segunda-feira, 17 de abril de 2017

PINGUIM FOLGADO





 












Humilde de olhos esbugalhado
Ri se esconde do grupo
Ajeita-se na areia
Pula  da pedra se esconde
Coloca a cabeça na água
Olha assustado
Meio impaciente
Remexe a areia
Alegra-se quando encontra
Pão
Resto de peixe
O coitado do siri
E até farelos de bolo
Aquilo não era um lanche
Era um banquete inteiro
Olha de lado
Olha do outro
Não sabe se saboreia
Ou se engole a própria ansiedade
Com gula se empanturra
E ali mesmo adormece
Que pinguim  folgado...

Irá Rodrigues

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AS PIPAS