quinta-feira, 17 de junho de 2021

CORDEL JUNINO


 
















CORDELZINHO JUNINO

Vem com a gente

Vamos logo animar

Essa festa junina

No nordeste é popular

Então chega correndo

O forró vai começar.

 

Junho já entra festivo

Por aqui é tradição

Tem roupa colorida

Uma bela competição

As meninas animadas

Começam a animação.

 

Tem fogueira no terreiro

Logo solta um rojão

Amendoim e laranja

Pra quem gosta o quentão

Gritando o santo festeiro

Dando via ao São João.

 

Essa festa popular

Na cultura nordestina

Tem o santo casamenteiro

Anima rapaz e menina

Todo mundo quer casar

Ficar no caritó é sina.

 

O mês todo tem folia

Santo Antônio casamenteiro

As moças fazem pedido

São João é o festeiro

Tem quadrilha e forró

E São Pedro o chaveiro.

 

Esse mês é marcado

Com grande animação

Vem dia dos namorados

E logo é São João

Tem o xote e o xaxado

Relembrando o Gonzagão.

 

AUTORIA-Irá Rodrigues




São João

 

Tem festa o mês inteiro

Melhor as iguarias

Milho, canjica e pamonha

A fogueira no terreiro.

 

Tem quentão pra esquentar

Bolo de tapioca, puba e aipim

Festança boa é na roça

Tem forró pra se dançar.

 

Tem casamento caipira

A quadrilha pra se dançar

Por aqui num falta alegria

Aqui o poeta se inspira.

 

Irá Rodrigues


 



 

EITA...

Que chegou o São João

Criança brinca animada

Solta fogos na fogueira

Ver subir o balão.

 

 Chega menina bonita

Vem dançar a quadrilha

Coloca chapéu de palha

Amarra um laço de fita.

 

Saia de chita rodada

No rosto a alegria

Bochechas vermelhas

Sandália na perna amarrada.

 Irá Rodrigues




 CORDEL CENTENÁRIO

As escolas reunidas

José da Conceição

E Amenaide de Carvalho

Vem com toda emoção

Reunindo as comunidades

Parabenizar nossa população.

 

Escolas de Juazeiro e Modelo

Reunidos com emoção

Pais alunos e professores

Valorizando o nosso chão

E toda a comunidade

No projeto da educação.

 

Parabéns ao Centenário

Dessa nossa amada cidade

Junto com professores e alunos

E toda a nossa comunidade

Parabéns Santo Estevão

Terra da felicidade.

 

 


Autoria- Irá Rodrigues

Diretora da infância e juventude

http://iraazevedo.blogspot.com.br/

 


HIPOPÓTAMO


 

CORDELZINHO DO JOAQUIM


 

CORDELZINHO DO MACACO


 

A FORMIGA


 

A MACACA BIBY


 

CORDELZINHO DA MACACA


 

CORDELZINHO DOS ANIMAIS


 

CORDELZINHO DA LAGARTIXA


 

POEMINHAS DA GALINHA


 




BOI JULIÃO


 

O TREM DA FANTASIA

 


 

Chegava na praça o trem da fantasia, despertando a atenção de quem por ali passava curiosos para saberem quem iria desembarcar.

De porte elegante descia o mágico a fada os duendes e até uma bruxinha com cara de sapeca, o desejo seria encher a praça de fantasia.

Logo a praça se encheu crianças chegavam de todos os cantos, adultos curiosos espiavam por trás dos muros de tijolos sem rebocar.

A noite chegou apressada as luzes se apagaram apenas a Lua clareava aquele cenário.

E começa o espetáculo, a bruxinha voava em sua vassoura fazendo chover balas e chocolates, as crianças felizes catavam enchendo seus bolsos das saias calças e shorts.

Os Duendes circulavam em meio àquela multidão fazendo suas estripulias.

A fada com sua varinha mágica derramava estrelinhas deixando todos de boca aberta diante do espetáculo.

