A CURIOSIDADE
Uma confusão
formou-se na pracinha, todos os bichos correram para saber do acontecido, os
mais altos tomavam a frente, os menores espichavam o pescoço e ficavam na ponta
do pé para entender toda aquele alvoroço.
- Com certeza
pegaram o bode, ele andava encurralando as cabras da vizinhança gritava a
girafa com seu pescoço comprido, e nem por isso conseguia saber do ocorrido.
Não arredo o pescoço desse espaço até conseguir saber de tudo, Concluiu cheia
de curiosidade.
Cresce a
confusão e todos se acotovelavam, era empurrão daqui esbarrão de lá todos se
cocando de curiosidade.
- Vamos
colaborar! Gritava o macaco, vejam pisaram na velha tartaruga e a pobre da
raposa desmaiou.
- Pobre que
nada! A raposa é uma assanhada fingida, não é desmaio é fingimento. Corram
joguem água, - gritou a arara.
A raposa que
não gostava de tomar banho levantou num salto se sacudindo e cuidou de fugir
dali.
No final
todos cansados foram se retirando a noite chegou a praça ficou vazia e até hoje
tentam saber o motivo daquela confusão...
Agora seja bem esperto, descubra o motivo e continue
essa história.
Autoria- Irá Rodrigues
ASSIM ACORDOU O DIA
Foi a maior confusão, o Sol na maior preguiça
continuava escondido, o galo nem apareceu para dar bom dia. A Lua bocejando foi
se afastando, em fronhas de linho se deitou deixando o dia na escuridão.
As estrelinhas que a tudo observava deitadas em suas
caminhas de nuvens flutuantes, nada entendiam; - Alguém sabe ai embaixo o que aconteceu?
Perguntou uma das estrelinhas lá bem do alto.
- O relógio do Sol se atrasou a Lua com certeza
acelerou os ponteiros do seu tempo e cansada de brilhar foi se recolher.
Respondeu a estrela mãe.
A Lua sonolenta respondeu:
- Nada disso linda estrelinha, eu fui me recolher na
hora certa, agora cabe ao majestoso Sol clarear o dia e o galo despertar a
floresta.
Enquanto isso, na floresta os bichinhos estavam
assustados, nem a coruja saiu da sua casa. Flores confabulavam sem entender
aquele atraso, estavam com frio e precisavam da luz do Sol para se aquecer.
O beija-flor, sentindo falta de perambular entre
flores, resolveu ir falar com a fadinha cor-de-rosa:
- Amiga fadinha todos os bichos querem uma explicação
do que está acontecendo. Nem o galo acordou para dar bom dia com seu canto
estridente, os passarinhos ainda dormem encolhidos nos galhos.
A fadinha pediu que esperasse e partiu em disparada
seguida por milhares de vaga-lumes que deixavam o caminho iluminado.
Pouco tempo depois ela voltava sorrindo:
- Calma meu pequeno beija-flor, corra avise a todos
que está sendo resolvido, o relógio do Sol quebrou a corda, o relojoeiro
demorou a consertar deixando o Sol impaciente.
- Veja! É o olho do Sol clareando o dia gritou a
fadinha e logo o galo das campinas abriu o bico despertando todos que ainda
estavam recolhidos em suas tocas, em suas casas, em seus ninhos.
E assim o dia acordou...
Autoria- Irá Rodrigues
O PATINHO SUJO-
Autoria- Irá Rodrigues
Tato é um
patinho diferente dos seus irmãos, enquanto os outros vivem nadando no lago,
ele não tomava banho e se chovesse saia correndo e num cantinho quente se
escondia.
A pata mamãe
sempre reclamava:
-Tato, vamos
brincar no lago, veja a folia dos seus irmãos.
- Não gosto de
água, eu gosto de ficar sequinho e não sei nadar. Disse Tato.
- Você é estranho
parece mais galinha do que pato. Ai, onde eu errei? Será que um ovo de galinha
foi parar em meu ninho. Disse a mamãe pata. Não você é pato apenas estranho.
Concluiu.
Tato
encolheu-se, a mamãe pata balançava a cabeça chamava os outros filhotes e juntos
correram para o rio, por lá ficavam o dia nadando e brincando, enquanto Tato
preferia ficar no terreiro ciscando com as galinhas.
À noite quando
se recolheram na granja para dormir, todos limpinhos e cheirosos, apenas Tato
nem pensar em tomar banho, adorava viver sujinho...
Autoria- Irá
Rodrigues
DESESPERO DA BORBOLETA
Era uma vez, há muito tempo
atrás aconteceu um grande baile na floresta e todos os bichos foram convidados,
menos a lagarta que estava dormindo em seu casulo.
