sexta-feira, 3 de agosto de 2018

OS TRÊS CAROCINHO DE ERVILHA






Três carocinhos de ervilha se soltaram da sua casinha junto a  mãe e foram lançadas bem longe num estalo feito pelo vento. Foram parar bem distante tontinhos ficaram abraçadinhos com medo, no dia seguinte andaram pelo bosque quando os três resolveram que iriam ficar juntos até se tornarem adultos e formar uma família.
A noite recolhiam-se em um cantinho, quando o sol saia continuavam a passear para encontrar um lindo lugar onde queriam morar, teria que ser um lugar onde a chuva caísse sempre assim não morreriam de sede.
Uma linda manhã já cansados de tantos planos pararam na sombra de alguns falhos caídos e voltaram a planejar.
´Vejam aqui com certeza seria o lugar certo para construir a nossa família, o mais sábio dos três foi se alojar entre folhagens e convidou os outros para se abrigarem assim a chuva que caia todos os finais de tarde faria com que logo brotassem e assim teriam uma família.
Sempre tinha um que discordava: - Precisamos andar mais, por aqui vivem muitos animais e podem nos engolir, não quero parar no papo de nenhum passarinho aventureiro.
Como não queriam se separar os três resolveram seguir até que todos concordassem em se alojar para germinarem.
Uma rajada forte de vento sacudiu as folhas e lá se foi um dos carocinhos. Quanto tempo se passou ele não sabia. Apenas lembrava que um homem baixo de olhos afundados e de  cara empapuçada apanhava gravetos com certeza queimaria  a noite para se aquecer do frio, e foi o carocinho agarrado em uma galhinho fino.
Ao despertar estava num canto onde o sol iluminava e aquecia o restinho do dia, andorinhas bailavam tão baixo que tremia pensando ser engolido, no terreiro patos, galinhas, perus ciscavam e comiam o milho jogado pelo mesmo homem que o trouxe até ali.
Que lugar movimentado. Pensou o carocinho. Urubus planavam tão alto que poderia ver onde estavam os seus irmãozinhos. Chorou sentindo falta. Passarinhos pousavam na cerquinha com asas abertas como se estivessem tomando banho de sol.
O medo tomava conta do seu coraçãozinho quando o homem pegou uma braçada de gravetos para colocar no fogão. Sabia que era o seu fim, morreria queimado e não encontraria mais os seus irmãos e nem iria construir uma família,
Por sorte o galhinho fino do graveto onde o carocinho estava grudado se quebrou e no caminho até a cozinha ele ficou, mas uma vez seu destino mudou e assim o carocinho começou a implorar para que a chuva caísse e ele pudesse ser levado para algum lugar seguro onde pudesse germinar.
Enfim a noite chegou e com ela o maior temporal, o carocinho se soltou do galho  na terra se enfiou agarrando-se ao solo ficou dias sem sair do lugar ali junto aquela árvore estaria seguro.
Passaram alguns dias e finalmente suas raízes começaram a se agarrar ao solo, a chuva que caia a noite e o sol que aquecia durante o dia fez com duas folhinhas brotassem e logo foi se fortalecendo, em poucos dias já estava adulta e nascia seus primeiro filhotes duas casinhas de novos carocinhos para seguirem uma nova historia.