Quando chega o mágico transformando a vila humilde no mais lindo castelo com carruagem enfeitadas e todas as crianças bem vestidas brincando no enorme jardim.

E assim termina o espetáculo e parte para outra estação o trem da fantasia.

 

 

 

Autoria- Irá Rodrigues

http://iraazevedo.blogspot.com.br/

                           

 

 

 

O MACACO TRAVESSO

  


Na grande floresta existia uma vila onde dona raposa era professora e dava aulas pra todos os bichinhos que moravam por perto. Mas um dos alunos só criava confusão, chegava atrasado na escola e logo estava fazendo maldades com os outros colegas. Como sempre o papagaio tinha um cumplice que aceitava seguir as suas ordens a professora já não aguentando mais chamava os pais que cansados nem apareciam mais para ouvirem tantas reclamações do comportamento do filho.

Ninguém da vila entendia aquele comportamento do Teodoro, os pais criaram todos com a mesma educação, enquanto os irmão estudava e ajudavam nas tarefas esse só sabia aprontar e sempre estava de castigo.

Certo dia   haveria uma grande festa e claro Teodoro não deixou de aprontar jogando formigas nas travessas de comida, colocando gravetos na estrada para que os convidados caíssem. O pai muito furioso com as travessuras maldosas do filho toma uma decisão e vai falar com a mulher que fica triste em ver que seu filho mesmo sendo tão travesso não merecia ser expulso de casa.

No fim de semana todos se reuniram para um piquenique na beira do lago, lá estava o Teodoro chutando tudo que encontrava, as crianças corriam e se escondiam com medo das maldades.

Mas tudo teria um fim e na segunda feira o pai chama o filho e ordena que arrume suas coisas, pois iriam partir o que foi nada fácil convencer a lhe seguir. Diante de tanta resistência o pai pediu ajuda ao doutor que lhe aplicou um sedativo fazendo com que Teodoro adormecesse.

E assim seguiram viagem até a floresta dos tigres onde deixaria o filho aos cuidados do curandeiro. Quando Teodoro acordou estava confuso e agitado querendo saber onde estava. O que houve? Quero sair daqui. Gritava furioso.

-Calma seu pai está ai fora, ele só vai embora quando falar com você que dorme desde ontem a tarde.

- Chama meu pais eu não quero ficar aqui. O que aconteceu?

Gentilmente a enfermeira uma raposa bem educada saiu para chamar os pais do paciente agitado.

Ao ver o pai entrando ele grita que quer ir embora, mas o pai foi realista e disse:

- Filho vamos sentir saudades, mas você precisa ficara aqui um tempo até saber se comportar com os outros, estava fazendo muitas maldades e causando problemas a todos. Acredite vai ser bom e quando retornar será um novo moço educado com todos e poderá voltar a estudar.

E assim o tempo foi passando, os pais não visitavam, mas sempre mandava um amigo para trazer notícias do filho. Em seu processo de recuperação de comportamento teve que realizar diversas tarefas sempre observado por um guarda. No início foi muito difícil, mas aos poucos nascia um novo Teodoro, mais educado, habilidoso e gentil com todos.

Alguns meses depois estava ele de volta ao convívio da família e dos amigos. Agora era um novo moço até uma namorada ele arranjou, frequentava as aulas e sempre tirava notas boas para orgulho dos pais.


Autoria- Irá Rodrigues


A FORMIGA ATREVIDA

 


Zazá era uma formiga muito metida, orgulhosa e atrevida. - Um dia, ao acordar viu que a rua estava parada nem um passarinho cantava, nem a cigarra que gostava de fazer batucada estava calada.

Então, Zazá pensou, pensou- Inconformada com aquele silêncio resolveu fazer um passeio na floresta. Assim se divertia enquanto as outras formigas trabalhavam.

