sexta-feira, 10 de agosto de 2018

AVENTURAS NA CASA DA VOVÓ




Nem bem o dia amanhecia o galo cantava no poleiro e a menina pulava da cama planejando as brincadeiras para aquele dia, afinal estava com seus primos de férias na casa da vovó.
O café era engolido e saiam todos para mais uma aventura, dessa vez, a vítima seria os cabritinhos no curral enquanto as mamães seguiam para o pasto.
Era um veste de roupas coloca sapato nas patinhas boné e óculos. Hora de fotografar e fazer um álbum para mostrar aos colegas que vida feliz era na casa da avó e se fosse uma casinha no campo ainda melhor.
A noite outras aventuras dessa vez sentadinhos ou deitados em suas camas para ouvirem as lindas historinhas contadas pela bondosa avó, não faltava aventuras, assombração e mistérios até que todos fossem dominados pelo sono.
Todas as noites a mesma historinha tinha que ser repetida, quando a avó fingia esquecer todos gritavam:
- Vovó conte a historinha dos bichinhos que moram aqui no sitio. Pedia Pedrinho seguido dos outros três, Martinha, Leninha e Zezinho.
Fiquem bem quietinhos ou os bichos podem acordar e vim participar da história pedia a avó.
A avó senta na sua cadeira de balanço e começa a contar a historinha enquanto todos recostados em seus travesseiros começam a bocejar.
- Era uma vez um gato muito travesso chamado mingau, tão peralta que perturbava até a sua própria sombra achando que era outro gato.
Tinha também um porquinho tão falante que reclamava de tudo, um cachorro preguiçoso que não arrastava o pé do lugar, só se mexia para espantar uma mosquinha que pousava em sua orelha fazendo cocega.
Mas tinha também um grande mentiroso o papagaio Zarolho, fofoqueiro igual não poderia existir tudo que via e ouvia ele falava e se não via ele inventava fazendo a maior confusão entre os bichos.
Já estava quase esquecendo o  salsicha, um cãozinho que apareceu por aqui num dia de chuva exigindo que abrissem a sombrinha, pois estava resfriado e não poderia se molhar.
Cada olhinho ia se fechando e a história nunca chegava ao fim. A vovó cobriu todos com cuidado, apagou a luz e foi dormir.
Na manhã seguinte, acorda Martinha que nunca ficava parada e foi logo se desculpando com a avó.
- Vovó, a galinha se soltou e a culpa foi minha.
-  De que galinha a menina está falando, perguntou a avó colocando o pão no forno, pois logo a turminha chegava esfomeada.
- Aquela que estava presa na granja.
A turminha entrou correndo cada um se dizendo culpado o que fez a avó cair na gargalhada.

- Você não vai ficar brava ou nos colocar de castigo? – Perguntou Pedrinho.

- Aquela galinha é uma aventureira, ela entrou ali sem ser convidada vocês não fizeram nada de errado. Agora, todos sentados para tomarem café e depois vamos até o jardim quero que me ajudem a colocar mudas de  plantinhas nos vasos. E para mostrar que não são culpados de nada vou levar uma cesta assim podem fazer um belo piquenique nas sombras do jasmim.
O café foi engolido e logo se puseram a correr para o jardim onde pegavam as mudinhas e entregavam a  avó para replantar nos vasos.
Assim que terminaram uma toalha foi aberta nas sombras retirando da cesta bolo, suco, pãozinho e frutas colhidos ali mesmo no pomar. E, para surpresa de todos chegam os passarinhos para dividirem os lanches..


Autoria- Irá Rodrigues
http://iraazevedo.blogspot.com.br/
Diretora Internacional da divisão de Literatura Infanto-juvenil

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