágica, suas frutas a salvação para quem sabe colher e morte para quem chega aqui aflito e vai colhendo sem saber a hora e dia certo. Muitos podem até desaparecer num passe de mágica e nunca mais voltar.
Os bichos cada vez mais curiosos e ansiosos para desvendar aquele mistério nada diziam.
- Essa árvore só dá frutos uma vez por ano e sua colheita tem que ser sempre a noitinha enquanto o sol se vai e a lua chega, se é noite escura melhor nem chegarem perto ou não terão historias para contar. Se a fruta for colhida antes ou depois, quem pegar cai duro sem ter salvação. Concluiu a velha pegando a sua cestinha cheia de frutos.
- Podemos pegar uma para provar? Perguntou o sabiá com seu bico salivando. Dou apenas uma bicada.
A velha pegou a cesta cobriu com uma toalha, virou-se para os bichos e disse;
- Quem se atrever a pegar em uma fruta do pé vai se arrepender, lembrem-se tem que ser no horário certo entre o sol partindo e a lua chegando. E assim a velha deixou todos de água na boca e sumiu feito fumaça .
No dia seguinte lá estavam todos a espera do sol partir e a lua chegar ai sim colheriam frutas para se deliciarem.
Ou o medo não os deixaria provar?







Autoria- Irá Rodrigues


CONVERSA NO JARDIM

    Chega à joaninha Pousa na flor do jasmim Confabula com as borboletas Falam mal do cupim.                               Con...