Assim que chegou na entrada do bosque viu um aviso enorme que dizia:

- Um tamanduá foi visto pelas redondezas e nenhuma formiga deverá colocar se quer o pé fora da sua casa, ou correm o perigo de parar na barriga do tal monstro de focinho comprido.

 Inconformada Zazá gritou:- Que chato! Não vou ficar presa em casa depois de ter me arrumado assim. Estou muito garbosa!  Vou sair sim, seguirei em outra direção, assim não encontro o tal Tamanduá esfomeado.

E assim com a sua desobediência Zazá escolheu um caminho na beira do riachinho e foi passear entre flores do campo.

Encontrou algumas formigas que apressadas voltavam correndo para casa.

- Ora se não querem passear, azar delas, não vejo nenhum perigo. Mas, Zazá não sabia que corria o risco em ser atrevida e não obedecer as ordens.

Enquanto isso as duas amigas cochichavam: - Zazá está correndo risco, vai se meter na maior encrenca isso se não for devorada. Também quem manda ser metida a corajosa. E seguiram viagem na maior correria sem olhar para trás.

Enquanto isso Zazá já estava na floresta se sentindo encantada, rindo com os gracejos dos passarinhos, mas nenhuma formiga por ali! Ainda bem que o Tamanduá estaria em outra região onde com certeza encontraria muitas formigas e não iria ligar pra ela uma inocente formiguinha.

De repente Zazá soltou um grito. O susto foi tanto que até as roupas saíram do seu corpo deixando-a totalmente pelada.

Ao sentir a terra tremer bem pertinho, ela colocou sebo nas patinhas e saiu em disparada, já cansada se escondeu entre folhas secas e ficou ali arquejando com um palmo de língua de fora.

As horas passavam, o vento soprava tão forte levando as folhas e lá se foi a pobre formiga levada pela ventania. De tão apavorada gritava, mas o vento não ouvia, a ventania ficava mais forte até que jogou a pobre formiga bem na porta de uma casa.

Tontinha, tontinha, olhou de um lado e do outro nem sabia onde foi cair. E agora?

Pois é, a formiga desobediente caiu bem na casa do tamanduá que roncava de fome, pois naquele dia nenhuma formiga para lhe encher o buxo.

Agora deixo o mistério no ar pra você continuar contando essa história.

O que será que aconteceu com a formiga Zazá?

 

Autoria- Irá Rodrigues

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ANDORINHA JANE

 


 

Lá no reino encantado, onde as árvores quase chegam a tocar nas nuvens, vivia uma linda andorinha, ali construiu sua casa na árvores mais frondosa de todo o reino, onde o Sol refletia sua luz e fazia brotar lindas e graciosas flores dando um lindo colorido. Outros passarinhos chegavam de muito longe e ali também queriam morar.

A andorinha Jane era muito animada, as noitinhas pegava seu violão e começava a tocar as mais lindas canções e logo o bem-te-vi, o curió, o pintassilgo, a sabiá acompanhavam em sua cantoria.

A andorinha Jane era muito querida por todos os bichinhos daquele reino, os de asas e até os que se arrastavam. As borboletas cuidavam de perfumar a árvore, as joaninhas, as abelhas, até as lagartinhas deixavam a vida do reino cheia de belas surpresas.

Chegou o aniversário da andorinha, todos os habitantes daquela árvore chegavam com presentes, a casa ficou pequena para receber tantos amigos e os belos mimos trazidos. Não faltou bolos e docinhos com as saborosas frutas e sementes do reino encantado.

Os galhos com bolas penduradas trazidas pelos beija-flores, lanterninhas que se acendiam nas bundinhas dos vagalumes deixava a noite iluminada.

E assim a noite foi de festa com a andorinha Jane tocando o seu violão.

 

Autoria- Irá Rodrigues

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DE TUDO ACONTECE NA FLORESTA ENCANTADA

 


 

Nem bem o Sol desperta começa a sinfonia, assim é o barulho do campo, o passarinho molha o bico nas gotas de orvalho e logo outros começam e juntos acordam toda a floresta.

