Um dos seus mais atrapalhados sonhos era chegar
logo as férias e voar para a casa da avó que morava numa casinha linda no mais lindo
campo com um riacho que corria ao pé da serra.
Assim chega o tão esperado dia, de malas prontas
parte levando os sonhos e as fantasias. Dessa vez não estaria sozinha e com
mais dois primos poderiam explorar a região em busca da realização dos seus sonhos.
Empolgada assim que chega corre e vai falar dos
seus planos aos primos.
- Você não vai encontrar nada disso nessa região, -
Meninas é mesmo bobas, Concluiu Januário o primo marrentinho de olhos
amendoados.
O outro menor que a tudo ouvia perguntou:
- Onde vamos procurar? Eu venho aqui todas as
minhas férias e nunca ouvi dizer que por essa região existissem gnomos. De onde
você tirou essas ideias?
- Eu venho pesquisando faz tempos, ano passado
estava chovendo muito e não fui procurar, mas garanto eles moram no bosque do
outro lado das montanhas.
Já sei! Gritou Januário. Na biblioteca eu vi muitos
livros antigos já com as capas bem velhinhas, será que não encontraremos alguma
pista?
Pouco depois estavam os três sentados no chão com
uma pilha de livros velhos sendo folheados com cuidado.
- Vejam! Aqui tem algo sobre os gnomos, diz que
eles vivem em bosques e florestas que ficam ao pé de montanhas por ter um solo
fresco, muitos moram dentro de buracos em troncos de árvores mortas, outros em
cogumelos gigantes. – Eu juro uma vez andando com meu avô por aqueles lados eu
vi vários cogumelos que parecem guarda-chuvas abertos, até perguntei ao vovô e
ele disse serem venenosos e que nunca deveria tocar pois eliminam um liquido
perigoso.. Concluiu eufórica a menina.
O garoto menor ficou a pensar, ao ter uma odeia deu
um pulo. O que acham de fazer um piquenique no bosque? Não iremos sozinhos
chamaremos todos assim não nos proibi de sair dizendo que na montanhas é
perigoso.
- Parem de sonhar. Acham que a vida é um conto de
fadas e quando chegar lá nas montanhas encontraremos um castelo e muitos gnomos
trabalhando. Isso tudo só acontece nos livros, Disse Januário.
- Se não quiser ir azar seu, depois não venha dizer
que se arrependeu. Eu vou sim e não custa tentar, Disse a menina. Eu vou
conseguir, Concluiu confiante cheia de orgulho..
Todos concordaram e no dia seguinte saíram bem
cedinho para pegarem o frescor da manhã. Ao chegar num lugar lindo de árvores
floridas bem à beira do riacho estenderam a toalha depositaram as cestas de
lanche e sentaram a avó e a tia, enquanto o vovô pegava sua vara de pescar e
seguia para o riachinho.
As crianças avisaram que dariam um passeio, depois
dos avisos de não andarem muito longe, para terem cuidado e outras
recomendações, saíram levando apenas cada um o seu vasinho de água.
Depois de andarem pela montanha resolveram descer
até o vale onde o verde salpicados de flores convidavam para explorarem em
busca do que tanto procuravam.
Cansados resolveram voltar quando viram um tronco
enorme caído e todo coberto de plantinhas verdes rasteiras. A menina corre na
frente os dois que vinham atrás levam um susto quando ouvem um voz sussurrante
dizendo:
- Oi crianças, sejam bem-vindos! Eu sabia que essa
menina andava a nossa procura, mas demorou muito para nos encontrar. Faz tanto
tempo.- Disse um homenzinho sentado sobre o tronco.
Os garotos de tão assustados perderam a fala, os
olhos esbugalhados nem piscavam. A menina não se cabia de tanta felicidade.
- Eu sabia que vocês existiam e moravam aqui
pertinho, eu sei tudo da vida de vocês venho pesquisando faz algum tempo. Disse
a menina sem tirar os olhos daquele ser minúsculo.
- Ei garotos, voltem a realidade somos pequeninos
mas somos felizes assim do nosso tamainho.. Disse o gnomo sorridente. Nem me
apresentei. Eu sou o gnomo Pepeu, sou o guardiã que comanda o reino dos gnomos,
ou seja eu sou responsável por todos. Concluiu assobiando e logo outros tantos
apareceram para espanto dos garotos.
Depois que o tronco ficou forrado de seres
miudinhos e sorridentes, o guardião disse:
- Se queria nos encontrar doce menina vamos
realizar os seus sonhos. Vamos entrar no reino encantado dos Gnomos, venham
todos e boa estadia nos encantos da fantasia.
Os três emocionados nem precisavam dizer nada
apenas se encantarem com aquelas descobertas. De repente surgem outros gnomos
brincando nas folhas das árvores outro deslizando nas pétalas das flores
gigantes.
- Ei pare de sonhar acordado, disse um velho gnomo
ao menino mais novo. Venha! Venham vou levar todos a um lugar encantado, irão
conhecer como vivemos felizes no nosso reino. Aqui cada um tem a sua tarefa
para cuidar da natureza, montamos nas asas do vento e espalhamos sementes assim
os campos vivem sempre floridos e perfumados. Ajudamos os insetos a viverem em
harmonia. Concluiu em gargalhadas; - Somos capazes de trocar até as cores do
arco-íris.. se desejarmos...
As crianças estavam cada vez mais encantada, quando
um outro gnomo surgiu trazendo uma chave e disse: - Venham conhecer os nossos segredos, aqueles baldes enormes
estão cheios de formulas mágicas mas só os gnomos podem saber seu segredo.
Disse o Gnomo sorrindo.
Assim o gnomo entregou um balde a menina e pediu
que ela jogasse o liquido sobre o solo, de repente o solo se cobriu de verde e
lindas flores brotaram, não eram flores comuns eram lindas e de varias cores
como se fosse pedacinhos do arco-íris.
- Vejam aquele ali é o nosso amigo, é ele que voa e
vigia se algum perigo se aproxima. ele também leva as sementes para espalhar
onde não conseguimos chegar.
A menina disse que precisavam voltar ou ficariam de
castigo, mas prometeram que voltariam.
- Que pena! As noites aqui é uma verdadeira festa
iriam adorar participar das nossas danças e cantorias. Disse o gnomo mais
velho. Mas precisam mesmo voltar ou os adultos chegam até aqui procurando-os. O
que nunca queremos é a presença de adultos, ou correremos perigo. Guardem
segredo e voltem quando quiserem.
As crianças agradeceram e partiram com a certeza de
que aquele sonho tão esperado fora realizado, agora os primos sabiam de que ela
sempre estava certa em afirmar que ali nas montanhas moravam os gnomos, eles só
não imaginavam que seria tão mágico.
Cantarolando os três voltaram ao encontro dos avós
e da tia que entretidos conversavam sobre a pescaria que fora um sucesso.
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