quinta-feira, 2 de agosto de 2018

TODAS AS TARDES


HISTÓRIA DA MENINA E O PASSARINHO


ZÉ TRAPACEIRO...


QUE BOM SERIA...


O DESTINO DA PIABA






Era noite de tempestade, ao amanhecer o rio que era tão fininho inchava alargando-se invadia caminhos, inundava os campos espantava os passarinhos que com medo subiam o mais alto que podia para de lá do alto ficar observando o ronco que ensurdecia até os peixes que lutavam para não serem levados pelas fortes correntezas, em meio aquele turbilhão de água embolando levava troncos galhos e até animais que pastavam tranquilamente nas margens como carneiros, coelhos e até um despercebido jabuti.
A piaba coitada se perdeu do seu cardume, já fraquinha de tanto lutar contra a fúria das águas e como suas barbatanas não eram asas para poder voar deixou que a correnteza a levasse, não sabe se horas ou dias ficou naquela agonia sendo carregada,  sem forças  para nadar abriu os olhos e viu que estava num lugar calmo ali o rio dormia sereno, a piaba conseguiu chegar até a superfície para respirar um pouco de ar e encher seus pulmões fraquinhos pela luta, o céu estava bem lavado, o sol se mostrava alegre esquentando as águas.
- Onde estou? Tudo aqui é tão silencioso, não vejo peixes nem canto de passarinhos, sonolenta naquela calmaria a piaba foi boiando aproveitando para tomar um pouco de sol, quando percebeu outra vez que o rio encachoeirava se alargando, dessa vez o ronco era mais forte, onde foi aquele rio tão calmo e no lugar essa agressividade, de repente o rio começou a correr com tanta velocidade que o medo fez o coraçãozinho da piaba saltar fora do seu corpo. Era uma queda d’água daquelas de muitos e muitos metros de altura. A piaba chegou lá embaixo sem ar e foi um alivio quando percebeu que novamente o rio ficava calmo, voltou a respirar aliviada e quando subiu outra vez a superfície, limpou bem os olhos apurou os ouvidos viu que não estava mais sozinhos, cardumes de peixes grandes que riam felizes, com certeza não enfrentaram o desafio das correntezas. – Pensou a piaba.
Naquele momento um passarinho pousou na beirada da água bem pertinho da piaba, - gritava: bem-te-vi, bem-te-vi... Era o primeiro som que ouvia fora o ronco do rio, então teve certeza de que estava viva e poderia reencontrar a sua família que se perdeu nas emboladas das águas.
Cardumes de peixes graúdos e miúdos saldavam uns aos outros ignorando a pobre da piaba encolhida no canto perto da margem.
- A tempestade que assanhou as águas do rio me separou da minha família, estou sozinha e com medo. Tentava explicar aos peixes que passavam apressados, mas nenhum parava para lhe ouvir. Sozinha continuava ora nadando ora deixando que a correnteza a levasse.
Adiante o rio começava a se encolher voltando a sua mansidão, a piaba não saberia dizer a  quantos dias de distancia estava do local de onde foi levada pelas correntezas. O rio agora rolava tranquilo sem pressa sem  e sem a selvageria das águas levando tudo que encontrasse. A noite não choveu, a piaba encolhida num canto dormiu sem medo de ser levada outra vez.
O dia acordou a brisa coçava as águas trazendo cheiro de plantas impregnando o paladar da piaba, a viagem continuava tranquilos milhares de peixinhos passava, a piaba continuava sozinha parece que todas as outras piabas foram levadas para outra região, ao entardecer rasgaram-se no céu raios e trovões, as nuvens se encheram e logo caiu a chuva engolindo a tarde e não parou durante a noite, parecia um diluvio dessa vez bem mais braba os pingos batiam nas águas como bomba estourando. A piaba coitada deixou-se ser  tangida pela correnteza, outros peixes bem espertos se se encostavam às pedras do fundo do rio  em busca de proteção outros nas raízes de plantas fincadas na margem, eram tantos cardumes peixes miudinhos e coloridos, outros grandes com caras agressivas que faziam a piaba ficar amedrontada com o seu tamanho miudinho, facilmente poderia ser engolida por um daqueles feiosos.
A piaba não tinha mais força quando viu descer ao seu lado um cágado enorme que seguia em busca de abrigo.
A piaba tentou pedir ajuda, mas o cágado gargalhou dizendo:
- Não vou perder meu tempo com a miniatura de peixe assim miudinha de barbatanas clarinhas e manchinhas escuras nas costas e seguiu deixando a piaba para trás.
A piaba nadou o mais que seu folego permitiu, não iria perder aquela carona, agarrou-se ao casco do cágado que sem perceber continuo a sua viagem.
Autoria- Irá Rodrigues




