segunda-feira, 12 de dezembro de 2022

MINICONTOS III

 

A CURIOSIDADE

 

Uma confusão formou-se na pracinha, todos os bichos correram para saber do acontecido, os mais altos tomavam a frente, os menores espichavam o pescoço e ficavam na ponta do pé para entender toda aquele alvoroço.

- Com certeza pegaram o bode, ele andava encurralando as cabras da vizinhança gritava a girafa com seu pescoço comprido, e nem por isso conseguia saber do ocorrido. Não arredo o pescoço desse espaço até conseguir saber de tudo, Concluiu cheia de curiosidade.

Cresce a confusão e todos se acotovelavam, era empurrão daqui esbarrão de lá todos se cocando de curiosidade.

- Vamos colaborar! Gritava o macaco, vejam pisaram na velha tartaruga e a pobre da raposa desmaiou.

- Pobre que nada! A raposa é uma assanhada fingida, não é desmaio é fingimento. Corram joguem água, - gritou a arara.

A raposa que não gostava de tomar banho levantou num salto se sacudindo e cuidou de fugir dali.

No final todos cansados foram se retirando a noite chegou a praça ficou vazia e até hoje tentam saber o motivo daquela confusão...

Agora seja bem esperto, descubra o motivo e continue essa história.

Autoria- Irá Rodrigues

 

 

 

ASSIM ACORDOU O DIA

Foi a maior confusão, o Sol na maior preguiça continuava escondido, o galo nem apareceu para dar bom dia. A Lua bocejando foi se afastando, em fronhas de linho se deitou deixando o dia na escuridão.

As estrelinhas que a tudo observava deitadas em suas caminhas de nuvens flutuantes, nada entendiam; -  Alguém sabe ai embaixo o que aconteceu? Perguntou uma das estrelinhas lá bem do alto.

- O relógio do Sol se atrasou a Lua com certeza acelerou os ponteiros do seu tempo e cansada de brilhar foi se recolher. Respondeu a estrela mãe.

A Lua sonolenta respondeu:

- Nada disso linda estrelinha, eu fui me recolher na hora certa, agora cabe ao majestoso Sol clarear o dia e o galo despertar a floresta.

Enquanto isso, na floresta os bichinhos estavam assustados, nem a coruja saiu da sua casa. Flores confabulavam sem entender aquele atraso, estavam com frio e precisavam da luz do Sol para se aquecer.

O beija-flor, sentindo falta de perambular entre flores, resolveu ir falar com a fadinha cor-de-rosa:

- Amiga fadinha todos os bichos querem uma explicação do que está acontecendo. Nem o galo acordou para dar bom dia com seu canto estridente, os passarinhos ainda dormem encolhidos nos galhos.

A fadinha pediu que esperasse e partiu em disparada seguida por milhares de vaga-lumes que deixavam o caminho iluminado.

Pouco tempo depois ela voltava sorrindo:

- Calma meu pequeno beija-flor, corra avise a todos que está sendo resolvido, o relógio do Sol quebrou a corda, o relojoeiro demorou a consertar deixando o Sol impaciente.

- Veja! É o olho do Sol clareando o dia gritou a fadinha e logo o galo das campinas abriu o bico despertando todos que ainda estavam recolhidos em suas tocas, em suas casas, em seus ninhos.

E assim o dia acordou...

 

Autoria- Irá Rodrigues

 

 

 O PATINHO SUJO- Autoria- Irá Rodrigues

 

Tato é um patinho diferente dos seus irmãos, enquanto os outros vivem nadando no lago, ele não tomava banho e se chovesse saia correndo e num cantinho quente se escondia.

A pata mamãe sempre reclamava:

-Tato, vamos brincar no lago, veja a folia dos seus irmãos.

- Não gosto de água, eu gosto de ficar sequinho e não sei nadar. Disse Tato.

- Você é estranho parece mais galinha do que pato. Ai, onde eu errei? Será que um ovo de galinha foi parar em meu ninho. Disse a mamãe pata. Não você é pato apenas estranho. Concluiu.

Tato encolheu-se, a mamãe pata balançava a cabeça chamava os outros filhotes e juntos correram para o rio, por lá ficavam o dia nadando e brincando, enquanto Tato preferia ficar no terreiro ciscando com as galinhas.

À noite quando se recolheram na granja para dormir, todos limpinhos e cheirosos, apenas Tato nem pensar em tomar banho, adorava viver sujinho...

 

 

Autoria- Irá Rodrigues

 

 

 

 

 

 

DESESPERO DA BORBOLETA

 

 

 

Era uma vez, há muito tempo atrás aconteceu um grande baile na floresta e todos os bichos foram convidados, menos a lagarta que estava dormindo em seu casulo.

