Todos viviam numa grande harmonia, as árvores cuidavam de proteger
os bichos, a brisa tomava conta das flores, cada um tinha a sua tarefa sempre
cuidando do outro.
A cigarra tinha a tarefa de alegrar as manhãs, as tardes a
sinfonia era por conta dos passarinhos, à noite a serenata era obrigação dos grilos.
Ali não sobrava espaço para o silêncio, quando isso acontecia dona brisa
cuidava de chamar o vento que assanhava as árvores balançava as folhas fazendo
batucada no farfalhar de bater asas de borboletas.
Assim que o sol dava bom dia! Chegavam as abelhinhas fazendo zum...
zum... Com seus baldinhos colhendo o néctar para produzir mel, a centopeia que
além de exibir seus cem pezinhos era muito curiosa e tudo queria saber e foi
correndo saber o que as abelhinhas faziam com tantos baldinhos de mel.
- Bom dia bichinha rastejante de cem pezinhos! Aonde vai com tanta
pressa? Parece que vai atropelar a brisa. Disse a abelhinha.
- Bom dia abelhinhas! Estou aqui matutando umas curiosidades,
O que fazem com tantos baldinhos de mel? Vocês trabalham, trabalham
e não descansam.
- Centopeia querida não pode parar de colher o néctar para
falar com você ou o mel se congela. Logo chega o verão as flores secam e onde
iremos encontrar mel para adoçar as crianças. Por isso precisamos colher,
colher e assim que aqui não tiver mais flores mudamos para outra região. Disse
a abelhinha mais velha enquanto as outras não paravam de colher o néctar das
flores amarelas.
- Cada um com a sua atividade, vou ali comprar sapatos novos
e não preciso trabalhar. Disse a centopeia toda vaidosa.
- Oras! Oras! De que vale a vida sem uma atividade, gritaram
as abelhas enquanto a centopeia saia agitada atropelando nos seus cem pezinhos.
E assim continuava a vida na floresta encantada.
Autoria- Irá
Rodrigues
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