quinta-feira, 23 de setembro de 2021

ERA UMA VEZ...


 

Há muito tempo vivia tranquila uma família de ratos. Era uma casa grande cheinha de janelas de onde podiam se sentar à noite para ver a Lua.

O papai dom Ratão saia cedo para trabalhar na construção de uma nova casa, enquanto a mamãe ficava em casa cuidando do almoço, lavando e costurando. Enquanto a filhota Margarida vivia chamando a atenção. Enquanto todos trabalhavam ela andava no mundo da lua. O inverno estava quase acabando e logo iriam viajar para curtirem a primavera no alto da serra onde brotavam as mais lindas flores e o ar sempre   era perfumado. Melhor de tudo ficava pertinho de uma fábrica de queijos.

Chegou o grande dia, o Sol brilhava fora das janelas, então a mamãe Ratonilda preparou um banquete para festejarem a partida, armou a mesa lá fora com frutas, legumes e muitas saladas temperadas com raios de Sol.

A noite todos estavam cansados, precisavam dormir, partiriam assim que o dia raiasse.

E foi aquela folia, no caminho não se cansavam de admirar a paisagem florida. Como tenham trazido deliciosos lanches param nas sombras para degustarem e descansarem um pouco. Margarida muito da sonhadora resolveu sair para caminhar, coitada, caiu num buraco, machucou a patinha e não conseguia sair, gritava e nada adiantava, o Sol já estava alto, o medo tomava conta, seu coraçãozinho batia acelerado.     

Quando ao olhar para cima viu um sapo tão grande com cara de esfomeado e pensou: Como sapo não faz maldade a pobres ratinhos vou pedir socorro. Assim ele teria dó e a salvaria.

- Senhor sapo, como tem a língua tão grande, estica até aqui e me salva desse buraco, estou machucada e preciso encontrar a minha família antes de ser devorada por um desses predadores.

O sapo que não tinha visto a rata, arregalou os olhos e disse sem demora.

- Faz tempos que não encontro um rato e você parece apavorada, o que anda fazendo nessa floresta?

A ratinha estava tão cansada e disse o que veio a sua cabeça:

- Eu estou com a minha família, vamos passar a primavera lá nas montanhas. Se me ajudar a sair desse buraco eu levo você até eles e será bem recompensado com uma bela refeição.

O sapo pensou, lambeu a língua. – Vou retirar você, mas terá que me levar com vocês.

A rata nem pensou e logo concordou, quando o sapo esticou sua língua de quase um metro a ratinha tremendo de medo se agarrou e quando se viu fora daquela buraco saiu em disparada sem agradecer, deixando o sapo furioso.

 

  

Autora- Irá Rodrigues

https://www.recantodasletras.com.br/contos-infantis/7348677

 

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AS PIPAS