O galo das campinas sempre atrasado canta rouco curucucú... curucucúuuuu...

As formiguinhas saem em filinhas para a suas labutas, cortar folhinhas para descansarem no inverno.

Lagartinhas saracoteando picotam as folhas da aroeira que irritada reclama, enquanto dona abelha começa colher o néctar para encher seu baldinho e fazer o melhor mel da região.

E de tudo acontece na floresta encantada.

 

Autoria- Irá Rodrigues

ERA UMA VEZ...

 

 

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Lá numa terra bem distante, no meio de várias serras, que até o Sol chegava fraquinho, o dia sempre frio, as noites congelava, dali pouco saiam, plantavam de tudo que precisavam, criavam seus animais, tinha até um rio onde pescavam. Os mais velhos viviam tranquilos sem conhecer a cidade, pra eles ali era o paraíso, não saiam, nem recebiam pessoas por ali.

Mas um certo dia a curiosidade começou a despertar um garoto que ficava curioso para saber como era a vida fora daquelas montanhas. E começou a escalar as montanhas, mas sempre retornava ainda mais curioso, do alto só avistava arvores gigantes a perder de vista. Um dia teria coragem de descer até o outro lado e seguir para descobrir outro mundo além daquelas montanhas. E pensou:

- Mas como vou seguir sem encontrar um caminho, se por acaso se perdesse jamais seria encontrado e com certeza devorado por um animal feroz que vivia uivando as noites na escuridão da floresta. Não saberia andar sozinho sair do seu mundo em busca de outro desconhecido que ele nem sabia se existia.

Os dias se passavam, um dia o jovem se vestiu de coragem e foi falar com os pais, avós, tios e toda a comunidade. Pois ali todos viviam assim em comunidade se respeitando e tudo era compartilhado.

O velho avô se levantou e disse:

- Se é isso que deseja, vá com a benção de todos, se não encontrar o que procura retorne, aqui sempre será o seu mundo.

A mãe entre lágrimas encheu uma capanga com agua e comida entregando ao filho que partiu com o coração cheio de esperança. Do alto da montanha todos acenavam e lá seguia o garoto em busca de outro mundo.

Autoria- Irá Rodrigues

O RATO TRAVESSO

 


 

Numa floresta bem longe daqui vivia um rato muito preguiçoso. Enquanto todos os outros ratos trabalhavam ele passava as tardes dormindo entre palhas e folhas seca. Ou passeando pela floresta a procura de aventuras.

Certo dia enquanto descansava deitado na rede, apareceu dois ratões dizendo serem donos de uma queijaria e precisava de ratos para trabalhar fazendo queijos.

Ao ouvir a palavra queijo, Pitoco deu um pulo, arregalou os olhos, lambeu a língua.

Prontamente disse estar pronto para se juntar aos ratões.

E lá se foi Pitoco com os ratões, andaram até o outro lado do rio onde estava a fábrica de queijos, os donos só não contavam que Pitoco não queria trabalhar e sim se farta de queijo.

Certa noite Pitoco sumiu, em todos os cantos foi procurado e nada do sem vergonha aparecer.

Na manhã seguinte lá estava o dormindo na mesa dos queijos, onde fez a festa roendo todos os queijos até se fartar e de barriga estufada adormeceu.

Pitoco tomou tantas vassouradas que até hoje não se sabe onde ele foi parar.

 

 

 

 

Irá Rodrigues

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A MENINA QUE PLANTAVA SONHOS


 

Manu não tinha tudo o que as crianças poderiam ter, mas tinha o amor que reinava naquela família, cresceu numa casinha simples no meio da vegetação rodeada pelos pais, avós e irmãos. Ela era a mais velha de seis irmãos, e talvez por isso vivia inventando algo para entreter os irmãozinhos mais novos. Durante o dia ela corria pelos campos falando com os animais, pois é na imaginação de Manu todos os bichinhos entendia o que ela falava e sempre respondiam. Mas o que ela mais gostava era chegar à noite e no seu quartinho ficava olhando a Lua pelas frestas da janela e contava historinhas inventadas para que os irmãos dormissem.

