Não gostava de estudar
Nem sapato calçava
Passava o dia inteiro
Fingindo ser fazendeiro...
Era só o Sol raiar
E lá andava Zezinho
As suas cabritas levar
Para nas montanhas pastar...
Os dias passavam
E Zezinho nada queria
Só saia de casa
Para cuidar do rebanho
Nem ao menos tomava banho...
Já tinha cheiro de bode
Passava e todos gritavam
Já vai Zezinho fedorento
Cheiro de bode nojento...
Mas um dia já um moço
Resolveu se cuidar
Passou o dia no riacho
Aquele banho tomar...
Cortou cabelo fez barba
Roupa nova colocou
Sapato no pé engraxado
Ficou um moço apanhado...
E a noite foi na festa
Na pracinha da cidade
As moças cochichavam
Outras se beliscavam...
Todas queriam atenção
Daquele belo moço
Elegante e perfumado
queria mesmo como namorado...
E Zezinho ria de todas
Das que sempre lhe maltratava
Agora ele sabia
O que cada uma achava
e não mais se enganava...
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