AVENTURAS DA GALINHA MARIZETE




A galinha resolveu fazer um passeio pela floresta, anda cantarolando quando de longe avista uma raposa, rapidinho resolveu subir em uma árvore, como não sabia voar tão alto resolveu se esconder atrás do tronco e assim  ficaria livre das garras da raposa que com certeza não ria rejeitar a se banquetear com uma galinha gorda.
Ficou ali horas olhando a raposa que andava tranquilamente sem pressa de chegar a lugar nenhum, ao ver que a raposa atravessou a ponte do riacho ela resolveu sair do seu esconderijo e voltar apressada para casa. Floresta não era lugar de galinhas disso ela precisava aprender. Quando avista uma outra raposa e dessa vez teria que procurar um lugar alto para se proteger e sem saber explicar estava no alto de uma árvore, aliviada viu que a raposa nem percebeu a sua presença parecia apressada, suspirou e resolveu descer. Por mais que tentasse não conseguia era muito alto e se descesse iria se esborrachar lá embaixo. Ficaria ali até que aparecesse algum animal bondoso que pudesse lhe ajudar, assim resolveu comer algumas folhinhas enquanto o tempo passava.
A noite chegou a galinha soluçava de medo por não conseguir sair dali e ter que passar a noite sozinha num lugar tão alto, - e se cochilasse e caísse justamente na hora em que a raposa passasse a procura de alimento. As horas nunca passavam até que apareceu um urubu em busca de agasalho.
- O que uma galinha está fazendo no alto de uma árvore e tão longe de casa? Perguntou desconfiado.
A galinha envergonhada da sua infantilidade relatou para o urubu e começou a soluçar de medo.
- Estranho, nunca vi uma galinha andando assim tão longe do seu terreiro. Não teve medo de acabar nas garras de alguma raposa?
- Sim! Sim... ela passou por aqui mais cedo e seguiu pela ponte em direção aquelas casinhas do lago. Disse a galinha tremendo de medo.
Não aguentando aquele chororô da galinha o urubu disse:
- Pare de se lamentar, a culpada de tudo isso é você, vou ver o que posso fazer para ajudar a sair daqui com vida. Aqui na floresta não é lugar de galinhas, quem vive aqui precisa lutar para sobreviver o que não é o seu caso que nada faz e acha tudo pronto.
A galinha sorriu contente sem ter dentes para mostrar. O urubu avisou que iria buscar socorro e voltaria em segundos, que o esperasse quieta ou cairia espatifada lá embaixo.
Finalmente o urubu voltou em seguida dois macacos que dando ordens pediu que ela se agarrasse nas costas do mais velho ele a levaria até o seu terreiro de onde nunca deveria ter saído e se metido naquela aventura
- Obrigada amigos, gaguejou a galinha se acomodando nos pelos do macaco.
- A gora fique quieta ou poderá escorregar enquanto vou saltar entre os galhos. Ordenou o macaco.
Naquele momento uma tempestade se formou impedindo de seguirem viagem, - Vamos ter que ficar por aqui a chuva vai ser muito forte e não vou me arriscar a pegar uma gripe forte por causa de uma galinha destrambelhada, Disse o macaco. Vamos fique em minha casa amanhã se o tempo melhorar e com a luz do sol poderá voltar para sua família.
Os dias passavam a chuva não parava, a galinha ficava na casa dos macacos brincando com os filhotes, até que um dia enquanto andava em volta da casa, andou por um caminho e que alegria viu a casa onde nasceu e foi criada. Não esperaria a volta dos macacos alinhou as pernas e partiu dando pequenos voos baixinhos o que ela conseguia fazer por ser uma galinha.
- Mamãe! Mamãe! Gritava ela ao ver a galinha vermelha comendo grama perto da estradinha.
É a nossa galinha Marizete, gritou para as outras que correram batendo asas de alegria achando que nunca mais a encontrariam.
- Onde você esteve menina travessa? Todos pensavam que alguma raposa tivesse te levado e nem um ossinho iriamos ver.
Todas as galinhas se abraçaram com suas asas, no terreiro foi àquela alegria, e logo queriam saber o que aconteceu para você  ficar tantos dias sumida.
A galinha relatou tudo enquanto as outras galinhas de bico aberto ouviam tudo caladas, no final foi àquela festa, e assim a galinha Marizete aprendeu que cada animal deve ficar no seu canto e nada de aventuras em outros espaços que não lhes pertence.

O CONVITE




Tudo naquela floresta virava uma confusão entre os animais  uma manhã a tartaruga Zilu recebeu um convite bem esquisito, era uma festa que aconteceria no alto da montanha na casa do senhor lobo.
Mas como chegar lá se não tinha asas para voar e com toda a sua lerdeza levaria dias e até meses para conseguir escalar toda aquela distância.
Estranho era que nenhum outro bicho por toda a floresta havia sido convidado. Pensou a tartaruga desconfiada. - Mas o que fazer? Pensou,, pensou. Já sei vou recorrer ao bruxo assim ele coloca asas em meu casco e poderei voar até lá em segundos sem precisar andar dias e dias.
Colocando seus óculos dourados, abriu a sombrinha pegou a bolsa e saiu toda contente com sua de vagareza. Mas quem vai me indicar  a direção da casa do bruxo?. – Já sei vou falar com todos os bichos que os convites chegaram, mas a dona brisa passou levanto todos que trazia em sua bolsa, por isso fora encarregada de transmitir de boca em boca. Confusa ficou a matutar, como vou convidar todos e ainda encontrar quem me leve?
E assim saiu disposta a pedir ajuda aos passarinhos assim esticou o fio do telefone, eu sei que um famoso lobo não iria perder tempo convidando uma pobre tartaruga sabendo ele que nunca chegaria a sua festa.
-ele vai me pagar quando todos os bichos invadirem a sua festa, pensou divertida, e logo ligou para os pardais que logo chegaram e saíram para espalhar os bilhetinhos. O macaco foi o primeiro a receber e dando saltos de alegria gritava que comeria tantas bananas carameladas que ficaria dias estufado.
E não ficou um bicho da floresta que não tivesse recebido os bilhetinhos convidando para a tal festa.

LAMENTO DE UM PATINHO



Sol forte, tarde clara e sai o patinho para se refrescar nas águas do rio, naquela imensidão transparente o patinho entrou todo contente nadou, nadou nem percebia que nuvens pesadas chegariam ao entardecer. E o céu escureceu, uma  chuva forte engoliu a tarde e não parou durante a noite inteira. O vento forte coçava o rio, trazendo cheiro de mato e sabor de medo. Era um diluvio, o rio engrossava a correnteza ficava forte, o patinho tremia de medo, era jogado de um lado a outro parecia peteca nos braços da correnteza.
Enquanto era levado rio abaixo chorava e soluçava.
- Como vou voltar para junto da minha mãezinha? Eu quero minha casinha quente...
Os peixes em cardume passavam apressados, o patinho gritava, mas eles não ouviam e mais e mais a correnteza o levava para longe, de cansado adormeceu deixando ser levado pela forte correnteza. Uma rajada de vento agitou a água e o empurrou o patinho para a margem do rio, desanimado sem forças  olhou aquele lugar desconhecido, só restava andar, andar quem sabe encontrasse um passarinho que pudesse lhe guiar até sua casa. Mas em que direção estava sua casa? E o patinho começou a chorar...
Será que o patinho vai reencontrar sua família?

CONVERSA NO JARDIM

    Chega à joaninha Pousa na flor do jasmim Confabula com as borboletas Falam mal do cupim.                               Con...