Seu José saiu cedinho foi na horta colher legumes,
chegando lá foi aquela confusão a berinjela roxinha de raiva reclamava do quiabo
todo desengonçado que não parava de se
coçar. O jiló amargurado olhava aquela confusão e dizia-se descontente e nem
por isso reclamava com seu maxixe que vivia lhe cutucando. O chuchu muito
educado pendurado de cabeça para baixo
sorria respingando gotículas de suor no repolho que exclamava:
- Sou o mais perfeito dos cavalheiros e tenho que
suportar essa briga sem razão.
- Por favor, dona berinjela, a senhora é uma dama com essa cor fabulosa mesmo amarga mas é linda e fica ai reclamando do pobre do
quiabo magrelo só porque ele se coça..
A acelga toda formosa em seu traje de babados falou
calmamente:
- Amigos, vamos nos unir ou acabamos abandonados, juntos tomar
uma decisão. Precisamos mostrar a
importância que temos na alimentação das crianças assim podem crescer com saúde
e muita energia. O nabo todo empolgado foi logo gritando que a abóbora era a
única que não poderia opinar por ser o símbolo da festa das bruxas e carruagem
da Cinderela. A abóbora horrorizada mostrou a importância que tinha na
culinária e não seria derrotada por ser um personagem dos contos de fada. Além
do mais sou corada com essa cor de dar inveja a um nabo branquelo que as
crianças detestam. Sou adorada em doces, sopa cozido e até em pratos mais refinados.
Melhor ficar quieto ou irá se arrepender.
Naquele momento chegava seu José com seu carrinho de mão,
era hora da colheita:
Todos gritaram de
uma só vez , vamos protestar , precisamos ser mais valorizados e nos organizar pelas cores gritou a abóbora: venham!
E começou a
confusão seu José nada entendia, ao arrancar o quiabo teve a mão espetada saiu
gritando tropeçou nas ramas da abóbora, com as mãos cheias de espinho e os
joelhos esfolados voltou para casa resmungando enquanto os legumes festejavam mais aquela vitória.
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