Aquela noite a lua apareceu no meio da madrugada,
clareou tanto que o galo José achando que era dia começou a cantar e logo
outros galos pegaram o canto e virou aquela sinfonia.
O sol que ainda dormia sonolento nem havia começado a
tecer as horas para anunciar um novo dia. Revoltado resolveu atrasar o relógio
e convidou as nuvens para atrapalharem a ousadia daquele galo assanhado. Assim
o céu escureceu encobriu a lua e a noite voltou a dormir. Mas àquela hora já
tinha bagunçado tudo, os passarinhos despertaram alvoraçados voavam dos seus
ninhos bebiam gotas de orvalho e abriam os bicos afinados cantando com toda a
sua ousadia.
O bem-te-vi abriu a janela viu o sabiá cochilando,
olhou com desdém e gritou: Bem-te-vi... Bem-te-vi fazendo com que a pobre do
sabiá quase caísse do galho, o passarinho no seu canto matinal queria mostrar
que nada passava despercebido e olhando para as nuvens cantarolou; Bem-te-vi...
Bem-te-vi...
A chuva fininha chegou apaziguando aquela euforia dos
passarinhos espantou o vento que alvoraçado sacudia os galhos como se quisesse
arrancar suas folhas. O sabiá encolheu-se com as suas penas arrepiadas pelo
frio enquanto outros passarinhos continuavam exibindo seus cantos.
E o sol sonolento na maior preguiça continuava sem abri
os olhos deixando que as nuvens trabalhassem.
Autoria- Irá Rodrigues
http://iraazevedo.blogspot.com.br/
Diretora Internacional da divisão de Literatura
Infanto-juvenil
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