terça-feira, 29 de agosto de 2017

ILHA DOS FRADES- SALVADOR/BAHIA





Manter o fôlego ao percorrer os íngremes caminhos que levam as escadarias até a igrejinha no alto do penhasco percorrer trilhas em meio à mata nativa, os nossos sentidos tornam-se mais aguçados.
A cada passo  vegetação  adentro, a sinfonia da natureza invade os nossos ouvidos: o canto de um passarinho, o suave murmúrio das águas , o ronco de barcos que atracam a cada hora trazendo milhares de turistas que se deslumbram diante do cenário espetacular.
No ar, o perfume de flores silvestres impregnando os nossos sentidos  com aromas extasiantes é a mais gratificante magia.
De repente, como num passe de mágica um pássaro rabisca o céu pousa tão pertinho que se pode ver o penacho alaranjado como as franjas do pôr do Sol, a plumagem das asas negras que se abrem como leque, difícil   descrever tamanha beleza.
Depois de uma bela caminhada a subida até o mirante de onde se pode  visualizar a beleza da praia com suas águas azuis esverdeadas, tão transparentes que se acompanha cardumes de peixinhos coloridos fazendo acrobacia entre os banhistas. O prazer da caminhada num cenário ainda não totalmente contaminado pela intervenção humana é um presente de Deus, no entanto cobra-se  um preço gratificante: uma dose de esforço físico a leveza da alma o reforçar dos sentidos.
No sobe e desce de degraus, a caminhada na passarela que circunda toda a ilha, podemos  respirar o ar puro e  tomar uma água de coco geladinha, antes que a preguiça nos faça desistir de seguir na exploração dos encantos uma paradinha, um olhar observador, fotografar cada detalhe: um pássaro diferente que passeia despercebido, uma árvore que solta cheiro aromatizante, flores tão perfeitas que parecem de cetim aveludado, a beleza do povo nativo tudo precisa ficar registrado, um barquinho de pesca perdido no horizonte, uma nesga de céu azul. Que bom seria se pudesse fotografar o encanto em que a minha alma estava naquele lugar.
Hora de retornar, mais um pouco de caminhada e, por uma fresta entre  galhos pendidos avistamos uma outra ilha” Paramana”  de águas em tons esmeralda e azul turquesa. O ruído das águas batendo nos rochedos, um cenário perfeito.
Em meio a tanta beleza natural nos sentimos tão pequeno e tão grande ao mesmo tempo.
Aqui se esquece da vida e assiste o tempo passar sem pressa de chegar a algum lugar.
Os olhos não se cansam de apreciar a fauna e a flora de uma exuberância que nem um pintor poderia descrever em suas telas ou nos versos rabiscados de uma poesia. Numa parada entre casinhas de varanda com redes armadas deixamos  fluir a prosa com os nativos na busca de conhecer novas culturas e dialetos- encanto...
Entre um papo e outras belíssimas descobertas e curiosidades a respeito dessa belíssima ilha:
Aa ilha recebeu esse nome devido ao naufrágio com frades, que acabaram sendo sacrificados por índios tupinambás habitantes daquele lugar. Era também passagem para escravos a serem vendidos em Salvador. Entre outras curiosidades.
Eu particularmente viveria nesse paraíso  isolada do mundo lá fora..

Obrigada Deus! 
 

Autoria- Irá Rodrigues
Código de texto-T6098506
 http://www.recantodasletras.com.br/cronicas/6098506

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