quinta-feira, 23 de outubro de 2014

A REVOLTA DA PÁ DE LIXO



Sou escrava trabalhando o dia inteiro
Só à noite posso repousar

Não tenho férias nem direito
Já estou tortinha de trabalhar...

É só trabalhar, trabalhar, nada de descansar,
A  noite fico no canto jogada
Sou uma pobre pá sem direito a reclamar
Se ficar velha no lixo eu serei largada...

Usam-me para pegar tudo às vezes fico enjoada
Lixo de todo tipo até titica de cachorro
E quando a vassoura já está desdentada
Empurram com tanta força – que horror
Deixam-me toda arranhada...

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AS PIPAS