Os animais do jardim estavam
agitados menos a pobre da lagarta que já estava ficando velha e queria logo se
transformar numa linda borboleta, porém a natureza estava deixando-a
inconformada.
A festa começou com um desfile
de elegância e beleza, cada um em seu traje de festa riam da pobre da lagarta
por estar presa e não poderia se exibir na sua cor amarelo ouro.
A lagarta impaciente se torcia
implorando que a natureza se apressasse.
- Estou pronta as minhas
asinhas, minhas antenas tudo perfeito, que triste uma festa tão linda eu aqui
nessa exuberância colorida e proibida de sair e desfilar. Com certeza eu seria
a mais linda e elegante de todos os bichos. – Queixou-se a borboleta ainda
presa no casulo.
A natureza sentiu pena e
acelerou o processo da sua saída.
Num passe de mágica a
borboleta as sacudiu empinou as antenas balançou as asinhas, esticou uma
perninha, depois a outra e voou para a grande festa.
Nem precisa comentar que foi a
mais elegante e cobiçada de toda a festa.
Ela claro, uma lagarta feia
como era chamada se transformou na mais linda e invejada borboleta. Causando
espanto em todos os convidados.
MAMÃE PORQUINHA
A mamãe porquinha vivia em uma
fazenda com seus dez filhotes peraltas deixando a mamãe de cabelo arrepiado.
A mamãe porquinha era muito
carinhosa e cuidava dos seus filhotes com muito amor. Todas as manhãs ela
levava os dez para um passeio na beira do riacho para tomarem banho de lama
fresquinha, todos se embolavam deixando apenas os olhos de fora e saiam todos sujos
sendo obrigados pela mamãe a entrarem na água e se limparem, assim voltavam
para casa todos cheirosos. Ao chegarem a casa deitavam ao sol para se aquecerem
antes de receberem uma gamela de ração.
Ao terminarem a mamãe dizia:
- Amanhã é dia da mamãe vamos ao
parque fazer um piquenique e lá encontraremos outras mamães com seus filhotes,
portanto durmam cedo. Concluiu roçando o focinho na cabeça de cada filhote.
O dia amanheceu com um sol radiante,
logo o céu escureceu o vento balançava as árvores, a mamãe porquinha resolveu
voltar para casa onde se recolheram. O resto da tarde passou brincando e
enchendo a mamãe de carinhos assim encerraram o grande dia da mamãe porquinha.
Quando as luzes se apagaram os
filhotes se aninharam ao lado da mamãe e disseram:
Feliz Dia da Mãe mais carinhosa.
Autoria- Irá Rodrigues
A ABELHA E O BEIJA-FLOR
Certo dia voltando da
escola o beija flor pousa na mais linda flor que vê do alto do seu voo.
Mas ao tocar seu bico
comprido na flor solta um grito:
--Ai, ai, aiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii
quem tá ai dentro que me deu essa horrível ferroada?
E sai da flor uma
abelha com cara de poucos amigos, empina suas antenas e diz:
-- Sou eu sim senhor
beija flor intrometido, aqui nunca foi seu espaço então trate de sumir antes que
leve outra ferroada...
--Você não pode ser
dona de toda essa floresta de todos os campos de todas as flores, gritou
esfregando a cabeça num galho seco para aliviar a dor da ferroada...
--Sou sim e posso
provar: quem alimenta as colmeias, quem fornece o melhor mel da região, quem
poloniza as florestas? Por acaso é você seu intrometido?
--Oras! Eu também
colaboro com a natureza e também tenho as cores mais exuberantes que encanta o
mundo, meu voo suave é o mais lindo, exibiu-se o beija flor sacudindo suas asas
azuladas... Acrescenta e você sua minúscula... Eu sou bem maior....
--RÁ, RÁ, RÁ... Grande
coisa, ninguém se alimenta dos seus encantos de mim sim, tenho serventia na
vida, sou pequena no tamanho e grande no meu valor diz a abelha fazendo zum,
zum, zummmmmmmmmm...
---Eu posso voar mais
alto e mais rápido, posso até levar você onde desejar assim não se cansa...
Desdenhando do beija
flor a abelha começou a zumbi a sua volta deixando-o irritado...
--Adeus! é tarde
preciso chegar em minha casinha antes do escurecer, um dia ainda vamos nos
encontrar disse o beija- flor alçando o mais suave voo, enquanto a abelha
voltava a sugar o néctar das flores para alimentar sua colmeia...
Moral da história:
nunca subestime o valor do próximo, cada um traz dentro de si as suas
qualidades...
Autoria- Irá
Rodrigues