Nem bem o dia amanhecia o
galo cantava no poleiro e a menina pulava da cama planejando as brincadeiras
para aquele dia, afinal estava com seus primos de férias na casa da vovó.
O café era engolido e saiam
todos para mais uma aventura, dessa vez, a vítima seria os cabritinhos no
curral enquanto as mamães seguiam para o pasto.
Era um veste de roupas
coloca sapato nas patinhas boné e óculos. Hora de fotografar e fazer um álbum
para mostrar aos colegas que vida feliz era na casa da avó e se fosse uma
casinha no campo ainda melhor.
A noite outras aventuras
dessa vez sentadinhos ou deitados em suas camas para ouvirem as lindas
historinhas contadas pela bondosa avó, não faltava aventuras, assombração e
mistérios até que todos fossem dominados pelo sono.
Todas as noites a mesma
historinha tinha que ser repetida, quando a avó fingia esquecer todos gritavam:
- Vovó conte a historinha
dos bichinhos que moram aqui no sitio. Pedia Pedrinho seguido dos outros três,
Martinha, Leninha e Zezinho.
Fiquem bem quietinhos ou os
bichos podem acordar e vim participar da história pedia a avó.
A avó senta na sua cadeira
de balanço e começa a contar a historinha enquanto todos recostados em seus
travesseiros começam a bocejar.
- Era uma vez um gato muito
travesso chamado mingau, tão peralta que perturbava até a sua própria sombra
achando que era outro gato.
Tinha também um porquinho
tão falante que reclamava de tudo, um cachorro preguiçoso que não arrastava o
pé do lugar, só se mexia para espantar uma mosquinha que pousava em sua orelha
fazendo cocega.
Mas tinha também um grande
mentiroso o papagaio Zarolho, fofoqueiro igual não poderia existir tudo que via
e ouvia ele falava e se não via ele inventava fazendo a maior confusão entre os
bichos.
Já estava quase esquecendo
o salsicha, um cãozinho que apareceu por
aqui num dia de chuva exigindo que abrissem a sombrinha, pois estava resfriado
e não poderia se molhar.
Cada olhinho ia se fechando
e a história nunca chegava ao fim. A vovó cobriu todos com cuidado, apagou a
luz e foi dormir.
Na manhã seguinte, acorda
Martinha que nunca ficava parada e foi logo se desculpando com a avó.
- Vovó, a galinha se soltou
e a culpa foi minha.
- De que galinha a menina está falando,
perguntou a avó colocando o pão no forno, pois logo a turminha chegava
esfomeada.
- Aquela que estava presa na
granja.
A turminha entrou correndo
cada um se dizendo culpado o que fez a avó cair na gargalhada.
- Você
não vai ficar brava ou nos colocar de castigo? – Perguntou Pedrinho.
- Aquela
galinha é uma aventureira, ela entrou ali sem ser convidada vocês não fizeram
nada de errado. Agora, todos sentados para tomarem café e depois vamos até o
jardim quero que me ajudem a colocar mudas de
plantinhas nos vasos. E para mostrar que não são culpados de nada vou
levar uma cesta assim podem fazer um belo piquenique nas sombras do jasmim.
O café
foi engolido e logo se puseram a correr para o jardim onde pegavam as mudinhas
e entregavam a avó para replantar nos
vasos.
Assim que
terminaram uma toalha foi aberta nas sombras retirando da cesta bolo, suco,
pãozinho e frutas colhidos ali mesmo no pomar. E, para surpresa de todos chegam
os passarinhos para dividirem os lanches..
Autoria- Irá Rodrigues
http://iraazevedo.blogspot.com.br/
Diretora Internacional da divisão de Literatura
Infanto-juvenil
Nenhum comentário:
Postar um comentário