Quando o dia acordou, os
passarinhos começaram a suas cantorias, as árvores vestidas a rigor para a
grande festa. O Sol se espreguiça cuspindo seus raios luminosos entre os galhos
fazendo bordados no chão deixando os canteiros todos iluminados.
Os bichos acordam, uns
espreguiçam outros aparecem nas janelinhas das suas tocas, a raposa abre a boca
bocejando e reclamando que ainda era cedo para toda aquela folia dos
passarinhos. Logo a coruja sai do buraco trazendo os filhotes para se aquecerem
ao sol. Dona brisa começa a varrer as folhas secas que cobre o chão. Os coelhos
que nada fazem correm para a horta de dona macaca e começam a devorar as
cenouras fresquinhas.
A natureza inteira
desperta, o riachinho canta, os peixes fazem cambalhotas pulando na correnteza
como verdadeiros bailarinos.
A andorinha sacode as
asinhas estica as pernas, molha o bico numa gota de sereno e começa a sua
serenata entre um canto e outro enche o papo com semente de capim. O macaco
Julião chega trazendo um cacho de bananas maduras para alimentar sua família,
enquanto comem jogam as cascas lá embaixo onde formigas bundudas já esperam
ansiosas pelo delicioso banquete.
Na porta do cogumelo a
joaninha admira uma borboleta que se liberta do seu casulo juntando-se a outras
que se assanham nas flores do seu jardim.
Do meio da floresta
surgem as fadinhas do bem espalhando sorrisos de estrelas nas portas das
casinhas dos duendes para que eles acordassem e fosse participar da corrida
organizada pelos sapinhos.
Autora Irá
Rodrigues
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