sexta-feira, 11 de julho de 2025

DOIS BONS AMIGOS

 

 

 

A ratinha Josefina, com seus olhos brilhantes, boca avermelhada e um belo pelo castanho, era uma refinada malandrinha. Todos os outros ratos admiravam a alegria de estar sempre feliz, assim, todos gostavam de ir à sua casa para brincarem, sair em busca de aventuras e quem sabe encontrarem queijos fresquinhos na fábrica que ficava a poucos metros da sua aldeia.

Certo dia, Josefina tomou uma decisão, naquele reino não fariam mais maldades com seus amigos ratinhos, nenhum gato iria se aproximar ou seria atacado com a fúria de uma ratinha. Nem bem pensou nisso, lá vinha o gato Teco com seus olhos famintos pronto para dar o bote num ratinho indefeso, foi uma gritaria, logo outros ratos vieram atacando o gato por todos os lados, sempre se defendendo das suas garras.

O gambá um bondoso amigo, surgiu com sua espada avançando contra o gato:

- Somos todos defensores dos amigos, gato nenhum entra aqui para fazer maldades. Soltando aquele pum fedorento.

O gato sem mais opção colocou o rabinho entre as pernas, abaixou as orelhas, deu um forte miado e fugiu como um raio.

Os ratinhos bateram palmas, abraçaram o gambá, o resto do dia foi a maior festa com direito a queijos, frutas e um bom suco de flores.

Na manhã seguinte, Josefina estava muito triste, sentou-se num banco, baixou a cabeça e começou a matutar seus pensamentos. Logo adiante surgiu o Ratinho José que, perdendo a timidez se sentou ao seu lado.

- O que aconteceu? Não obtendo respostas voltou a perguntar.

-  Você é a ratinha mais alegre desse reino. O que você tem?

Josefina em poucas palavras relatou o que estava deixando agoniada.

- Vamos! Se anime, venha dar uma voltinha no bosque, somos livres, vamos desfrutar da nossa liberdade. Disse José todo empolgado.

Assim, a partir daquele momento se tornaram bons amigos, viviam sempre juntos tomando chá, colhendo frutas e se aventurando na fábrica em busca de bons pedaços de queijo fresco.

Decididos, resolveram construir uma casinha onde iriam morar juntos, todas as manhãs saiam para darem belos passeios pelos bosques floridos.

Quando viram o gavião vendendo balões, saíram correndo, compraram um azul, outro vermelho, a manhã foi de pura felicidade brincadeiras e gargalhadas.

De repente não se sabe como, surgiu um vento atrevido, dando rodopios levou os balões e junto os dois amigos que não soltaram o cordão.

Os balões continuavam subindo, subindo, cada vez mais a terra ficava distante dos seus pés, o vento que agora já era uma ventania não tinha piedade, até que, os cordões se entrelaçaram nos galhos do jacarandá, árvore maior daquela floresta. Os amigos soltaram os cordões, os balões continuaram subindo desaparecendo entre as nuvens branquinhas.

Os dois cansados, ficaram por um tempo no alto da árvore até que tivessem forças para descer daquela altura. Infelizmente, a Josefina escorregou e machucou a sua patinha. José mais que depressa desceu para socorrê-la, foi obrigado a improvisar uma maca, onde colocou sua amiga levando-a ao Dr. Guaxinim, o bondoso médico enfaixou a patinha pedindo que ficasse em repouso até a próxima semana.

José estava muito aflito, a casa ficava longe. O que fazer não tinha nenhuma ideia.

O Dr. Guaxinim, ao ver a carinha de preocupação do rato josé disse;

- Eu a levarei em meu transporte, a Josefina não pode andar até que sua patinha fique curada.

Os dias foram se passando, a ratinha estava bem, a patinha já não estava mais enfaixada.

Hora de voltarem para viverem as suas aventuras, os dois foram dar um passeio. Logo chegaram ao jardim mais florido daquela região. Após um belo banho no riachinho de águas cristalinas foram colher sementes, raízes e flores para enfeitar a casa.

- Uma bela sopa estava pronta, o cheiro subia pelo ar atraindo passarinhos, esquilos e até outros ratinhos.

Todos comeram até se fartarem, o dia foi muito especial, cheio de alegria, aventuras e brincadeiras.

De repente, o céu escureceu, perceberam que se aproximava um temporal. Os dois correram para uma gruta no caule da árvore onde pretendiam passar a chuva.

Tempos depois, os dois dormiram, roncavam com o sono mais tranquilo.

E assim, a vida dos dois amigos continuava cheia de aventuras.

 

IráRodrigues
Santo Estevão - BA – Brasil

http://iraazevedo.blogspot.com.br/

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