Enquanto os pais e os avós saiam para fazerem as suas tarefas que era cuidar dos bichos e da roça de mandioca, feijão e milho, ela aproveitava para criar os seus sonhos, sua imaginação viajava em busca de algo que realmente ela pudesse fazer e logo corria para o curral onde fingia estar num belo teatro e ali poderia dramatizar as suas invenções, os irmãozinhos ficavam encantados com a irmã e se divertiam até esquecendo a hora de voltarem para casa.

As tarde a mãe não saia e Manu aproveitava para ficar sozinha no lugar que mais gostava, embaixo de uma amendoeira gigante onde os galhos pendiam formando um belo abrigo. Ali a menina fechava os olhos e imaginava que estava num castelo encantado, com fadas e todos os bichinhos fazendo uma grande festa. Muito curiosa e inteligente nunca parava de inventar coisas, na escola da vila onde estudava a professora ficava admirada com a menina que mesmo com os pais sem cultura ela era muito dedicada e lia tudo que encontrava.

A noite com a luz de um fifó ela devorava os livrinhos que a professora emprestava e assim ela enchia o caderninho de historinhas que imaginava viver.

Mas os sonhos da menina Manu não paravam por ai, falando com os passarinhos que apareciam no pequeno jardim de margaridas o qual ela cuidava com todo carinho ela sorriu pois disse que teve a melhor resposta para os seus sonhos.

- Se você nunca planta eles nunca brotam! Assim disse ela foi a resposta de um passarinho.

E assim começou a escolher um cantinho para construir o seu jardim e ali iria plantar seus sonhos como bem disse o passarinho.

E de manhãzinha ela acordou toda eufórica correu pegou uma enxadinha e começou a cavar o solo, em cada buraco colocava um pedacinho de papel onde trazia escrito o seu sonho.

Os dias se passavam e a menina ficava desanimada, o passarinho não falou a verdade, como plantar sonhos poderiam brotar – Pensava triste.

E assim passavam os dias com o Sol ardente, as noites a chuva caia, e com certeza as sementinhas dos sonos de Manu foram regadas e brotaram, nasciam versos pendurados em galhos, escritos nas asas das borboletas, as flores confabulavam aquele lindo mistério, os passarinhos em coro declamavam os versos perfumados. E assim, Manu batizou aquele lugar como “O Jardim que brotavam Versos.”

A menina não parou mais, queria escrever poesia para cada bichinho que vivia ali, para cada flor que brotava na maior folia. Até um jardineiro ela teve que contratar ou não daria conta de todas as tarefas.

E assim a menina da imaginação tão fértil quanto os sonhos, contava histórias para os irmãos, na escola para os colegas e até começou a participar de um concursos que os professores organizaram para incentivar a leitura. Manu trazia sempre a história da menina que plantou sonhos e colheu versos.

Dias depois o resultado saiu e Manu foi a vencedora, nessa noite ela não mais precisou plantar sonhos, agora vivia a realidade.

Autoria- Irá Rodrigues

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A LAGARTIXA QUE TINHA MEDO DE ESCURO

 


 

Era uma vez, lá no reino lagartixal, morava uma lagartixa que andava se assombrando até com a pobre brisa que passava por ali,

Imagine, a lagartixa assim que escurecia se enfiava embaixo das cobertas e de lá só saia quando o Sol dava bom dia e clareava o seu quarto.

Um certo dia andando pela floresta ela se assustou com a sua sombra e foi aquela agonia saiu correndo e a sombra lhe acompanhando. – é claro a sombra não poderia se afastar. Mas a lagartixa achava que era um monstro querendo lhe atacar.