LILI A RAPOSINHA




Na floresta encantada crescem árvores gigantes flores que falam e reclamam muitos animais engraçados e um casal de raposa com sua filhinha adolescente de cauda felpuda e de  pelo cor de mel.
A raposinha Lili adorava ajudar a sua mãe nas tarefas da casa e depois sair para passear pelos campos correndo atrás de borboletas e passarinhos.
Certo dia estava lavando a louça quando pousa na janela um bem-te-vi que alegremente a convidou para darem um passeio, Lili toda animada deixou tudo limpinho e saiu pela porta dos fundos.
- Vamos ao encontro de alguns amigos- disse o bem-te-vi.
- Onde estão os seus amigos a essa hora? Perguntou Lili andando com o bem-te-vi pousado em suas costas.
- Vamos ao bosque dos pássaros, estão todos reunidos se refastelando com as sementes de alpiste, é tempo de colheita e assim madurinhas ficam suculentas, Disse o bem-te-vi salivando.
E lá se foram a raposinha pedalando a sua bicicleta levando o seu amigo de carona. Ao chegarem ao lugar indicado encontraram milhares de curiós, pintassilgo, colibris, canários amarelinhos, sanhaço, cardeal e tantos outros que  não dava para contar.
Lili passou uma tarde entre cantos e encantos, a tardinha voltou encontrando os pais em frente a casa a sua espera. Felizes foram todos jantarem, enquanto o papai Raposo lia o seu jornal diário, mamãe raposa remendava as calças e meias do marido, Lili sossegada lia o seu livrinho de historias que justamente falava da vida dos passarinhos.
E assim vivia essa família feliz...

PARAÍSO DOS PÁSSAROS


 


A alegria flutuava nos campos verdejantes, era como se tivesse aberto um tapete de tão macio que era, borboletas voavam na leveza da brisa, passarinhos despertavam cantando, num canto uma coruja com seus dois filhotes admirava  o sol que sorria ao pé da serra, no lago o arco-íris se alimentava,  peixinhos pulavam fazendo cócegas nas cores que penetravam nas águas.
Duas joaninhas confabulando sobre a vida assustou-se;
- Não tenham medo meninas joaninhas, eu sou a fadinha da luz vim aqui para passear entre as flores enquanto a natureza não desperta todos os bichos e começa aquela euforia, - Disse a fadinha fazendo uma reviravolta no jardim e partindo antes que o beija-flor lavasse a cara nas gotas de orvalho.
- Eu não sabia que existia o paraíso dos pássaros. Como deve ser bom viver num mundo assim de cantos e encantos. - Disse uma voz suave despertando a andorinha que ainda cochilava com sua cabeça entre as asas.
- Oras! Quem é você que não aparece.  Perguntou a andorinha se espreguiçando e abrindo o bico.
- Sou eu! Pulou do mato uma coelhinha com cara de sapeca toda marrom com focinho escuro.
Outros pássaros que por ali estavam vieram todos e foi aquela cantoria dando as boas vindas à nova visitante do paraíso dos pássaros.

CONVERSA NO JARDIM

    Chega à joaninha Pousa na flor do jasmim Confabula com as borboletas Falam mal do cupim.                               Con...