O domingo acordou com um sol lindo os três saíram pela floresta, a raposa levava o filhotinho de passarinho em
seus pelos fofinhos, mamãe voava tão
baixinho que chegava a ficar rente a sua nova amiga assim não deixava seu filhote longe da sua
proteção. Chegando numa clareira muitas lebres vendiam balões coloridos.
Cuidaram logo de comprar um vermelho
e amarraram na patinha do
passarinho, a brisa deu um assobio e fez o balão subir, subir e lá se foi o
passarinho feliz pela nova aventura. A andorinha ao ver o filho naquela altura
bateu asas e subiu para salvar o seu pequenino filhote que ria alegremente
batendo as asinhas.
O balão continuava a subir e quanto mais à brisa atrevida soprava para
longe ele era levado. A raposa corria
por terra, mas não conseguia acompanhar as estripulias da brisa. De repente
bum! O balão foi espetado por um graveto e estourou largando o passarinho preso
nos galhos pelo cordão que o prendia ao balão, lutando para se soltar começou a
sentir medo e chorava. Mamãe finalmente conseguiu chegar e com seu
bico soltou sua perninha que ficou machucada.
Piu... piu, gemia o filhotinho, a raposa que já estava lá embaixo
aguardava a andorinha que desceu com cuidado e colou o filhote nas costas da amiga e correram até o posto médico da floresta. O
passarinho não parava de gemer, o médico o Dr. macaco cuidou do pequenino e
liberou pra que fosse cuidado em sua casa.
Começava a escurecer, os três estavam
aflitos temendo um novo ataque da coruja, a casa ficava do outro lado da
montanha melhor pernoitarem por ali assim com a luz do sol iluminando a
floresta seguiriam viagem e assim o fizeram.
O macaco acomodou todos, depois lhes serviu um saboroso jantar uma
deliciosa salada de milho alpiste, sementes fresquinhas uma carne suculenta de ratos gordinhos para a
raposa que comia e se lambuzava e
bananas saborosa refeição para o seu paladar, assim depois de se
banquetearam foram dormir. Na manhã bem cedinho bem antes do galo das montanhas
cantar os três partiram em caminhada. No
caminho o passarinho se escondeu nos pelos da
raposa e se divertia com os
peixinhos que saltitavam nas águas azuis do riachinho.
Logo chegaram a um jardim florido onde as flores se vestiam com suas
belas roupas de festa, a rosa com sua serenidade se admirava com a forma
espevitada do cravo que não parava
quieto só querendo se balançar assanhando suas pétalas, uma lebre
distraída serviu para o banquete da
raposa enquanto o sabiá colhia as
lagartinhas para alimentar o filhote que
preguiçosamente dormia entre as orelhas da raposa. A refeição saborosa e o
cansaço fez com que todos deitassem as sombras de um lindo pé de jasmim e
adormeceram.
Despertaram se espreguiçaram e
bem antes que o sol se fosse partiram. A raposa
prometeu que aquela noite ofereceria um jantar aos seus novos
amiguinhos.
O sabiá já sentia água no bico, o filhotinho saltitava ao ver a raposa separando sementes, descascando milho
e colhendo cenouras para fazer o jantar. O cheiro estava bom e logo o jantar
foi servido.
Para o sabiá e o filhotinho uma bela salada com vários tipos de
sementes, lagartinhas e besouros fresquinhos, folhas de alface verdinha colhida
bem ali ao lado da sua toca. Para seu paladar uma deliciosa sopa de tartaruga
pescada no lago que dormia parado nos fundos da sua casa.
Foi uma bela noite cheia de alegrias e das tragédias não mais se falaram, de repente o céu
escureceu as nuvens começaram a dançar, as estrelinhas pulando avisavam que
iriam se recolher, a lua nem apareceu, a chuva logo, logo caia ensopando tudo,
enchendo rios, riachinhos e o lago onde patos e marrecos nadavam no sabor da
noite. Não tardou o temporal começou
a cair, as gotas batiam forte como se
fossem entrar na casa, o vento começou soprar trazendo arrepios nas penas dos
passarinhos que se encolheram em um galho bem ao lado do fogo, a raposa se encolheu em sua caminha.
E assim minutos depois a chuva cantando lá fora ali dentro os três
roncava de tão cansados que estavam...
Autoria- Irá Rodrigues
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