quinta-feira, 4 de setembro de 2025

CONVERSA NO JARDIM

 


 

Chega à joaninha

Pousa na flor do jasmim

Confabula com as borboletas

Falam mal do cupim.

                             

Convidam as formiguinhas

Que chegam apressadas

Cada uma trazendo nas costas

Uma folha para a andorinha.

 

E começou a grande festa

Os insetos tocavam tambor

A andorinha toda feliz

Chegou lá da floresta.

 

Autoria- Irá Rodrigues

 

TODAS AS MANHÃS


Nem bem um fiozinho de sol surgia
Ele voava ultrapassava o mar
Na janela pousava era aquela alegria
Cantava declamando versos de amar...

 

O passarinho tinha muitas amiguinhas
E não se contentava em cantar com exclusividade
Depois de cantar voava para as suas conversinhas
Mas o passarinho não sabia dizer a verdade...

 

Sua amada acostumada a ser despertada
Pelo inebriante canto do passarinho
Acorda tarde triste e desanimada
Sem mais esperar o seu carinho...

 

E aquilo que se dizia amor desapareceu
Feito pássaro em gaiola aberta
Tudo isso aconteceu depois que conheceu
A maldade de uma coruja velha...

 

Hoje fica apenas a saudade
O passarinho com certeza não volta mais
Resta a sua amada viver a realidade
Isso sim será o melhor que ela faz.

 

Ou quem sabe deixando a janela aberta
Um novo passarinho possa resolver cantar
É Natal tempo de ser feliz e na certa
A felicidade e o canto possam voltar... 

 

 

 

Irá Rodrigues

 DIRETORA INTERNACIONAL DA DIVISÃO DE LITERATURA INFANTO - JUVENIL

O ZOOLÓGICO

 


 

A girafa e o elefante são vizinhos

O elefante gorducho

Nem pra girafa quer olhar

Só pensa em encher o bucho...

 

Com seu porte elegante

A girafa espicha o pescoço

Todos os bichos percebem

E começa um alvoroço.

 

A bicharada começa a gritar

E não deixam de espiar

A girafa e o elefante

Planejando se casar...

 

 

 

O elefante todo desconfiado

Olha de lado disfarça o espanto

A girafa era muito assanhada

Não queria como sua namorada...

 

Enfim o primeiro encontro

O elefante todo desajeitado

A girafa malandrinha pisca o olho

Quando ele confessa estar apaixonado.

 

 

Autoria- Irá Rodrigues

Diretora internacional da divisão de literatura infanto - juvenil

OS GANSOS

 

 


Foram escoltados

Até a sede da fazenda

Coitados chegaram cansados

Mas ganharam uma prenda.

 

Um cercado novinho

Onde iriam morar

Tinha até um laguinho

Ali poderiam nadar.

 

Campo verde até as montanhas

E poderiam passear

Todas as manhãs.

 

A tardinha batiam asas

Voltavam para o cercado

Cada um pra sua casa.

 

Autoria- Irá Rodrigues

 

http://iraazevedo.blogspot.com.br/

DIVERGÊNCIA

 


 

No mesmo galho do jasmim

Moravam dois passarinhos

Achando o mais lindo jardim

Ali fizeram seus ninhos.

 

O bem-te-vi veio da floresta

O sabiá ali mesmo nasceu

Gostava de fazer festa

E feliz ele cresceu.

 

Até que um dia apareceu

Um bem-te-vi controlador

Achando que o lugar era seu.

 

Reclamava até do canto do sabiá

E começava e divergência

Tirando a paz do lugar.

 

Autoria- Irá Rodrigues

Diretora internacional da divisão de literatura infanto - juvenil

http://iraazevedo.blogspot.com.br/

A DISPUTA

 


O galo, o peru e o pavão

Disputavam o galinheiro

O galo fervia feito vulcão

Esperneava no terreiro.

 

E começava a briga lá fora

As galinhas gritavam que horror

Saiam daqui vão embora

Cada um tem seu valor.