Vivendo assombrada com esse medo de escuro a lagartixa passou a viver triste e pensou:

- Se eu crescer e crescer, ficarei do tamanho de um crocodilo, tão forte e temido que até o escuro vai fugir apavorado, assim posso viver em paz.

E assim decidida a ficar gigante e espantar o medo ela foi procurar a bruxa Keka da floresta assombrada, e foi logo fazendo o seu pedido. Senhora bondosa bruxa eu quero que me estique, estique até que eu fique gigante do tamanho de um crocodilo.

A bruxa até se assombrou com aquele pedido e balançando a cabeça respondeu:

Aceite como é, querer ser diferente pode trazer problemas que vai se arrepender.

A lagartixa estava decidida implorou pra que a bruxa a e deixasse gigante.

E seu pedido foi aceito, a lagartixa ficou tão grande, mas tão grande que nem na porta conseguia passar.

Mas mesmo assim seguiu feliz cantarolando até chegar no reino lagartixal quando foi recebida com pedras e paus todas as lagartixas tinham pavor dos crocodilos e ali ele não teria lugar para ficar e nem ao menos passear.

A lagartixa tentou explicar que era ela a lagartixa sonhadora, mas não deram ouvido e espantaram dali para bem longe.

Coitada! A vida da lagartixa passou a ser muito triste, vivia sozinha, não gostava de água como os crocodilos, seus amigos tinham medo dela, sua família nem queria ver por perto achando que se tratava de um monstro das águas.

O tempo passou o medo continuava, mesmo gigante ela se assombrava e de tanta tristeza a lagartixa resolveu procurar a bruxa para desfazer o feitiço.

E lá se foi dias e dias andando às escondidas pela floresta. A bruxa antes de atender o pedido disse: Aprenda a ser o que é, quem quer tudo nada tem. E num passe de mágica a lagartixa voltou ao normal.

E assim ela aprendeu a lição quem muito quer nada tem.

 

 

 

Irá Rodrigues

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MARIAZINHA A MENINA NORDESTINA

 


 

Era uma menina que morava numa cidadezinha bem lá no interior do nordeste, sozinha aprendeu a ler através das poesias que ela criava.

Como não sabia escrever pedia ajuda ao seu avô que passava o dia na porta da casa olhando a vida passar.

E assim tudo que Mariazinha pensava logo se embaralhava em sua imaginação e virava versos. Com o incentivo do bondoso avozinho que através da neta começou a ver a vida de forma diferente, ele prometeu que ensinaria a ler e escrever e assim os dias passavam, Mariazinha aprendeu a ler com as suas próprias poesias que a velha ia rabiscando em pedaços de papel velho.

Mariazinha não gostava de brincar com as outras crianças, preferia ficar no seu humilde quarto lendo aa histórias que o avô escrevia enquanto ela ia falando de todas as suas aventuras e vivência naquele lugar.

A menina foi crescendo e seu maior sonho dessa vez era poder mostrar a sua história para o mundo além do seu humilde sertão.

E assim Mariazinha realizou seu sonho e hoje visita comunidades carentes levando as suas poesias como incentivo a outras crianças.

E mostrando que não importa o lugar em que vive, mas a vontade de aprender.

 

 

Irá Rodrigues

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REINO DAS FADAS

 

Era uma vez, no reino das fadas encantadas viviam várias famílias de bonecas de pano de todos os tamanhos, algumas de tecidos remendados outras de seda bem enfeitadas, mas todas viviam felizes, eram amigas de todos os bichinhos da floresta, mas um dia algo bem estranho aconteceu, quando seu Joaquim foi até o mar para pescar encontrou algo muito estranho, uma boneca adormecida na areia. Por ser muito pesada ele correu e pediu ajuda aos amigos que logo levaram para o reino encantado onde viviam outras bonecas.

E foi aquela confusão, todos queriam saber de onde veio aquela boneca tão gigante de cabelos azuis.

