A galinha resolveu fazer um passeio pela floresta, anda cantarolando
quando de longe avista uma raposa, rapidinho resolveu subir em uma árvore, como
não sabia voar tão alto resolveu se esconder atrás do tronco e assim ficaria livre das garras da raposa que com
certeza não ria rejeitar a se banquetear com uma galinha gorda.
Ficou ali horas olhando a raposa que andava tranquilamente sem pressa de
chegar a lugar nenhum, ao ver que a raposa atravessou a ponte do riacho ela
resolveu sair do seu esconderijo e voltar apressada para casa. Floresta não era
lugar de galinhas disso ela precisava aprender. Quando avista uma outra raposa
e dessa vez teria que procurar um lugar alto para se proteger e sem saber
explicar estava no alto de uma árvore, aliviada viu que a raposa nem percebeu a
sua presença parecia apressada, suspirou e resolveu descer. Por mais que
tentasse não conseguia era muito alto e se descesse iria se esborrachar lá
embaixo. Ficaria ali até que aparecesse algum animal bondoso que pudesse lhe
ajudar, assim resolveu comer algumas folhinhas enquanto o tempo passava.
A noite chegou a galinha soluçava de medo por não conseguir sair dali e
ter que passar a noite sozinha num lugar tão alto, - e se cochilasse e caísse
justamente na hora em que a raposa passasse a procura de alimento. As horas
nunca passavam até que apareceu um urubu em busca de agasalho.
- O que uma galinha está fazendo no alto de uma árvore e tão longe de
casa? Perguntou desconfiado.
A galinha envergonhada da sua infantilidade relatou para o urubu e
começou a soluçar de medo.
- Estranho, nunca vi uma galinha andando assim tão longe do seu
terreiro. Não teve medo de acabar nas garras de alguma raposa?
- Sim! Sim... ela passou por aqui mais cedo e seguiu pela ponte em
direção aquelas casinhas do lago. Disse a galinha tremendo de medo.
Não aguentando aquele chororô da galinha o urubu disse:
- Pare de se lamentar, a culpada de tudo isso é você, vou ver o que
posso fazer para ajudar a sair daqui com vida. Aqui na floresta não é lugar de
galinhas, quem vive aqui precisa lutar para sobreviver o que não é o seu caso
que nada faz e acha tudo pronto.
A galinha sorriu contente sem ter dentes para mostrar. O urubu avisou
que iria buscar socorro e voltaria em segundos, que o esperasse quieta ou
cairia espatifada lá embaixo.
Finalmente o urubu voltou em seguida dois macacos que dando ordens pediu
que ela se agarrasse nas costas do mais velho ele a levaria até o seu terreiro
de onde nunca deveria ter saído e se metido naquela aventura
- Obrigada amigos, gaguejou a galinha se acomodando nos pelos do macaco.
- A gora fique quieta ou poderá escorregar enquanto vou saltar entre os
galhos. Ordenou o macaco.
Naquele momento uma tempestade se formou impedindo
de seguirem viagem, - Vamos ter que ficar por aqui a chuva vai ser muito forte
e não vou me arriscar a pegar uma gripe forte por causa de uma galinha
destrambelhada, Disse o macaco. Vamos fique em minha casa amanhã se o tempo
melhorar e com a luz do sol poderá voltar para sua família.
Os dias passavam a chuva não parava, a galinha
ficava na casa dos macacos brincando com os filhotes, até que um dia enquanto
andava em volta da casa, andou por um caminho e que alegria viu a casa onde
nasceu e foi criada. Não esperaria a volta dos macacos alinhou as pernas e
partiu dando pequenos voos baixinhos o que ela conseguia fazer por ser uma
galinha.
- Mamãe! Mamãe! Gritava ela ao ver a galinha
vermelha comendo grama perto da estradinha.
É a nossa galinha Marizete, gritou para as outras
que correram batendo asas de alegria achando que nunca mais a encontrariam.
- Onde você esteve menina travessa? Todos pensavam
que alguma raposa tivesse te levado e nem um ossinho iriamos ver.
Todas as galinhas se abraçaram com suas asas, no
terreiro foi àquela alegria, e logo queriam saber o que aconteceu para
você ficar tantos dias sumida.
A galinha relatou tudo enquanto as outras galinhas
de bico aberto ouviam tudo caladas, no final foi àquela festa, e assim a
galinha Marizete aprendeu que cada animal deve ficar no seu canto e nada de
aventuras em outros espaços que não lhes pertence.
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