Era uma
vez um grãozinho de areia daquele bem desobediente.
Certo dia
agarrou-se aos sapatos de uma garota que saia da escola e lá se foi todo contente.
Quando a menina entrou no carro limpou os pés e lá se foi o grãozinho de areia
outra vez se sentindo abandonado no tapete do carro, ali encontrou outros
amiguinhos e foram conversando. Queriam formar uma família de grãozinhos de
areia.
O carro
estacionou, todos desceram o carro foi fechado, estava tão quente, mas era
tanto calor que de repente o grãozinho desobediente começou a reclamar como se
todos tivessem obrigação de cuidar dele.
Saltitando
o grãozinho conseguiu chegar até a
porta, o vidro estava um pouco aberto, esticou-se, esticou-se conseguiu olhar
lá para baixo e viu outros grãozinhos se movendo alegremente. Pensou, pensou e
de repente viu que estava voando, a brisa soprava levando-o pelo ar como se não
o respeitasse a sua inteligência.
Então veio
o vento e engoliu a brisa, o grãozinho foi largado para o vento ele era
insignificante para que se desse o trabalho de carrega-lo.
Outra vez
se viu perdido em uma calçada, se lembrou da menina na saída da escola e
entristeceu. Porém a sua tristeza durou pouco, veio um gari com a sua enorme
vassoura e lá se foi o grãozinho para a lata de lixo e entulho, o grãozinho se contorcia e nem
podia reclamar encolhidinho num canto a ponto de sufocar.
E segue o
carro num balanço sem fim ate que o lixo foi despejado e junto. Agora estava
ele naquela montanha de lixo e precisava sair correndo, aquele lugar não era
para um grãozinho de areia tão inteligente. – Pensava triste...
Era noite,
o sereno fez com que o grãozinho sentisse frio, por enquanto teria que ficar
por ali, mas um dia seguiria viagem e viveria novas aventuras.
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