Zazá era uma lagartixa
diferente de todas as outras vivia
revoltada e não se conformava com a sua
cor amarelada enquanto todas as outras eram cinzas escuras ou claras.
Zazá achava que ao nascer derramaram um balde de
tinta em seu corpo ou pensava que não pertencia aquela raça. – Será que sou
filha de algum monstro? Será que vou crescer tanto e ficar maior que as
montanhas?
Se todos são iguais
apenas eu preciso ser tão feia com essa
cor desbotada, meus olhos são da cor da minha pele tudo amarelo. Pensava triste a lagartixa.
Os pais de Zazá não
sabiam mais o que fazer para convencer a filha de que era igual apenas a cor
era diferente e com certeza em algum lugar viviam outras assim como ela, mas a
lagartixa amarela ficava cada vez mais revoltada, cada centímetro que crescia sua cor ficava
mais amarelada, já não olhava no espelho das águas nem sua sombra nas paredes,
se encontrasse um balde de tinta entraria nele até que a sua cor ficasse igual
a de todas as outras lagartixas que conhecia.- Pensava aborrecida.
- Se foi Deus que
criou todas as lagartixas iguais, por que a única diferente teria que ser eu e
justamente essa cor amarelada? Lamentava-se na beirada de um penhasco quando se
aproximaram varias lagartixas de cores diferentes a que ela conhecia, tinha
listradinho de preto e branco, outros
verdes claro e escuro e finalmente uma
enorme amarela igual a sua cor.
- Agora já sabe que a
sua revolta era pura bobagem, existem várias cores e tamanhos da nossa raça,
até os gigantes capazes de nos engolir de uma só vez. Disse a maior lagartixa
de cor verde.
Envergonhada Zazá
prometeu nunca mais reclamar da sua cor diferente, pois agora sabia que muitas
outras eram iguais e com certeza pertencia à mesma família. Daquele dia em
diante a lagartixa amarela desfilava se exibindo da sua cor diferente, o que
causava revolta agora era motivo de orgulho.
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