Era uma tarde
sonolenta, nem um minuto a amis e nem a menos para o dia acabar. Maria começou
a escrever uma historinha. O papel estava amassado, o lápis precisava apontar
se errasse teria que rasurar, a borracha
ela não sabia onde estava. E assim ela começa ela começa falando de um homem
esquisito que andava com pernas de pau feitas de cabo de vassoura daquelas que
se brincavam antigamente. Ele vestia uma calça quadriculada tão apertadinha que
mostrava as suas canelinhas finas, um blusão amarelo com golas azuis, como não
estava de sapatos os dedos mostravam unhas compridas, na cabeça um chapéu de
ponta com uma flor feita de penas de galinha. Parecia mais um espantalho-
pensou Maria rindo da sua imaginação.
Se eu queria escrever
sobre os animais do sitio, como explicar a entrada desse ser esquisito em sua
historia?
O engraçado é que ele
se meteu no meio e vai continuar. Já sei! Ele via ser um intruso que invadiu o
meu sonho eu vou trancafiar na história assim não atrapalha e posso voltar a
escrever sobre os animais. - Pensou Maria toda Prosa.
- Estou com um grande
problema em minhas mãos, quem vai querer
entrar numa história com esse intruso vagando pela casa. Pensou aflita.
Preciso dormir quem
sabe nos sonhos eu encontre uma solução. E assim que adormeceu começou a sonhar
que andava pelas ruas em busca de um personagem para entrar em sua história.
Entrou na biblioteca da
escola, revirou livros empoeirados, conversou com uma mulher que contava
historias, nada encontrava que se encaixasse na historinha que queria escrever.
Exausta sem progresso,
voltou a dormir esquecendo os sonhos. Quando despertou o intruso andava de um
lado a outro nervoso a espera de novidades.
- Fale! Fale logo quem
vai me fazer companhia? Indagava o intruso.
- Minhas visitas foram
um fracasso, não encontrei personagens, a minha historinha vai ficar sem fim.
Disse desanimada.
- Já sei! Procure uma
princesa. Disse o intruso todo animado. Assim eu serei o príncipe gritou feliz
abrindo os braços.
- O que disse? Oras
essa é boa. Você um príncipe, parece mais um espantalho intrometido.
- Bem, gaguejou ele. Eu
só queria ajuda,
Toc...toc...toc... Voando
Maria correu para ver quem batia na porta àquela hora.
Duas mulheres feias
invadiram a sala, pareciam mais duas bruxas bem feias,
Espantada Maria não
conseguia nem fechar a boca o queixo caído de assombro quando uma das mulheres
sacudiu uma capa preta que vestia e a sala foi coberta com uma nuvem escura,
quando despertou estava na mais linda casinha no meio de canteiros de rosas,
margaridas e avencas.
- Socorro! O que está
acontecendo. Eu quero apagar a historinha, gritou tentando entender se sonhava
ou estava no meio de uma história de pavor e aflição.
Preciso sair daqui,
gritava, mas o grito ficava preso em sua garganta. Quando a janela foi
escancarada, o sol brilhava lá fora, flores se balançavam ao sabor do vento, na
horta ao lado da casa duas senhoras cuidavam dos legumes e hortaliças, enquanto
um homem levava as ovelhas para pastarem nas montanhas.
Maria toda Prosa sorriu
ao reconhecer sua mãe a sua avó e seu avô. Tudo não passou de uma confusão que
havia se metido quando se meteu a escrever uma historinha.
Sorrindo ela pensou:
Agora vou começar a escrever a minha história e nada de deixar intrusos se
meterem.
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