quinta-feira, 20 de abril de 2017

A TRISTEZA DO PATINHO












O patinho azul era muito solitário, por ter a cor diferente vivia sozinha e excluída por todos da sua família.
O patinho azul nasceu igual aos seus irmãozinhos numa casinha feliz na beira do lago,

Cada peninha que nascia era de cor diferente seus irmão ficavam lindos em suas cores brancas, a sua ficava cada vez mais azul  e se tornava mais solitário devido a diferença em que passaram a lhe tratar.

Um dia não aguentando mais tanta tristeza ele falou:
- Eu quero que pintem minhas penas elas são branquinhas deve ter derramado alguma tinta lá do céu, por isso estou ficando azul. Disse triste...
Nem a mãe e nem seus irmão responderam nada, o patinho azul resolveu procurar ajuda, colocou um chapéu e foi andando pelo bosque, em algum lugar encontraria a resposta para a sua cor diferente.
Andava triste de cabeça baixa quando o coelho pulou a sua frente.
- Bom dia patinho azul... Aonde vai assim nessa tristeza?
- Estou indo a algum lugar encontrar alguém que me explique essa porque eu sou diferente dos meus irmãos, respondeu o patinho.
- Não vai encontrar quem possa te ajudar, não fique triste sua cor é da cor do céu e é o único deveria está muito feliz por ser diferente de todos os outros patos.
O patinho azul continuou seu caminho. Um pouco adiante pulou na cerquinha um passarinho que falava todo contente.
-Bom tarde lindo patinho azul, o que está procurando nesse bosque tão cheio de animais famintos?
- Já falei para o coelho, vou procurar quem possa me ajudar a ficar branco.

- Oras, oras! Quanta bobagem, todos da minha família são amarelos com peito escuro e penacho alaranjado, veja eu sou todo de uma cor cinzenta e nem por isso fico triste. Disse o passarinho. Nem penacho eu tenho. Concluiu balançando a cabeça...
O patinho não se dava por vencido e continuava o seu caminho, atravessou o bosque disposto a só retornar quando descobrisse porque era diferente. Atravessou um riachinho do outro lado encontrou uma galinha de penas todas arrepiadas. Olhou achou estranha de todas que conhecia, mas nada disse e continuou, quando chegou a uma estradinha viu uma cabana, como estava cansado resolveu ir até lá.
Ao entrar viu em um canto baldes de tinta de todas as cores, parou de repente em frente a um que estava bem a frente e exclamou: - Eu já sei, descobri o que procurava, vou entrar nesse balde de tinta e sairei branquinho como todos os meus irmãozinhos.
E assim fez, mergulhou na tinta e saiu todo branquinho com seu bico alaranjado, voltaria para casa feliz e ninguém iria lhe rejeitar por ter a cor diferente.
Feliz da vida voltou para casa cantarolando:
- Eu sou um patinho feliz.... tão feliz e todo branquinho como floquinhos de algodão...
De tão feliz nem percebeu que o dia foi engolido pela noite, tudo escureceu a lua não apareceu. – E agora o que faço sozinho nessa escuridão? Como é que vou encontrar a minha mãe e os meus irmãozinhos?
Resolveu pedir  ajuda aos passarinhos eles com certeza do alto dos galhos poderiam avistar a sua família. Mas como se àquela hora todos dormiam em seus ninhos ou em algum galho,
Desanimado abaixou-se em um canto e de repente um bando de vaga-lumes se aproximava imediatamente pediu ajuda, os vagalumes em volta do patinho pediram que seguisse seu caminho ele iria iluminar até a sua casa e assim o fizeram. Encontrou sua mãe dormindo com seus irmãozinhos entre as asas, com medo de acordar encolheu-se em um canto, estava tão feliz que a noite foi pequena para abrigar seus sonhos.
No dia seguinte acordou antes do galo cantar e o sol colocar o olho de fora, ficou impaciente a espera do que todos iriam dizer quando encontrasse com ele assim todo branquinho.
Os irmãozinhos foram os primeiros a abrirem os olhos, veja mamãe ele voltou todo branquinho. Exclamaram juntos demonstrando a felicidade em rever o irmão assim tão feliz...
A mãe não se continha de felicidades e queria mostrar a todos o seu lindo e feliz filhote.
Hoje vou dar uma festa no lago, vamos convidar todos os patos que criticavam  por ser diferente. Assim que tomaram café, cuidou de escrever os convites assim os passarinhos se encarregavam de entregar todos até o meio dia.
Chegavam patos, gansos e marrecos de todos os lados querendo saber o milagre que aconteceu para que o patinho azul voltasse a ser branco...
A festança estava animada todos cantavam dançavam, brincavam e riam felizes, era chegada a hora de batizar o patinho que não era mais azul. Todos preparados começaram a entrar no lago, era a vez do patinho que todo feliz entrou e começou a nadar, resolveu mergulhar com seus irmãozinhos e quando subiu a surpresa, a tinta saiu e ele voltou a ser o patinho azul.
A felicidade reinou naquele lugar e ninguém mais se importava com a cor diferente do patinho, a partir daquele dia ele não mais se sentiu diferente e vivia feliz com sua família e os seus novos amigos.
Ser diferente não é defeito... 

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