 

O pavão todo emplumado

Subiu no telhado abriu o leque

Se achando o mais aprumado.

 

O peru era o mais invejoso

Abria as asas fazia roda

Mexia lerdo o pescoço.

Autoria- Irá Rodrigues

Diretora internacional da divisão de literatura infanto - juvenil

SONETO DO GRILO

 


O grilo cantava vitória

A cigarra se fez presente

Disse estar descontente

Com toda aquela história.

O grilo ficou triste

Sua viola guardou

Bem mansinho ele falou

Vou embora, logo que insiste.

 

E foi o grilo dormir

Cada um tem sua razão

A cigarra tinha  sua opinião

Tentava fazer ele desistir.

Mas grilo é atrevido

Afinou bem seu violão

Abriu seu vozeirão

A cigarra que tapasse o ouvido.

 

Autoria- Irá Rodrigues

Diretora internacional da divisão de literatura infanto - juvenil

http://iraazevedo.blogspot.com.br/

SONETINHO DO PARDAL

 


Coitado do pardal

Pelo bem-te-vi foi enganado

Ficou o pobre desesperado

Na noite do festival.

 No galho onde repousava

Já não sentia firmeza

As noites eram de tristeza

O medo o assombrava.

 

Lembrou da sua mudança

Quando por ali chegou

Tinha abrigo e segurança.

O bem-te-vi sem piedade

Inferniza os seus dias

Melhor voltar pra cidade.

Irá Rodrigues

 

 

ESPERTEZA

 


 

Assim vivia o gato

Buscando a felicidade

Fugiu da cidade

Foi morar no meio do mato...

 

Lá construiu uma casinha

Convidou o rato

Com ele fez um trato

Para cuidar da cozinha.

 

E o gato todo contente

Cuidava bem do ratinho

Para ele era um menininho

Parecia até ser gente.

 

E os dois viveram felizes...

Irá Rodrigues

QUE BOM SERIA

 


 

Se os adultos pudessem aprender

Com a sinceridade das crianças

Que vivem sem interesse

Sem a maldade entender.

 

Criança não tem distinção

Não criticam nem indagam

Não existe diferença

Só amor em seu coração.

 

Sabem viver com felicidade

Sua vida é uma eterna festa

Mas pra isso elas precisam

Viverem com liberdade.

 

Liberdade do respeito

Carinho e atenção

 Criança não quer nada em troca

Apenas o seu direito.

 

Olhe a criança, tente ver

A sua alma de inocência

O seu sorriso a sua atenção

O seu direito de viver.

 

 

 

 

 


Autoria- Irá Rodrigues

http://iraazevedo.blogspot.com.br/

 

CRIANÇAS

 


 

Deus faz tudo tão perfeito

 Planta na criança a inocência 

Na natureza a beleza das flores

No adulto a maturidade

Pra saber viver direto.

 

 

Planta no mundo a esperança

 Rega a vida com a paz

E deixa que o nosso futuro

Esteja nas mãos da doce criatura

Que se chama criança.

 

 

Onde todas merecem proteção

Infelizmente os adultos ignoram

Mas Deus está sempre protegendo

O futuro dessa nossa nação.

 

Muitas crianças perdem o direito de sonhar

Hoje pode ter o rosto sujo da desilusão

Mas amanhã só o tempo dirá

Feliz dia da Criança

Que nunca perca a esperança.


Autoria- Irá Rodrigues

 

 

 

 

 

 

 

VEM COMIGO


 

Pular corda

Ir ao parque

Ri gostoso

Sentar na grama

Contar piada

Fazer até palhaçada...

Vem comigo...

Comer pipoca

Doce 

Caramelada

Tomar sorvete

Fazer bagunça

Virar criança...

Gritar sem medo

Subir em árvores

Soltar pipa

Colorir a vida...

Vem comigo!

Distribuir alegria 

Ouvir o canto

De um bem te vi

E até uma cotovia...

Vem comigo

Brincar de roda

Ser ciranda

Ser eu

Ser você

Ser toda criançada...

