O patinho azul era muito
solitário, por ter a cor diferente vivia sozinho e excluído por todos da sua
família.
O patinho azul nasceu igual
aos seus irmãozinhos numa casinha feliz na beira do lago,
Cada peninha que nascia era
de cor diferente seus irmão ficavam lindos em suas cores brancas, a sua ficava
cada vez mais azul e se tornava mais
solitário devido a diferença em que passaram a lhe tratar.
Um dia não aguentando mais
tanta tristeza ele falou:
- Eu quero que pintem minhas
penas elas são branquinhas deve ter derramado alguma tinta lá do céu, por isso
estou ficando azul. Disse triste...
Nem a mãe e nem seus irmão
responderam nada, o patinho azul resolveu procurar ajuda, colocou um chapéu e
foi andando pelo bosque, em algum lugar encontraria a resposta para a sua cor
diferente.
Andava triste de cabeça
baixa quando o coelho pulou a sua frente.
- Bom dia patinho azul...
Aonde vai assim nessa tristeza?
- Estou indo a algum lugar
encontrar um sábio pato que me explique porque eu sou diferente dos meus
irmãos, respondeu o patinho.
- Não vai encontrar quem
possa te ajudar, não fique triste sua cor é da cor do céu e é o único pato
azul, deveria está muito feliz por ser diferente de todos os outros patos e não
ficar assim tão tristinho. - Concluiu o coelho...
O patinho azul continuou seu
caminho. Um pouco adiante pulou na cerquinha um passarinho que falava todo
contente.
-Bom dia lindo patinho azul,
o que está procurando nesse bosque tão cheio de animais famintos?
- Já falei para o coelho,
vou procurar quem possa me ajudar a ficar branco.
- Oras, oras! Quanta
bobagem, todos da minha família são amarelos com peito escuro e penacho
alaranjado, veja eu sou todo de uma cor cinzenta e nem por isso fico triste.
Disse o passarinho, nem penacho eu tenho! E acha que isso me faz ser diferente?
Engano seu. – Concluiu o passarinho
balançando a cabeça e sacudindo o rabinho.
O patinho não se dava por
vencido e continuava o seu caminho, entrou no
bosque disposto a só retornar quando descobrisse porque era diferente.
Atravessou um riachinho do outro lado encontrou uma galinha de penas todas
arrepiadas. Achou estranha de todas as outras que conhecia, mas nada disse e
continuou, quando chegou a uma estradinha viu uma cabana, como estava cansado
resolveu ir até lá.
Ao entrar viu em um canto
baldes de tinta de todas as cores, parou de repente em frente a um que estava
bem aberto e exclamou: - Eu já sei,
descobri o que procurava, vou entrar nesse balde de tinta e sairei branquinho
como todos os meus irmãozinhos. Ninguém vai perceber. Pensou o patinho azul
todo empolgado.
E assim fez, mergulhou na
tinta e saiu todo branquinho com seu bico alaranjado, voltaria para casa feliz
e ninguém iria lhe rejeitar por ter a cor diferente.
Feliz da vida voltou para
casa cantarolando:
- Eu sou um patinho
feliz.... tão feliz e todo branquinho como floquinhos de algodão...
De tão feliz nem percebeu
que o dia foi engolido pela noite, tudo escureceu a lua não apareceu. – E agora
o que faço sozinho nessa escuridão? Como é que vou encontrar a minha mãe e os
meus irmãozinhos?- Pensava o patinho ficando apavorado.
Resolveu pedir ajuda aos passarinhos eles com certeza do
alto dos galhos poderiam avistar a sua família. Mas como? - se àquela hora
todos dormiam em seus ninhos ou em algum galho.
Desanimado abaixou-se em um
canto e de repente um bando de vaga-lumes se aproximava imediatamente pediu
ajuda. Os bichinhos de bundinhas acesas rodearam o patinho e pediram que seguisse seu caminho
que iriam iluminar até a sua casa e assim
o fizeram.
Encontrou sua mãe dormindo com seus
irmãozinhos entre as asas, com medo de acordar encolheu-se em um canto, estava
tão feliz que a noite foi pequena para abrigar seus sonhos.
No dia seguinte acordou
antes do galo cantar e o sol colocar o olho de fora, ficou impaciente a espera
do que todos iriam dizer quando encontrasse com ele assim todo branquinho.
Os irmãozinhos foram os
primeiros a abrirem os olhos, veja mamãe ele voltou todo branquinho. Exclamaram
juntos demonstrando a felicidade em rever o irmão assim tão feliz...
A mãe não se continha de
felicidades e queria mostrar a todos o seu lindo e feliz filhote.
Hoje vou dar uma festa no
lago, vamos convidar todos os patos que criticavam por ser diferente. A mamãe toda feliz cuidou
de escrever os convites assim os passarinhos se encarregavam de entregar todos
até o meio dia.
Chegavam patos, gansos e
marrecos de todos os lados querendo saber o milagre que aconteceu para que o
patinho azul voltasse a ser branco...
A festança estava animada
todos cantavam dançavam, brincavam e riam felizes, era chegada a hora de
batizar o patinho que não era mais azul. Todos preparados começaram a entrar no
lago, era a vez do patinho que todo feliz entrou e começou a nadar, resolveu
mergulhar com seus irmãozinhos e quando subiu à surpresa, a tinta saiu e ele
voltou a ser o patinho azul.
O patinho ao ver seu reflexo
azul na água começou a chorar e todos entenderam que não importava ser branco, preto marrom ou
azul, o mais importante era o amor.
A felicidade reinou naquele
lugar e ninguém mais se importava com a cor diferente do patinho, a partir
daquele dia ele não mais se sentiu diferente e vivia feliz com sua família e os
seus novos amigos.
Ser diferente não é
defeito...
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