Certa vez lá na floresta encantada, o coelho Zezé estava
muito triste e sentindo só, mesmo com tantos amigos ele não estava feliz e
preferia ficar sozinho, assim se isolava de todos.
Nem as brincadeiras na pracinha de que tanto gostava o
animava mais. E, assim o coelhinho Zezé preferia passar as tardes escondido em
moitas de capim verdinho onde ficava a sonhar.
- Engraçado! O coelhinho estava mesmo muito triste, nem
cenoura ele gostava mais. Será que ele está doente? Alguém sabe o que está
acontecendo com ele? – Perguntava a coelhinha Dida a melhor amiga do coelhinho.
- Não sabemos o que está deixando assim agoniado, - Dizia
outro coelho todos preocupados com o amigo.
Numa manhã daquelas quando o dia nasce com o Sol bem
alegre, o coelhinho Zezé resolveu sair sem destino, de pulo em pulo encontrou o galo.
- O que está fazendo sozinho e tão longe da aldeia? Só
anda em grupo saltitando feliz e agora assim tão triste e sozinho. – Perguntou
o galo.
- Olá amigo galo das campinas. Eu não sei explicar faz
dias que estou sem vontade de fazer o que eu gostava. Ando muito agoniado o
coração fica querendo pular fora do meu corpo de tanta ansiedade, Só quero
ficar sozinho. - Disse o coelhinho Zezé.
- Se quer ficar
sozinho então boa viagem, mas tenha cuidado com caçadores que andam
rondando por esses lados. – Disse o galo voltando a cantar ou atrasaria o
despertar da floresta.
Uma formiga daquelas bunduda que a tudo ouvia, chegou
perto do coelho e disse:
- Acho que está doente. Deveria procurar o doutor macaco
e se consultar antes que morra por ai de tristeza.
- Eu não vou perder meu tempo falando com uma formiga,
respondeu o coelho inquieto se coçando.
E assim deixando a formiga falando sozinha resolveu
voltar, quando encontrou um grilo feliz
no seu cri...cri...cri...pousado em um graveto seco no caminho, o coelho
parou olhou aquela alegria toda de um bichinho minúsculo e resolveu que por mais
que a tristeza estivesse querendo participar da sua vida ele seria bem mais
forte para expulsar, e voltou pulando para encontrar os amigos, dessa vez ser o
mesmo coelho Zezé de toda vida, feliz e brincalhão e tudo agradeça aos amigos
que o incentivou.
Autoria- Irá Rodrigues
Diretora Internacional da divisão de Literatura
Infanto-juvenil
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