Era uma
vez vivia num jardim uma borboleta de um azul que mais parecia pedacinhos
escapulidos do céu. Muito feliz a
borboletinha bailava entre as flores
como se fosse os palcos para se dançar.
Toda
feliz ela dizia que era só beijar um botão de flor e ela desabrochava
lindamente.
Um dia,
enquanto descansava sobre a rosa mais linda e perfumada do jardim espantou-se
ao ver que uma lagarta se atrevia a subir pelo caule da roseira. Atrevida como
ela era foi logo pedir satisfação para pobre da lagarta.
-
Hei! Gritou toda orgulhosa exibindo suas
longas asas.
A lagarta
ou não ouviu, ou fingiu e continuava a subir lentamente.
A
borboleta foi ficando impaciente e voltou a gritar dessa vez bem pertinho da
lagarta.
- O que
pensa que está fazendo sua insolente.?
Aqui não é seu lugar sua lagarta feia. Completou desdenhando.
A lagarta
olhou para a borboleta metida e disse calmamente:
- Oras!
Não me perturbe, estou faminta e só quero comer umas folhinhas suculentas.
- Não
permito que venha picotar as lindas folhinhas dessa roseira, pode dar meia
volta e procurar folhas em outra planta. Eu não gosto de lagartas. Completou a
borboleta sacudindo as suas lindas asas azuis.
- Estou a
perder a minha paciência com tanta bobagem. Disse a lagarta já se deliciando
com as folhinhas serenadas da roseira.
A
borboleta pensou, pensou- decidida não iria
deixar que aquela lagarta continuasse picotando as folhas da sua roseira
predileta.
- Não
gosto de lagartas, são feias e desengonçadas. Agora saia daqui. Gritou a
borboleta.
A lagarta
parou de comer, ficou na ponta dos pés:
- Não
seja boba, ou é muito burra para não saber que você um dia foi uma lagarta. E
com certeza uma lagarta muito feia.
A borboleta
empinou as antenas, arregalou os olhos.- Eu! Linda assim, com meu corpinho de
bailarina com cinturinha fina, essas asinhas
que parecem feitas de cetim de tão sedosas. Olhe pra você gorducha
roliça e muito sem graça. Exclamou gargalhando.
- Deixe
de ser metida e aceite a verdade. Gritou a lagarta.
A borboleta
continuou que veio do país das borboletas e que nasceu no desabrochar de uma
flor, disse em tom radiante acreditando na sua história.
A lagarta já com a paciência esgotada gritou
tão alto que deixou a borboleta espantada.
- Agora
feche esse bico de uma vez e escute a sua história. Não existe pais de
borboletas, todas as lagartas nascem da própria natureza, a transformação
acontece quando a borboleta coloca ovos em folhas de plantas, com os dias esses
ovos se transformam nas lagartas, e assim a lagarta atinge a idade adulta que
ai começa a construir o seu casulo ali a lagarta fica em repouso o corpo vai se
modificando, quando a borboleta está pronta rompe o casulo e bate asas para a
liberdade.
A borboleta
pela primeira vez escutava toda aquela história, quando a lagarta terminou ela nada respondeu, bateu asas e foi pousar
em outra flor bem longe dali. De repente algo ao seu lado se mexia,
curiosa ficou observando quando viu sair
uma perninha, outra, uma asinha e logo a outra e sai se sacudindo uma linda
borboleta das cores do arco-íris.
A borboleta
Lili de olhos esbugalhados não conseguia se mexer até que a nova borboleta de
asas enormes olhou para ela:
- Olá
amiga, disse feliz pela liberdade.
- O que
fazia presa naquela coisa? Perguntou gaguejando.
A nova
borboleta estranhou aquela pergunta mas tentou explicar a mesma história que tinha ouvido da lagarta.
Lili
ficou envergonhada e disse que tinha sido mal educada em não acreditar em uma lagarta e precisava pedir desculpas.
As duas
foram em busca da lagarta mas já era tarde a lagarta já estava pronta para continuar a sua nova fase e logo seria
uma linda borboleta.
Nenhum comentário:
Postar um comentário