Os animais do jardim estavam agitados menos a pobre da lagarta que já estava ficando velha e queria logo se transformar numa linda borboleta, porém a natureza estava deixando-a inconformada.

A festa começou com um desfile de elegância e beleza, cada um em seu traje de festa riam da pobre da lagarta por estar presa e não poderia se exibir na sua cor amarelo ouro.

A lagarta impaciente se torcia implorando que a natureza se apressasse.

- Estou pronta as minhas asinhas, minhas antenas tudo perfeito, que triste uma festa tão linda eu aqui nessa exuberância colorida e proibida de sair e desfilar. Com certeza eu seria a mais linda e elegante de todos os bichos. – Queixou-se a borboleta ainda presa no casulo.

A natureza sentiu pena e acelerou o processo da sua saída.

Num passe de mágica a borboleta as sacudiu empinou as antenas balançou as asinhas, esticou uma perninha, depois a outra e voou para a grande festa.

Nem precisa comentar que foi a mais elegante e cobiçada de toda a festa.

Ela claro, uma lagarta feia como era chamada se transformou na mais linda e invejada borboleta. Causando espanto em todos os convidados.

 

MAMÃE PORQUINHA

 

A mamãe porquinha vivia em uma fazenda com seus dez filhotes peraltas deixando a mamãe de cabelo arrepiado.

A mamãe porquinha era muito carinhosa e cuidava dos seus filhotes com muito amor. Todas as manhãs ela levava os dez para um passeio na beira do riacho para tomarem banho de lama fresquinha, todos se embolavam deixando apenas os olhos de fora e saiam todos sujos sendo obrigados pela mamãe a entrarem na água e se limparem, assim voltavam para casa todos cheirosos. Ao chegarem a casa deitavam ao sol para se aquecerem antes de receberem uma gamela de ração.

Ao terminarem a mamãe dizia:

- Amanhã é dia da mamãe vamos ao parque fazer um piquenique e lá encontraremos outras mamães com seus filhotes, portanto durmam cedo. Concluiu roçando o focinho na cabeça de cada filhote.

O dia amanheceu com um sol radiante, logo o céu escureceu o vento balançava as árvores, a mamãe porquinha resolveu voltar para casa onde se recolheram. O resto da tarde passou brincando e enchendo a mamãe de carinhos assim encerraram o grande dia da mamãe porquinha.

Quando as luzes se apagaram os filhotes se aninharam ao lado da mamãe e disseram:

Feliz Dia da Mãe mais carinhosa.

 

 

Autoria- Irá Rodrigues

 

 A ABELHA E O BEIJA-FLOR

 

 

Certo dia voltando da escola o beija flor pousa na mais linda flor que vê do alto do seu voo.

Mas ao tocar seu bico comprido na flor solta um grito:

--Ai, ai, aiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii quem tá ai dentro que me deu essa horrível ferroada?

E sai da flor uma abelha com cara de poucos amigos, empina suas antenas e diz:

-- Sou eu sim senhor beija flor intrometido, aqui nunca foi seu espaço então trate de sumir antes que leve outra ferroada...

--Você não pode ser dona de toda essa floresta de todos os campos de todas as flores, gritou esfregando a cabeça num galho seco para aliviar a dor da ferroada...

--Sou sim e posso provar: quem alimenta as colmeias, quem fornece o melhor mel da região, quem poloniza as florestas? Por acaso é você seu intrometido?

--Oras! Eu também colaboro com a natureza e também tenho as cores mais exuberantes que encanta o mundo, meu voo suave é o mais lindo, exibiu-se o beija flor sacudindo suas asas azuladas... Acrescenta e você sua minúscula... Eu sou bem maior....

--RÁ, RÁ, RÁ... Grande coisa, ninguém se alimenta dos seus encantos de mim sim, tenho serventia na vida, sou pequena no tamanho e grande no meu valor diz a abelha fazendo zum, zum, zummmmmmmmmm...

---Eu posso voar mais alto e mais rápido, posso até levar você onde desejar assim não se cansa...

Desdenhando do beija flor a abelha começou a zumbi a sua volta deixando-o irritado...

--Adeus! é tarde preciso chegar em minha casinha antes do escurecer, um dia ainda vamos nos encontrar disse o beija- flor alçando o mais suave voo, enquanto a abelha voltava a sugar o néctar das flores para alimentar sua colmeia...

 

Moral da história: nunca subestime o valor do próximo, cada um traz dentro de si as suas qualidades...

 

Autoria- Irá Rodrigues

 

 

 

 

 

 

 

Nenhum comentário:

Postar um comentário

AS PIPAS