A boneca então despertou, sorriu para a plateia de bonecas assombradas e disse feliz.

Eu vim do grande oceano. Por muitos anos fiquei lá adormecida por isso sou tão grande. Meus cabelos são azuis da cor das águas do mar.

Foi aquela assombração todos curiosos querendo saber de tudo.

Quando a boneca disse:

Eu vivia muito triste sem família, mas aqui estou entre tantas outras iguais a mim,

E abriu os braços toda contente pela primeira vez na certeza de ter descoberto o seu mundo.

As bonecas se olharam desconfiadas, quando a voz de uma fada falou:

Ela é uma boneca igual a todos vocês, então recebam , ela é uma menina grande e seu tamanho não vai atrapalhar.

As bonecas obedecendo a fada correram e abraçaram a boneca gigante de cabelos azuis que feliz disse:

Agora tenho um lar, uma família onde posso viver.

E todas as bonecas viveram felizes. Formaram uma linda família.

 

Sabe o que isso quer dizer: que nem todo mundo é igual, e que podem viver felizes com as diferenças.

Imagine se todas as bonecas fossem iguais, perdia a graça. Não concordam.

 

Quem gostou batam palmas e inventem outras historinhas.


Beijos da Tia Irá e da boneca de cabelos azuis.

 

 

 

 

 

UM CASO ESTRANHO


 

Jorge era um menino muito curioso havia se mudado com seus pais para aquela cidade fazia poucos meses.

Sempre que o menino ia para a escola ficava observando tudo pelo caminho.

Um casarão velho em ruinas chamava a sua atenção e começou a fazer planos  semana após semana. Até que chegou o dia de colocar o seu plano em ação. Era sábado  manhã linda de sol, o pai saiu cedinho para jogar bola. A mãe cuidava da horta e das flores no seu pequeno jardim. Jorge pegou a mochila com tudo que precisava e saiu sem avisar ou se sua mãe soubesse seria impedido de sair sozinho àquela hora da manhã.

A mãe distraída não percebeu quando o menino abriu o portãozinho da frente e saiu sorrateiramente sem olhar para trás.

O casarão não ficava muito longe. O sol estava ficando forte, havia esquecido o boné e a cabeça ardia. Enquanto subia o caminho até o velho casarão percebeu que tudo ali era muito esquisito, estátuas de pedra escondidas no meio do mato que crescia por todos os lados,

Enfim chegou até a entrada, a porta estava fechada, olhou pelas frestas e viu que lá dentro tudo estava escuro, abriu a mochila pegou a lanterna e tentou clarear o interior da casa. 

Um ranger de porta fez com que o garoto sentisse  um frio esquisito, fazendo seus dentes baterem e as pernas tremerem tanto que pareciam gelatina...

O medo foi  enorme, a curiosidade bem maior. Já tinha chegado até ali e não iria desistir até entrar e descobri os segredos que aquele casarão guardava.

Com cuidado foi entrando pé aqui o outro lá sem fazer barulho seguia. A única coisa que encontrou foram morcegos e lagartixas, quando veio a voz mais feia e temerosa fazendo Jorge tremer até os ossos.

Vai se arrepender de ter invadido o meu refúgio. Não sabe seu moleque em que está se metendo.

O menino saiu em disparada largando a mochila no meio da sala. As pernas estavam pesadas pelo medo o coração palpitava parecia querer escapulir pela boca aberta. 

O menino correu e só parou quando entrou em casa correndo como se fosse um foguete. Entrando em seu quarto fechou a porta e caiu na cama tremendo feito  vara verde. 

Passado o susto já em seu quarto o menino prometeu a si mesmo que um dia voltaria para descobri os mistérios que aquele casarão guardava.

Mas, por enquanto ele aprendeu a lição de que a curiosidade pode ser muito perigosa.


Autoria- Irá Rodrigues

 

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AS PIPAS