 

Autoria- Irá Rodrigues

http://iraazevedo.blogspot.com.br

segunda-feira, 25 de agosto de 2025

FINAL DE INVERNO

 


 

Quando o dia acordou, os passarinhos começaram a suas cantorias, as árvores vestidas a rigor para a grande festa. O Sol se espreguiça cuspindo seus raios luminosos entre os galhos fazendo bordados no chão deixando os canteiros todos iluminados.

Os bichos acordam, uns espreguiçam outros aparecem nas janelinhas das suas tocas, a raposa abre a boca bocejando e reclamando que ainda era cedo para toda aquela folia dos passarinhos. Logo a coruja sai do buraco trazendo os filhotes para se aquecerem ao sol. Dona brisa começa a varrer as folhas secas que cobre o chão. Os coelhos que nada fazem correm para a horta de dona macaca e começam a devorar as cenouras fresquinhas.

A natureza inteira desperta, o riachinho canta, os peixes fazem cambalhotas pulando na correnteza como verdadeiros bailarinos.

A andorinha sacode as asinhas estica as pernas, molha o bico numa gota de sereno e começa a sua serenata entre um canto e outro enche o papo com semente de capim. O macaco Julião chega trazendo um cacho de bananas maduras para alimentar sua família, enquanto comem jogam as cascas lá embaixo onde formigas bundudas já esperam ansiosas pelo delicioso banquete.

Na porta do cogumelo a joaninha admira uma borboleta que se liberta do seu casulo juntando-se a outras que se assanham nas flores do seu jardim.

Do meio da floresta surgem as fadinhas do bem espalhando sorrisos de estrelas nas portas das casinhas dos duendes para que eles acordassem e fosse participar da corrida organizada pelos sapinhos.

 

Autoria- Irá Rodrigues

ASSIM ACORDOU O DIA

 


Foi a maior confusão, o Sol na maior preguiça continuava escondido, o galo nem apareceu para dar bom dia. A Lua bocejando foi se afastando, em fronhas de linho se deitou deixando o dia na escuridão.

As estrelinhas que a tudo observava deitadas em suas caminhas de nuvens flutuantes, nada entendiam; - Alguém sabe ai embaixo o que aconteceu? Perguntou uma das estrelinhas lá bem do alto.

- O relógio do Sol se atrasou a Lua com certeza acelerou os ponteiros do seu tempo e cansada de brilhar foi se recolher. Respondeu a estrela mãe.

A Lua sonolenta respondeu:

- Nada disso linda estrelinha, eu fui me recolher na hora certa, agora cabe ao majestoso Sol clarear o dia e o galo despertar a floresta.

Enquanto isso, na floresta os bichinhos estavam assustados, nem a coruja saiu da sua casa. Flores confabulavam sem entender aquele atraso, estavam com frio e precisavam da luz do Sol para se aquecer.

O beija-flor, sentindo falta de perambular entre flores, resolveu ir falar com a fadinha cor-de-rosa:

- Amiga fadinha todos os bichos querem uma explicação do que está acontecendo. Nem o galo acordou para dar bom dia com seu canto estridente, os passarinhos ainda dormem encolhidos nos galhos.

A fadinha pediu que esperasse e partiu em disparada seguida por milhares de vaga-lumes que deixavam o caminho iluminado.

Pouco tempo depois ela voltava sorrindo:

- Calma meu pequeno beija-flor, corra avise a todos que está sendo resolvido, o relógio do Sol quebrou a corda, o relojoeiro demorou a consertar deixando o Sol impaciente.

- Veja! É o olho do Sol clareando o dia gritou a fadinha e logo o galo das campinas abriu o bico despertando todos que ainda estavam recolhidos em suas tocas, em suas casas, em seus ninhos.

E assim o dia acordou...

 

Autoria- Irá Rodrigues

O PATINHO SUJO-

 


 

Tato é um patinho diferente dos seus irmãos, enquanto os outros vivem nadando no lago, ele não tomava banho e se chovesse saia correndo e num cantinho quente se escondia.

