Nas suas invenções
Diz viver de azar
Revoltado por ter asas
Feliz era o urubu
Que planava pelo ar.
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E nessa sua agonia
Faz dias que não come
Pois galo que não voa
Nem merece esse nome
Se tudo não mudasse
Preferia morrer de fome.
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E quando ver um gavião
Posar com a sua elegância
Ele chama as galinhas
Com a sua implicância
Diz que vai fazer greve
E sai com arrogância.
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As galinhas sem entender
Adamastor está irritante
Grita a galinha Zezé
Muda de opinião todo instante
E sai com sua crista vermelha
Com sua pose elegante.
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O galo subiu no poleiro
Daquele jeito irritado
Até a imponente crista
Estava caída pro lado
Deitado de asa aberta
Parecia mesmo cansado.
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Autora- Irá Rodrigues.
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