sexta-feira, 3 de agosto de 2018

AVENTURAS DA GALINHA MARIZETE




A galinha resolveu fazer um passeio pela floresta, anda cantarolando quando de longe avista uma raposa, rapidinho resolveu subir em uma árvore, como não sabia voar tão alto resolveu se esconder atrás do tronco e assim  ficaria livre das garras da raposa que com certeza não ria rejeitar a se banquetear com uma galinha gorda.
Ficou ali horas olhando a raposa que andava tranquilamente sem pressa de chegar a lugar nenhum, ao ver que a raposa atravessou a ponte do riacho ela resolveu sair do seu esconderijo e voltar apressada para casa. Floresta não era lugar de galinhas disso ela precisava aprender. Quando avista uma outra raposa e dessa vez teria que procurar um lugar alto para se proteger e sem saber explicar estava no alto de uma árvore, aliviada viu que a raposa nem percebeu a sua presença parecia apressada, suspirou e resolveu descer. Por mais que tentasse não conseguia era muito alto e se descesse iria se esborrachar lá embaixo. Ficaria ali até que aparecesse algum animal bondoso que pudesse lhe ajudar, assim resolveu comer algumas folhinhas enquanto o tempo passava.
A noite chegou a galinha soluçava de medo por não conseguir sair dali e ter que passar a noite sozinha num lugar tão alto, - e se cochilasse e caísse justamente na hora em que a raposa passasse a procura de alimento. As horas nunca passavam até que apareceu um urubu em busca de agasalho.
- O que uma galinha está fazendo no alto de uma árvore e tão longe de casa? Perguntou desconfiado.
A galinha envergonhada da sua infantilidade relatou para o urubu e começou a soluçar de medo.
- Estranho, nunca vi uma galinha andando assim tão longe do seu terreiro. Não teve medo de acabar nas garras de alguma raposa?
- Sim! Sim... ela passou por aqui mais cedo e seguiu pela ponte em direção aquelas casinhas do lago. Disse a galinha tremendo de medo.
Não aguentando aquele chororô da galinha o urubu disse:
- Pare de se lamentar, a culpada de tudo isso é você, vou ver o que posso fazer para ajudar a sair daqui com vida. Aqui na floresta não é lugar de galinhas, quem vive aqui precisa lutar para sobreviver o que não é o seu caso que nada faz e acha tudo pronto.
A galinha sorriu contente sem ter dentes para mostrar. O urubu avisou que iria buscar socorro e voltaria em segundos, que o esperasse quieta ou cairia espatifada lá embaixo.
Finalmente o urubu voltou em seguida dois macacos que dando ordens pediu que ela se agarrasse nas costas do mais velho ele a levaria até o seu terreiro de onde nunca deveria ter saído e se metido naquela aventura
- Obrigada amigos, gaguejou a galinha se acomodando nos pelos do macaco.
- A gora fique quieta ou poderá escorregar enquanto vou saltar entre os galhos. Ordenou o macaco.
Naquele momento uma tempestade se formou impedindo de seguirem viagem, - Vamos ter que ficar por aqui a chuva vai ser muito forte e não vou me arriscar a pegar uma gripe forte por causa de uma galinha destrambelhada, Disse o macaco. Vamos fique em minha casa amanhã se o tempo melhorar e com a luz do sol poderá voltar para sua família.
Os dias passavam a chuva não parava, a galinha ficava na casa dos macacos brincando com os filhotes, até que um dia enquanto andava em volta da casa, andou por um caminho e que alegria viu a casa onde nasceu e foi criada. Não esperaria a volta dos macacos alinhou as pernas e partiu dando pequenos voos baixinhos o que ela conseguia fazer por ser uma galinha.
- Mamãe! Mamãe! Gritava ela ao ver a galinha vermelha comendo grama perto da estradinha.
É a nossa galinha Marizete, gritou para as outras que correram batendo asas de alegria achando que nunca mais a encontrariam.
- Onde você esteve menina travessa? Todos pensavam que alguma raposa tivesse te levado e nem um ossinho iriamos ver.
Todas as galinhas se abraçaram com suas asas, no terreiro foi àquela alegria, e logo queriam saber o que aconteceu para você  ficar tantos dias sumida.
A galinha relatou tudo enquanto as outras galinhas de bico aberto ouviam tudo caladas, no final foi àquela festa, e assim a galinha Marizete aprendeu que cada animal deve ficar no seu canto e nada de aventuras em outros espaços que não lhes pertence.

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