HISTÓRIA
DA MENINA E O PASSARINHO
Um dia enquanto a
menina brincava
Ouviu um gritinho
Foi ver e
encontrou um passarinho
O bichinho bem
quietinho estava...
De asinha
machucada da árvore ele caiu
Com certeza dona
brisa a derrubou
Com a sua ousadia
o galho balançou
Depois sem
perceber deu meia volta e saiu..
Como gemia o
pobrezinho
Do seu ninho
derrubado
Ainda bem que foi
encontrado
Por alguém que
lhe daria carinho...
Sentia frio e
ficou encolhidinho
Ao ser acolhido
suspirou aliviado
Sabia que seria
bem cuidado
Feliz adormeceu o
lindo passarinho..
Com delicadeza a
menina o pegou
Olhou com carinho
para aquele filhotinho
Tão pequenino o
coitadinho
Para casa ela o
levou..
Forrou uma
caixinha com tecido fofinho
Acomodou e ficou
a observando
A mãe com certeza
estava chorando
Sem saber onde
foi parar o seu filhotinho.
Os dias passavam
a menina se encantava
Ele crescia
rápido já era um belo passarinho
Por ela
demonstrava ter muito carinho
E toda manhã para
ela ele cantava...
Mas passarinho
era livre e queria voar
Ele crescia com
seu lindo colorido
Para a menina ele
era muito querido.
Mesmo amando a
menina ele ficava triste
Precisava voar e
ir ao encontro da liberdade
Se ali ficasse
nunca saberia o que é felicidade...
AS AVENTURAS DE UM SABIÁ
Era uma vez um sabiá
Resolveu viajar sozinho
Com gravetos construiu um barquinho
E levou para o meio do mar.
Na bagagem colocou duas
sacolas
Lembrou que nem sabia nadar
Como iria conseguir navegar
Então ele amarrou dos lados algumas bolas.
Assim as bolas flutuavam
O barquinho pela brisa era levado
Confiante ficaria descansado
Enquanto ele e barquinho navegavam...
Mas coitado do aventureiro sabiá
Esqueceu que a brisa poderia ir embora
Perdido no meio do mar ficaria dando volta
Sem saber onde iria chegar.
ERA UMA VEZ
A andorinha inteligente
Gostava de passear no jardim
Montada no gato Tintim
Exibindo-se como gente...
A andorinha só andava
Com letrinhas nas patinhas
E brincava de formar palavrinhas
Em seu caderninho registrava...
O gato amigo e obediente
Sempre que ela pedia ele lia
As poesias que a andorinha escrevia
Afinal ele era um gato diferente...
MONSTRINHOS QUE ABUSAM
Os pardais vadios
Não sei qual o motivo
Que abandonam os campos
Invadem telhados
Bichinhos atrapalhados...
Fazem aquela bagunça
E nem são brasileiros
Esses monstrinhos
bagunceiros...
Tem tantos passarinhos
Bem mais compor tadinhos
Têm brancas e avermelhadas
As rolinhas engraçadas...
E o João de Barro
Engenheiro inteligente
No alto constroem sua morada
Ali prende sua amada...
E as gaivotas na areia
Parecem meninas assanhadas
Gritam beliscam
Migalhas que ali ficam...
Lindo mesmo é o bem ti vi
Com seu chapéu vermelho
Canta no raiar do dia
Seu canto é melodia...
A ANDORINHA
Resolveu fazer sua casinha
Na janela da cozinha
Só não encontrava
Só não queria morar sozinha...
E assim a andorinha
Começou a convidar
Apareceu a lagartixa
Com cara de atrevida...
A andorinha logo disse
Com esse ar convencido
Quem é que vai querer
Morar com vasmicê...
E logo apareceu uma cobra
Se fazendo de boazinha
A andorinha começou a gargalhar
Eu te coloco aqui dentro
E logo vaus querer me devorar...
A andorinha continuava
Querendo logo encontrar
Alguém que aceitasse
Com ela ali morar...
Apareceu um galo
Se dizendo cavalheiro
Mas era muito grande
Melhor morar no galinheiro...
E assim a andorinha
Desistiu de procurar
Passarinho assim como ela
Não queria para morar...
ANTES QUE O ORVALHO CAÍSSE
O beija-flor foi até o jardim
Deixou as flores cheirosas
Colheu as mais lindas rosas
Fez um ramalhete para mim...
Foi rosa branca e amarela
Azuis e
vermelha carmim
Só não colheu o perfumado jasmim
Esse enfeita a minha janela...
Nesse jardim moram flores
De cores vivas e perfeitas
Tem as mais lindas violetas
Margaridas, azaleias de todas as
cores...
Encantado com a maior flor
Ele sorriu e olhou para o Sol
Como era parecido com o lindo girassol
Alegrou-se o pequeno beija-flor...
AQUELE PÁSSARO
Que na minha
janela cantava
Sem avisar disse
adeus
No horizonte voava
Volta, os sorrisos são teus...
Nessa manhã calma
e chuvosa
Abriga-te em algum
lugar
Num jasmim ou numa
rosa
Aonde não vais te
molhar...
Desperto busco o
teu canto
De volta só o sopro do vento
Resta-me apenas o
pranto
Esquecido pelo
tempo..
Mais uma vez por
aqui passou
Restou-me apenas
dormir
Saudosa minha
lágrima rolou
Esqueci até de
sorrir...
Irá Rodrigues
Nenhum comentário:
Postar um comentário