A pata mamãe sempre reclamava:

-Tato, vamos brincar no lago, veja a folia dos seus irmãos.

- Não gosto de água, eu gosto de ficar sequinho e não sei nadar. Disse Tato.

- Você é estranho parece mais galinha do que pato. Ai, onde eu errei? Será que um ovo de galinha foi parar em meu ninho. Disse a mamãe pata. Não você é pato apenas estranho. Concluiu.

Tato encolheu-se, a mamãe pata balançava a cabeça chamava os outros filhotes e juntos correram para o rio, por lá ficavam o dia nadando e brincando, enquanto Tato preferia ficar no terreiro ciscando com as galinhas.

À noite quando se recolheram na granja para dormir, todos limpinhos e cheirosos, apenas Tato nem pensar em tomar banho, adorava viver sujinho...

 

 

Autoria- Irá Rodrigues

 

 

DESESPERO DA BORBOLETA

 

 


Era uma vez, há muito tempo aconteceu um grande baile na floresta e todos os bichos foram convidados, menos a lagarta que estava dormindo em seu casulo.

Os animais do jardim estavam agitados menos a pobre da lagarta que já estava ficando velha e queria logo se transformar numa linda borboleta, porém a natureza estava deixando-a inconformada.

A festa começou com um desfile de elegância e beleza, cada um em seu traje de festa riam da pobre da lagarta por estar presa e não poderia se exibir na sua cor amarelo ouro.

A lagarta impaciente se torcia implorando que a natureza se apressasse.

- Estou pronta as minhas asinhas, minhas antenas tudo perfeito, que triste uma festa tão linda eu aqui nessa exuberância colorida e proibida de sair e desfilar. Com certeza eu seria a mais linda e elegante de todos os bichos. – Queixou-se a borboleta ainda presa no casulo.

A natureza sentiu pena e acelerou o processo da sua saída.

Num passe de mágica a borboleta as sacudiu empinou as antenas balançou as asinhas, esticou uma perninha, depois a outra e voou para a grande festa.

Nem precisa comentar que foi a mais elegante e cobiçada de toda a festa.

Ela claro, uma lagarta feia como era chamada se transformou na mais linda e invejada borboleta. Causando espanto em todos os convidados.

 

Autoria- Irá Rodrigues

O SONHO


O menino Juca vivia com o nariz enfeado nos livros e viajava nas histórias como se fosse um dos personagens. E lá se foi Juca pra o mundo dos contos de fadas viver numa floresta encantada onde as árvores falavam, as flores eram mandonas e a tudo reclamavam, um riachinho que nunca secava cheio de magia onde os peixes tonavam as suas decisões. Um pomar onde poderiam colher as frutas fresquinhas com ajuda dos passarinhos, até uma fábrica de marmelos coloridos exista naquela floresta e os  saborosos chocolates preparados pelos coelhos. Juca estava encantado e quando vu uma enorme girafa passando com suas longas pernas ele se sentiu uma formiguinha diante daquele enorme animal. E logo aparece um macaco daqueles bem narigudos fazendo suas trapalhadas deixando Juca encantado.

- Olá disse o velho coelho. Quer visitar a fábrica de doces e chocolates.

Num salto Juca acompanhou o coelho que pulava apressado levando uma sacola nas costas.

Quando chegaram apareceram outros coelhinhos que carregavam Juca pra todo lado fazendo com que provasse de todos os sabores, e foi quando viram uma bruxa toda de vermelho carregando um vazo, os coelhinhos ficaram apavorados e logo chegavam todos os outros coelhos, a bruxa querendo estragar os doces trazia no vaso um pó venenoso e foi aquela gritaria, logo chegavam os macacos e outros animais para espantar aquela criatura maldosa daquela região.

e tudo voltou ao normal, a bruxa desapareceu e Juca despertou da sua fantasia.

 

Autoria- Irá Rodrigues

CONVERSA NO JARDIM

    Chega à joaninha Pousa na flor do jasmim Confabula com as borboletas Falam mal do cupim.                               Con...