Certa vez, lá na floresta,
aconteceu o casamento do gafanhoto e a centopeia. Tudo estava organizado, o
sabiá era o cantor, o sapo batia o tambor, o grilo no tamborim, o macaco no
violão, o coelho era o sanfoneiro.
E começa a festança, o vigário era
o tamanduá, no caminho sentiu fome, viu o formigueiro e foi se refastelar, de
tanto comer formigas adormeceu no lugar.
A noiva impaciente andava de lá
para cá, o pé se encheu de calo, o vigário não aparecia, o casamento não
poderia se realizar, convocaram o delegado tatu, que ao saber do acontecido
saiu para procurar. As formigas cozinheiras, as lagartas ajudantes. Quando
chega a lagartixa dando logo a notícia, o vigário desmaiou aqui não vai chegar,
melhor chamar o besouro Totonho o casamento vai realizar.
Foi aquele corre, corre, as moscas
voaram apressadas, nada de voltarem, a borboleta animada, começou a dançar. Se
não tem casamento a festa não pode parar.
O besouro chegou apressado, os
noivos se animaram, todos estavam atentos esperando a noiva entrar.
Numa carruagem florida chegava à
centopeia, nem esperou a pergunta olhou o noivo e disse sim.
Começou a confusão, antes que o
noivo respondesse, entra dona tanajura:
- Parem esse casamento, o noivo já é casado, tem uma penca de filhos,
duas mulheres para sustentar.
A noiva decidida, foi logo
dizendo: saia daqui sua atrevida, esse aqui é meu noivo, já, já o meu marido.
A tanajura pensando em acabar o
casamento saiu vaiada dali o noivo continuava calado, a festa continuou. Foi
até o amanhecer, os vagalumes acenderam suas luzinhas, a animação contagiava a
floresta e todos os bichinhos dançavam felizes.
Autoria- Irá Rodrigues
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