Era uma vez um
coelhinho criado na cidade, um dia foi
abandonado, inconformado e metido dizia
que não gostava de viver no bosque
e reclamava que seu pelos
branquinhos ficavam encardidos por isso vivia perambulando pela floresta
tirando o sossego de todos os outros animais. Um dia já cansado das suas
pirraças, depois de encher a pança com cenouras colhidas fresquinhas e beber
água na fonte sentou-se á sombra do carvalho para descansar.
- Ai! Suspirou com o
conforto daquelas sombras e cochilou satisfeito numa cama de folhas secas.
Aproximou-se um
passarinho daqueles que nada deixava passar
e aquele felpudo bem merecia: - Olá seu metido peludo gritou tão alto assustando o folgado do coelho que tirava a sua soneca da tarde. O coelho
olhou de lado e fingiu não está sendo incomodado.
O passarinho não se
deu por satisfeito e começou a derrubar gravetos na cabeça do coelho que se
espreguiçou olhou para cima esticou as pernas e seguiu viagem.
Certo dia enquanto os
bichos se reuniam para uma tarde de prosa quando apareceu o coelho cansado de suas travessuras e disposto a pedir
desculpas já que teria que viver ali para o resto da sua vida.
Foi aquele alvoroço
ninguém queria aquele metido por perto e de um a um gritavam para que se retirasse.
O coelho envergonhado
tentou explicar que estava mudado, mas nada adiantou, restou ao pobre do coelho
abaixar as orelhas e sair com o rabinho entre as pernas.
Os bichos precisavam naquele momento dar
uma lição àquele petulante, um dia com certeza ele iria compreender o valor da
amizade e do respeito.
No outro dia bem cedinho todos ficaram a
espera que o coelhinho aparecesse e lá vinha ele saltitante pelas flores, ao
ver que todos estavam reunidos foi logo se desculpando e dizendo que iria
embora, pois ali não era aceito e ninguém gostava dele.
Deixaram que o coelhinho fizesse o seu
discurso e quando se virou para ir embora avançaram sobre ele com flores,
cestinhos de cenouras e bombons de mel.
Sem nada entender o coelhinho esbugalhou os
olhos, quando em uma só voz gritaram:
-Seja bem vindo coelhinho felpudo, de hoje
em diante será sempre o nosso querido amiguinho, sabemos que demorou, mas o
amiguinho entendeu o valor da humildade e carinho.
E foi aquela festança, o coelhinho nunca
mais e sentiu sozinho e desamparado.
Autoria- Irá Rodrigues
http://iraazevedo.blogspot.com.br/
Diretora Internacional da divisão de Literatura Infanto-juvenil
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