O dia estava sonolento, era inverno, muito frio, quase congelando.
O Sol ainda dormia, o dia não aparecia,
O Sol bocejou, preguiçosamente e continuou a cochilar.
A Lua estava impaciente, precisava partir para outra região e o Sol ainda dormia entre os lençóis.
As estrelinhas cochilavam desconfiadas, umas olhavam as outras, curiosas indagavam:
O que teria acontecido.
Se o dia não clareasse, elas não poderiam ir para suas caminhas.
Então! A Lua, não querendo abandonar seu posto, pensou e resolveu ficar mais umas horinhas.
Ficaria até que o Sol resolvesse clarear o dia.
O galo, muito impaciente, se mexia no poleiro.
O Sol não despertava, como poderia acordar toda a natureza.
Os passarinhos, olhavam desconfiados, os filhotes piavam com fome e seus pais não saiam para trazer comida.
Os bichinhos estavam assustados, a tartaruga colocava a cabeça para fora, espiava e voltava para o aconchego das suas casinhas.
As flores pesadas com gotinhas de orvalho, ficavam ansiosas esperando que o Sol viesse aquecer o dia.
Precisavam aquecer as suas pétalas ou todas cairiam infelizes.
As formigas, saiam e entravam no formigueiro, se o dia não clareasse como sair naquela escuridão. -Voltavam a se esconderem.
As abelhas, precisavam trabalhar ou faltaria mel em toda a região.
Decididas, resolveram sair para procurar a fada do Sol. E lá se foram as pequenas abelhinhas, no meio da floresta escura pela falta da luz do Sol.
Encontraram a fadinha descansando numa flor gigante. - Minha doce fadinha da luz, pergunte ao nosso rei Sol o que está acontecendo.
O dia já poderia ter despertado faz horas.
Como poderemos coletar o néctar das flores, se as pobrezinhas estão pesadas de orvalho?
Como as borboletas irão perfumar o jardim? Perguntavam impacientes.
E os passarinhos! Coitados dos passarinhos.
Lamentava a abelha rainha. Como irão cantar?
A fadinha da luz sorriu, - Calma abelhinhas, vou atender seus pedidos e partiu montada nas asas do vento em direção as montanhas mais altas.
Bateu na porta do quarto do Sol, com certeza ele se esqueceu de dar corda no relógio, por isso todo esse atraso.
Bateu na porta do quarto do Sol, com certeza ele se esqueceu de dar corda no relógio, por isso todo esse atraso.
A porta não se abria. O Sol espreguiçou, soltou um espirro e o dia logo se iluminou, toda a floresta se encheu de luz.
A fadinha retornou radiante para trazer a boa notícia.
O Sol acelerou o relógio, o dia corria apressado para recuperar as horas atrasadas.
O galo engoliu gotas de orvalho, abriu o bico e cantou atrasado, mas a culpa era apenas do Sol.
A fadinha, lá do alto disse sorrindo! - Nunca é tarde para o Sol brilhar. Corram! O dia já começou!
É hora de todos se levantarem. E assim, toda a natureza festejava com o canto de lindos passarinhos.
Irá Rodrigues
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