quarta-feira, 19 de junho de 2019

UMA NOVA FAMÍLIA



O domingo acordou com um sol lindo os três saíram pela floresta, a  raposa levava o filhotinho de passarinho em seus pelos fofinhos,  mamãe voava tão baixinho que chegava a ficar rente a sua nova amiga  assim não deixava seu filhote longe da sua proteção. Chegando numa clareira muitas lebres vendiam balões coloridos.
Cuidaram logo de comprar um vermelho  e amarraram  na patinha do passarinho, a brisa deu um assobio e fez o balão subir, subir e lá se foi o passarinho feliz pela nova aventura. A andorinha ao ver o filho naquela altura bateu asas e subiu para salvar o seu pequenino filhote que ria alegremente batendo as asinhas.
O balão continuava a subir e quanto mais à brisa atrevida soprava para longe  ele era levado. A raposa corria por terra, mas não conseguia acompanhar as estripulias da brisa. De repente bum! O balão foi espetado por um graveto e estourou largando o passarinho preso nos galhos pelo cordão que o prendia ao balão, lutando para se soltar começou a sentir medo  e chorava.  Mamãe finalmente conseguiu chegar e com seu bico soltou sua perninha que ficou machucada.
Piu... piu, gemia o filhotinho, a raposa que já estava lá embaixo aguardava a  andorinha  que desceu com cuidado  e colou o filhote nas costas da amiga  e correram até o posto médico da floresta. O passarinho não parava de gemer, o médico o Dr. macaco cuidou do pequenino e liberou pra que fosse cuidado em sua casa.
Começava a escurecer, os três estavam  aflitos temendo um novo ataque da coruja, a casa ficava do outro lado da montanha melhor pernoitarem por ali assim com a luz do sol iluminando a floresta seguiriam viagem e assim o fizeram.
O macaco acomodou todos, depois lhes serviu um saboroso jantar uma deliciosa salada de milho alpiste, sementes fresquinhas  uma carne suculenta de ratos gordinhos para a raposa que comia e se lambuzava  e bananas  saborosa refeição  para o seu paladar, assim depois de se banquetearam foram dormir. Na manhã bem cedinho bem antes do galo das montanhas cantar  os três partiram em caminhada. No caminho o passarinho se escondeu nos pelos da  raposa  e se divertia com os peixinhos que saltitavam nas águas azuis do riachinho.
Logo chegaram a um jardim florido onde as flores se vestiam com suas belas roupas de festa, a rosa com sua serenidade se admirava com a forma espevitada  do cravo que não parava quieto só querendo se balançar assanhando suas pétalas, uma lebre distraída  serviu para o banquete da raposa   enquanto o sabiá colhia as lagartinhas para  alimentar o filhote que preguiçosamente dormia entre as orelhas da raposa. A refeição saborosa e o cansaço fez com que todos deitassem as sombras de um lindo pé de jasmim e adormeceram.
Despertaram  se espreguiçaram e bem antes que o sol se fosse partiram. A raposa  prometeu que aquela noite ofereceria um jantar aos seus novos amiguinhos.
O sabiá já sentia água no bico, o filhotinho saltitava ao ver a  raposa separando sementes, descascando milho e colhendo cenouras para fazer o jantar. O cheiro estava bom e logo o jantar foi servido.
Para o sabiá e o filhotinho uma bela salada com vários tipos de sementes, lagartinhas e besouros fresquinhos, folhas de alface verdinha colhida bem ali ao lado da sua toca. Para seu paladar uma deliciosa sopa de tartaruga pescada no lago que dormia parado nos fundos da sua casa.
Foi uma bela noite cheia de alegrias e das tragédias  não mais se falaram, de repente o céu escureceu as nuvens começaram a dançar, as estrelinhas pulando avisavam que iriam se recolher, a lua nem apareceu, a chuva logo, logo caia ensopando tudo, enchendo rios, riachinhos e o lago onde patos e marrecos nadavam no sabor da noite. Não tardou o temporal  começou a  cair, as gotas batiam forte como se fossem entrar na casa, o vento começou soprar trazendo arrepios nas penas dos passarinhos que se encolheram em um galho bem ao lado do fogo, a  raposa se encolheu em sua caminha.
E assim minutos depois a chuva cantando lá fora ali dentro os três roncava de tão cansados que estavam...
 Autoria- Irá Rodrigues

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